Eis que já está pronto, pelas mãos habilidosas de Vicente e Claudia o livro que estou a elaborar. Conto nesta oportunidade com o concurso da Antonia dos Reis Lima (Toninha) que a partir da 2.a semana de setembro estará contatando as famílias das mestras e mestres homenageados para a elaboração desta obra bibliográfia. É um merecido reconhecimento àquelas e àqueles que nos legaram a ventura do conhecimento, de molde a aplainar nossos caminhos e iluminar nossas veredas.
Felizmente, há uma boa recepção ao plano editorial e, com certeza, Ipaussu mais uma vez marcará pontos decisivos na sua história, no afã de homenagear as personalidades que escreveram com letras de ouro grande parte de sua gloriosa História.
ENTREVISTA DE ANTONIO LEONARDO GARROCINO
No programa Sala Vip da RÁDIO ANTENA A DE IPAUSSU, comerciante conta histórias, mas concorda que hoje a vida é "melhor".
https://www.youtube.com/watch?v=LdhgG4TZuGw
https://www.youtube.com/watch?v=LdhgG4TZuGw
VIVIANE ENTREVISTA GERALDO GENEROSO
Agradeço a grata oportunidade, ao Sr. Janos - da KMR de Comunicações, pelo espaço cedido em sua emissora RÁDIO ANTENA "A", em entrevista no Programa SALA VIP. Acompanhe e deixe seus comentários.
ISTO SERIA EDUCAÇÃO MODERNA ?
http://alertabrasil.blogspot.com.br/2013/07/esse-video-e-importantissimo-assistam.html
Para ver, copie e cole no seu navegador.
Acesse o vídeo acima e tire você mesmo as suas próprias conclusões. Por que será que o governo brasileiro, e mesmo de outros países, tem-se dado ao cômodo e irresponsável risco de entregar o planejamento da educação a pessoas que pregam todo tipo de comportamento, não condizente com o da maioria da população?
Se cruzarmos os braços acabaremos por ser amarrados dos pés à cabeça.
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Acesse o vídeo acima e tire você mesmo as suas próprias conclusões. Por que será que o governo brasileiro, e mesmo de outros países, tem-se dado ao cômodo e irresponsável risco de entregar o planejamento da educação a pessoas que pregam todo tipo de comportamento, não condizente com o da maioria da população?
Se cruzarmos os braços acabaremos por ser amarrados dos pés à cabeça.
O CAMINHO DE DAMASCO
INFERNO NA SÍRIA
A barbárie da guerra civil na Síria, um país lindo e de um
povo que, a julgar pelos que para cá migraram e, bem assim os seus
descendentes, está muito longe de merecer o clima infernal, de morte das mais
dolorosas, praticamente perpetrada em massa,
por conta e capricho assassino ditador Bashar al -Assad.
Extrapolando
a própria indecência da guerra convencional, eis que agora se constata o uso
covarde de armas químicas. Entre elas gás VX (C11H26NOPS), de efeito
paralisante.
Trata-se do mais mortal entre os gases tóxicos, (100 vezes
mais que o gás Sarin), que a partir da pele disseminam a morte por via de
sofrimentos extremos: se infiltrado na pele ou inalado tem efeito paralisante,
ataca a musculatura e provoca parada respiratória.
Tudo isto impetrado da forma mais
cruel e desumana possível, que faria assustar o próprio inferno, com mais de 100
mil mortos. E o mais grave é que o morticínio a continuar seu rastro nefando.
O mundo vê essas mentes e mãos assassinas a destruir uma nação de tantas
histórias bonitas e coberta por tantos passos sagrados. Foi berço de grandes almas que por lá passaram e ainda hoje, na geração
atual, tantos e tantos seres especiais palmilham aquelas veredas, consagradas pelo
tempo e pela tradição.
Mais de um milhão de crianças são
desalojadas de seus lares. Procissão delas que se fizeram anjos, pelo martírio
tão só de serem sírias, sem a elas poder se imputar a mínima culpa, senão a da
inocência transparecida nos seus corpos mortos e torturados pela covardia e
pela indecência no que às vezes se torna a política.
Que contraste gritante. Como o poder
enlouquece além do que podemos entender pela loucura! Da forma que está e se
evolui essa carnificina, Assad será nada mais do que um ditador de defuntos e os mortos dispensam governos.
O que podem os países do Ocidente
fazer diante desses crimes hediondos, de lesa-humanidade? Mandar tropas e
combater fogo com gasolina? Quando essas fatalidades começaram a ocorrer em
Ghouta, nos arredores de Damasco, a França pediu a ONU que usasse a força para
conter as barbáries.
A bem da verdade, replicaria talvez
os mesmos cenários do Afeganistão, para ficar num só exemplo, sem mesmo falar
da guerra no Iraque, que se arrastou por sucessivas mortes e pouco ou nada
resolveu, senão com o tempo.
A Síria, onde por sua longa Estrada de
Damasco, onde ecoou a voz do Maior entre os Homens e fez Saulo de Tarso (o
então futuro Apóstolo Paulo) cair do cavalo em sua sede de sangue de inocentes.
É um lugar sagrado, porque aquela Voz
que estremeceu aquele cavaleiro, ainda ecoa pelo leito e pelas margens daquela
via histórica. O mundo extrapolou, por via de demônios que se apoderam de seres
humanos, todos os limites do imaginário. Supera a ficção mesmo dos combates da
Segunda Guerra mundial.
Tudo isto é nada mais do que a falta
de Deus. Nós todos, eu entre os menores, líderes espirituais do mundo inteiro,
estamos prestes a decretar a nossa falência, pois a força do Espírito, que “sopra
onde quer", está a nos soprar com línguas de fogo e luz.
Tudo isto para que possamos, ainda que
com a fé do tamanho de um grão de mostarda (não do gás mostarda) levantarmos nossos olhos e nossos corações aos céus por nossos irmãos entregues às desditas
de uma guerra, maldita e assassina como todas.
E sobretudo, que apuremos nossos ouvidos. Transportemo-nos todos à
Estrada de Damasco para ouvir a divina voz de Cristo, com sua pergunta que
atravessa a eternidade : “Assad, Assad, por que Me persegues? "
ALGUÉM MUITO ESPECIAL
Por
onde quer que se ande pela terra,
Vemos
a cada palmo, a cada instante,
A paz
ausente e, no furor da guerra,
A dor
da Terra com os seus viventes !
Cada
qual faz o céu sempre distante
E
mais gritante a vida em meio às gentes.
Ante
esse quadro assustador e horrendo
Há
alguém a criar, no mundo crendo.
Há
gritos de presídios e hospitais !
Há
gritos de miséria longe e perto,
Há
solidão e luto em tantos ais,
Na
travessia deste chão deserto.
Além
do tempo incerto a luz e a paz.
Onde
se esconderá o amor por certo?
Ante
esse quadro, de dor feita à custa,
Há
alguém a criar, que não se assusta.
Milhões
de vozes a exprimir carência,
Hordas
famintas sem teto nem pão;
É
infausta e malograda a experiência
Desta
seqüência de um viver em vão
Que
não foi explicado pela ciência
Nem
resolvido pela religião.
Ante
esse quadro que nos desalenta
Há Alguém acima que ao amor sustenta.
Quem
será esse Alguém, presente e oculto,
Que
ainda crê e em criar persiste?
Que a
cada instante as marcas de Seu vulto
Se
expressam num semblante, alegre ou triste!
Mas
sempre criativo, infante ou adulto
Está
no homem esse Alguém que existe
E
quer, como Ele, nos fazer criadores
De eterno Éden que ao tempo resiste.
JOGUE TUDO PARA O AR
que sente tremer as ramas e, apesar disso, canta,
porque sabe que tem asas".
(Pierre Joseph Prudhon, filosofo
e político francês,
1809-1865.)
É curioso, ainda que não incomum, que um escritor obtenha de um escrito com foco em um tema alcance outros significados e se torne inspirador de outros temas que não aquele por ele exposto em seu discurso.
É o que aconteceu com esta linda passagem de Prudhon, um filósofo com viés anarquista que acabou por inspirar não só cidadãos, quanto uma postura política firme, mas invadiu mesmo o aspecto da espiritualidade.
Próprio dos escritores inspirados, eis que Prodhon disse mais até do que desejava e cujo efeito de suas palavras já entra nas raias do terceiro século após sua morte.
Arrisco mesmo dizer que o autor chegou a ser "bíblico" nessa sua frase tão feliz quanto verdadeira, e numa comparação belíssima, da alma com um pássaro.
Nem sempre há consciência de que somos alados por conta do Espírito que nos preenche, a partir do primeiro sopro que bebemos ao adentrar à experiência terrena.
Raramente há consciência em cada um de nós sobre o quanto podemos. Com a infeliz ressalva de que tanto podemos para o bem quanto para o mal.
Mas o eixo desta crônica se fixa em outra proposição: elevar-se acima das circunstâncias temporais e terrenas é o alcance do que de fato precisamos para a nossa existência.
Grande número de pessoas, a certa altura da vida, em meio aos insucessos, desgostos e mesmo ante fracassos retumbantes, acabam por usar a expressão: "me dá vontade de jogar tudo para o ar".
É mais que compreensível, pela conhecida fragilidade da condição humana, que tais ocorrências sejam mais comuns do que imaginamos.
Agora mesmo algum homem ou mulher assim cogita, por não poder contar mais com qualquer alternativa para a sua vida ou seus negócios.
Porém, de volta ao dito de Prudhon (cuja intenção abrangente tudo indica não lhe haver acudido), jogar tudo para será apenas a primeira parte da solução.
A solução definitiva é atirar tudo para o céu. Entregar não apenas os problemas - insolúveis até, mas entregar-se a si mesmo a Deus de corpo e alma.
E aí, pelas asas da alma, podem tremer galhos e ramas e folhas e flores. É uma forma, não de desistir da luta ou optar pela fuga, mas, isto sim, pela elevação onde os invisíveis se fazem visíveis, no testemunho do salmista, ao afirmar:
"Elevo os meus olhos para os montes,
De onde me virá o socorro?
O meu socorro vem do Senhor que fez o Céu e a Terra."
FRAGMENTOS POÉTICOS, DÉCADA DE 80
QUANDO A AURORA SURGIR
O tempo rolou
Como a chuva
Viúva
Do sol que se apagou.
Mas
Nas
Mesmas águas
Que o mar tragou,
Em forma de vapor,
A chuva revirá,
Cedo ou tarde
Para um novo amor
Que
Cedo ou tarde
retrará.
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NÍVEIS DA ESPIRITUALIDADE
Não há como negar que a vida no planeta Terra é um campo de provas. Independente de bens, mesmo os internos como saúde, a alma em seu cárcere humano se vê, não raro, assaltada por fases difíceis, desafiadoras e, não raro, exasperantes.
Um detalhe que notei na saudação que Jesus Cristo usava constantemente para aos que ele saudava, entre gente de todas as classes, era "PAZ SEJA CONVOSCO." Não por acaso, Cristo é o Príncipe da Paz, e a saudação costumeira calha bem ao feitio daquele que foi a mais alta expressão da divindade enquanto homem.
Desde tenra idade, nossos instrutores espirituais nos incitam a ter fé. A princípio, de tanto incutirem em nossa mente essa palavra (fé) tão pequenina como milagrosa, até mesmo quando seu tamanho seja menor do que um grão de mostarda, vamos intelectualmente entendendo que é um recurso a nos permitir facear com as agruras de que a vida e o mundo são fartos neste Vale de Lágrimas.
O que trago à consideração do pessoal internauta que me prestigia neste despretensioso blog, é de que em nossa espiritualidade experimentamos diferentes níveis, e que a verdade de São Paulo (apóstolo) de que "a fé vem pelo ouvir" se prende a duas facetas fundamentais da fé.
Aquela que vem do intelecto, em que lemos sobre as passagens maravilhosas dos Evangelhos, não há como não nos inspirar e elevar nossa alma aos páramos da crença. No entanto, quando nos valemos daquela estratégia vital de que nos falou Jesus Cristo "ORAI SEM CESSAR", de repente a PAZ nos alcança no SENTIMENTO. Já nem precisamos pensar a nossa fé, mas passamos a vivê-la.
É nesse estado que alcançamos aquele estado pacífico que excede todo e qualquer entendimento em nível terreno. Então somos capazes, sim, de AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, num primeiro momento.
Passo seguinte, com as forças que haurimos do Todo Poderoso (pois só assim somos capazes de tal façanha) podemos dizer com espírito e verdade que amamos nosso próximo como a nós mesmos. E aí pouco importa que nos levem a capa, que também daremos a túnica. Porque embutida nessa renúncia esta a fé que nos provê, por via DAQUELE que detém todo e qualquer poder na infinidade do Universo.
Portanto, medite sobre Deus e faça-se em instrumento da Vontade Dele. Aí será possível você SENTIR a fé em sua plenitude e aí ela se transmuta na paz que desafia a toda lógica e toda ciência ou mesmo a própria sabedoria humana.
DO BAÚ DE PAPEL (1991)
DOIS FLASHs POÉTICOS
Não sei o amor que me dás,
Mas o tipo não importa,
Só sei que abriste a porta
Para as delícias da paz.
II
Não sei o amor que te tenho
Em tamanho e qualidade;
Minhas palavras contenho,
Mas, os meus sonhos, quem há-de?
GG - (restaurado do baú de papel, com data de 1991)
DIÁRIO - CADERNO G - década de 90
BAGAGENS DA VIDA
Levo tão só
Como bagagem
A tua imagem
Refletida
A cada aragem
Numa flor caída.
A esmo
Pelo interior
Deste eu mesmo
Procuro o calor
Das tuas mãos
Para sentir a vida.
O teu nome
A cada esquina
Que meu passo consome
Leio mentalmente.
Desenho a tua imagem
Com fios de pensamentos
Que resenho em desvelos
Já quase brancos
Como os meus cabelos.
FRAGMENTOS POÉTICOS, GG II
O vento
é um fantasma
sem osso e sem asas,
a carregar os pensamentos
sem assombrar
lojas e casas
e sem mover os momentos.
FRAGMENTOS POÉTICOS GG 1
No teatro repleto
da vida
interpreto
e a fingir prossigo
A contracenar comigo:
Como é fácil amar:
é quase um vício.
Mas, como é difícil
Ser do amor sem par
Um simples e bom amigo...
Nada mais que isso.
CADÊ A EXPLICAÇÃO DA "DEDO DURO"?
SIEMENS: O que se esconde atrás do confessionário?
“No
comércio e indústria, o segredo é a alma
do negócio,
mas em política é a
alma da negociata.” (André Franco Montoro: * 14 de julho de
1916, + 16 de julho de 1999).
De
repente, surge no cenário um fantasma para equilibrar, ainda que sua leveza
invisível, toda a crise que o governo do PT experimenta, com sua base aliada e
gulosa por cargos e benesses. É a fantasmagórica denúncia da Siemens, empresa alemã,
ao afirmar, sob esse esdrúxulo (e inexplicável) recurso da delação premiada, sobre a existência de formação de cartel para
obter contratos do metrô.
Por
se tratar de uma empresa, mormente imbuída de ganhos astronômicos, nada leva a
crer que seja o mero espírito de justiça que a move a esse intento. A primeira
pergunta que salta naturalmente será “o que se esconde atrás de tal atitude”?
O
bom mocismo da empresa denunciante está
longe de poder lhe ser creditado. Afinal, empresas não vivem disso. Vivem de
lucros. Tal disposição é lógica naturalmente compreensível. Está meridianamente
claro, a todos e a cada um de nós, sem qualquer esforço, concluir que a
Siemens, por sua condição e finalidade se move por interesses de lucro. Não é
esse o escopo de toda e qualquer empresa .
O
quê a Siemens delata?
Segundo
a Folha de S. Paulo, a empresa alemã “delatou a existência de um cartel para
compra de equipamentos ferroviário, construção e manutenção de linhas de trens
e metrôs em São Paulo (capital) e Brasília (DF).” Para efetivar tal denúncia pediu imunidade.
De
acordo com a empresa, juntamente com outras, fez por combinar a oferta de um
consórcio único para participar da licitação das obras. Pelo “acordo”, empresas
perdedoras seriam depois subcontratadas.” As empresas citadas, além da Siemens
são: Alston, CAF, Daimler Crysler, entre outras. A Siemens cita todas, pois se
conhecem bem entre si.
Aonde
querem chegar as denúncias?
Esta
novela não é inédita. O Ministério Público de São Paulo já havia se ocupado em
força-tarefa, de análise de 45 inquéritos referente às licitações dos trens da
Companhia do Metrô paulistano. Até mesmo os 15 processos que estavam
arquivados, por falta de provas foram reabertos e tudo será reexaminado em
forma de devassa.
Claro que podem haver desdobramentos, mas o
que fica no ar, e não por conta de mera coincidência, é que já se aquecem os
motores para as eleições de 2014. E 2014 já está aí. Outra não-coincidência é o
CADE (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica) ser um órgão do governo federal, exercido pelo PT, ainda que com uma
base fragilizada. E daí a enxovalhar o nome de líderes do PSDB, tripudiando mesmo
sobre a memória de Mário Covas, e assim a incluir José Serra e Geraldo Alckmin
foi um lépido passo de coelho malicioso.
O
quê se conclui de tudo isso?
No uso das palavras de José Serra, que culpa se pode atribuir a qualquer
governo sobre o que as empresas combinam entre si? Como esse assunto já foi
levantado, o Ministério Público de São Paulo já atuou.
Nada impede que o CADE
venha a reexaminar a questão e, com mais felicidade ainda, se tudo for apurado
com o rigor e a justiça necessárias, melhor será para o Estado de São Paulo
será contemplado com a devida indenização.
Mesmo
tendo solicitado acesso aos documentos do CADE, isto foi negado pelo juiz da
2ª Vara da Justiça Federal de Brasília.
E até se fala em segredo de justiça, o que para nós, leigos, soa como um
contrassenso, já que, na cortina de
abertura do presente artigo, usando as palavras de Montoro, bem se pode definir
o que é esse expediente, quando se trata da coisa pública.
Certamente, os áulicos
do PT, apetitosos por galgar o governo de São Paulo, certamente deveriam
agradecer a Siemens por essa ousada iniciativa, mas cumpre lembrar que o povo,
mesmo os eleitores mais humildes, não são tão ingênuos como pensam alguns
estrategistas e marqueteiros de plantão. Apure-se a verdade, doa a quem doer.
TIMBURI - A JANELA DO POENTE
SALVE TIMBURI, A JANELA DO POENTE SEMPRE BELA E LUMINOSA.
De
longa data o Município de Timburi tem em 24 de
outubro uma de suas efemérides mais importantes, a par com a data
de 3 de maio, que assinala o Dia da
Santa Cruz. Foi
sob a senha e a sombra da cruz que Timburi, ainda em seu nascedouro, recebeu o
nome de Santa Cruz do Palmital, tendo sido também chamada de Paraíso
e, primeiramente, Retiro.
Todos aqueles que lá nasceram, viveram,
e depois tomaram caminhos em direções diversas, sempre experimentam uma
enorme saudade, como este escriba que nasceu junto com a emancipação da cidade . Quis o destino, que de lá saísse um dia, sem saber talvez que traria sempre
no peito as imagens da terra e da gente timburiense.
Esta saudade se mistura
com um orgulho sempre presente, mesmo transcorridos tantos anos, por continuar a
entender o idioma da gente de Timburi. Assuntos não faltam quando aqui aportam
os irmãos Minozzi – Maurício, Ademir e a irmã,
dedicados amigos que não perdem nosso endereço.
E assim outros que lá
viveram e adotaram aquela terra e aqueles céus de placidez inaudita, hão de
levar nas retinas a imagem de beleza e singeleza que só Timburi sabe ter.
Ciclo do Café
Nesse
áureo tempo, de fins de 1940 a 1970, fervilhavam nos carreadores das fazendas, levas e levas de
colonos, numa comunhão de trabalho e camaradagem. As rodas dos carroções
sulcavam as estradas de terra boa, ao figurino de Pero Vaz de Caminha, “onde em
se plantando, tudo dá”.
Sempre, em setembro, vinha o término das colheitas com
grande festa. Sob os galpões aconteciam os bailes, regados a anisete. As cantorias eram frequentes, com uma trégua
para recomeço das atividades, já que o café é uma cultura que exigia mão de obra
o ano inteiro. Quanto suor derramado. Quanto sono interrompido nas madrugadas,
trocando o leito pelo eito.
Por esse tempo, juntamente com amigos cujo
nome ainda guardo, como o meu querido conterrâneo José Messias ( o compadre
Messias da Rádio), a Ninica, o Nino do violão, o Fernando Rocha ( e tantos
outros) a certeza de que a gente era feliz e sabia por quê.
Passada a febre do
ouro verde, cujo produto era de primeira qualidade, produzido em abundância
pelas fazendas Sta.Elisa, Sta.Rosa, Conceição, São Francisco etc., outros produtos surgiram, ditados pelo mercado. O Município de Timburi continuou belo
como sempre.
Era pouco esperar, e eis que a orquestra alada das abelhas e das mamangavas entoavam os seus
cânticos de primavera. Todo o cafezal se vestia com branca e olorosa florada. O
perfume que se derramava por quilômetros dizia alto e bom som que a vida
continuava, com futura colheita a garantir o pão de todos os lares.
Um Tempo Novo
Aos poucos se mudou esse cenário. O café, ainda que ali cultivado
até hoje em algumas propriedades, como a da
Família Souto (Café Timburi), foi cedendo seu lugar a outras atividades, como a criação de gado. A paisagem física e humana vai a delinear-se em novos contornos, e Timburi tem tudo para o Turismo.
Família Souto (Café Timburi), foi cedendo seu lugar a outras atividades, como a criação de gado. A paisagem física e humana vai a delinear-se em novos contornos, e Timburi tem tudo para o Turismo.
Uma nova história hoje acontece
naquela terra. Mas perdura a declaração inequívoca de amor aos que lá vivem e a
todos os que a visitam.Sob o signo da Santa Cruz,
que resume o sacrifício e a doação, Timburi prossegue a sua marcha. Segue seu
destino de cidade acolhedora nas pessoas de suas autoridades e seus simpáticos
habitantes – a quem empresta a sua aura mágica. Lá sempre está presente paz e a beleza de seus sítios e seus céus.
A Santa Cruz é um símbolo
sempre vitorioso, que finalmente se transfaz no mistério da própria
Ressurreição. Timburi, por estes lustros, tem feito nascer e criar em seu seio
diferentes pessoas, oriundas dos lares mais diversos. Muitos desses filhos
percorrem mundos longínquos e peregrinam por terras estranhas do chamado
Primeiro Mundo.
Singram mares desconhecidos e rastreiam terras distantes.
Vencem. Alcançam glórias e alguns se fazem capazes em possuir, se o desejarem, tudo quanto o dinheiro pode comprar. Outros
assumem consagrações invejáveis no mundo das artes ou da ciência. Mas o prêmio
maior a cada timburiense ausente se resume na alegria do regresso à velha
querência. Ao berço pequeno e aconchegante, que constantemente acolhe com um
sorriso aos que se achegam ao seu regaço.
Geraldo Generoso – Jornalista MTE 33788.
Em especial para FOLHA DE PIRAJU -
CADERNO G, 19 JAN 2010
Diário, Terça-feira, dia 19/01/2010
O relógio já assinalou as 12 badaladas da meia noite. E, por uma convenção forçosa, já estamos no dia 19, mas de mentirinha.O véu da noite está espesso e, para todos os efeitos, já é um novo dia.
E para completar, na verdade, agora seriam 23 h pelo horário real, mas o horário de verão acaba imperar, alterando até mesmo nosso relógio biológico.
Para os lados da Rodovia SP 270, Raposo Tavares, o movimento apresenta-se mais acentuado do que na via aqui mais próxima, a João Baptista Cabral Rennó.
O dia que passou foi muito rico na leitura do livro "Cícero", do autor ROBERT HARRIS, em que ele diz se apoiar nos registros de um escravo do grande advogado romano, de nome Tiro.
As horas voam lépidas nessas leituras. Poucos livros me marcaram tanto e me prenderam a atenção como esse. Senti-me como se estivesse no Império Romano, cuja política não difere muito da de todos os lugares em todos os tempos.
Embora não viva, atualmente, de forma direta a atividade política,ler Cícero foi um puxão para o passado que considerei agradável e de gratas recordações.
Entre todas as atividades humanas,a política é a mais inexata e, talvez por isso mesmo, a mais fascinante. A ponto de às vezes se transformar num vício.
A atividade política não se exerce por cérebros e corações ociosos. Seu dinamismo e imprevisibilidade exige argúcia e um séquito de qualidades,em que se deve saber a hora do ataque e do recuo.
As reuniões com os aliados, a pugna com os adversários, as eleições sempre movimentadas. O mais bonito na política é o fato de a mesma estar sempre polarizada no sentido de lutar pelo destino das demais pessoas.
E aí precisa um grande senso de proporção, para não cair no paternalismo, no fisiologismo e outros ismos nocivos que são caricaturas da política, como arte e ciência de governar.
Como afirmou Cícero, de quem tomo de empréstimo o arremate desta página: " a política é a própria história em movimento".
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