POLÍTICA É UM ARTE SAGRADA

Geraldo Generoso - A Política e os Políticos do Brasil

Talvez o título aqui exposto pode suscitar dúvida quanto a sua veracidade. No entanto, tem-se demonstrado ao longo do tempo como as coisas são diferentes na proporção em que os homens públicos realmente se doam ao mister pelo qual foram eleitos.Havemos de considerar, contudo, que não há maior verdade do que esta: “Cada povo tem o governo que merece.”

Para começar o debate, permanece a triste realidade de que o cidadão nem sabe para que serve o governo. Quando se trata de eleger alguém, não pode jamais ser pela beleza dos olhos, a cor da pele ou o andar jeitoso. Muito menos estabelecer preço no voto a ser dado. Alguns eleitores se contentam com migalhas, ao feitio do Lázaro bíblico a saciar-se com as faíscas de pão caídas da mesa de um ricaço, tardiamente arrependido no inferno.

Assim como não se mistura amizade com negócio, também não se mistura política com amizade, e tanto pior quando a política vira negócio. E é o que tem acontecido com malfadada frequência em nosso País.

Toda caridade de político envolve, salvo raras exceções, intenções malévolas, e fórmula mesquinha e abominável de sujeitar inocentes úteis às suas pretensões de mando e lucro.

Eu espero que este País mude. Em alguns lugares já percebemos que, pela carência, dor e abandono do povo quando os mandatários sentam nos poleiros do poder, eles timidamente começam a pensar um pouco mais, a desenvolver aquela astúcia sagrada de que nos falou Jesus Cristo : “sede simples como as pombas e astutos como as serpentes”.

O povo precisa acrescentar essa qualidade, de argúcia, coerência, bom senso e até mesmo astúcia para perceber os políticos mal-intencionados, de mãos virgens do trabalho e afoitos em devorar o erário público, numa sanha reprovável, criminosa e que se traduz em verdadeiro pecado social.
Faltam-me 4 anos para chegar aos 70. Meu admirável irmão, um empresário pioneiro, com sensibilidade até para ter escrito alguns livros, me disse que um homem só é sábio (ancião) após os setenta anos de idade.

Estou nesse ensaio. Mesmo sem saber tudo, aqui deponho o que vejo e o que sinto na carne e no coração dos mais humildes, afrontados por verdadeiros lobos travestidos de ovelhas pacatas, de boa lã e de bom leite.

Concito os mais jovens para que nos contemos entre aqueles que se rebelam nesta Nação. Não com passeatas, bombas molotov ou qualquer outro pretexto de violência.


Tal procedimento em nada mais desaguará do que em nefanda ditadura. Vamos nos unir no ingrediente mais forte do que a própria bomba atômica, hoje chamada nuclear: somar ideias, fomentar debates, enfim, lutar com inteligência, nos ingredientes da prudência no avanço e audácia para conquistar um Brasil novo.

Um País ecente, limpo e que, só assim, poderá ombrear-se com os países de Primeiro Mundo onde a corrupção é exceção, e não como em nosso País, onde a Honestidade passou ua ser uma aberração, algo fora de moda, e que não fossem os homens realmente probos e honrados, haveria por ser motivo de vergonha.

O PODER DA VERBA E O PODER DO VERBO

E O VERBO SE FEZ CARNE
Geraldo Generoso
O impossível é apenas o difícil visto com lente de aumento.

     Em política há duas forças que se contrapõem: o VERBO e a VERBA. Os que se valem da Verba são aqueles que fazem da política um investimento. 

Erraram de profissão, ou do objetivo dela, pois a política, apesar da descrença que hoje inspira a maioria dos políticos, é uma atividade sagrada. 

Esses tais que se valem do recurso da Verba são os compradores da consciência do eleitor, porque, embora saibam, não levam em conta que o voto não tem preço.

 Haveria o voto de ser, embora não seja, a forma mais certa e legítima de o cidadão eleger quem vai cuidar de seu destino, do destino de suas famílias e até mesmo do destino daqueles que não votam. 

Depois, obtidos os cargos, se servem do dinheiro que é do povo para aumentar seu patrimônio e desfrutar de regalias com as quais as pessoas mais humildes nem sequer conseguem imaginar.

     Com o recurso do VERBO também não faltam os que se valem do sagrado recurso do pensamento e da fala para levar ao povo uma imagem falsa de suas pretensões egoístas.

 Fazem-se, na maioria das vezes, em fariseus, disfarçados de bons samaritanos. Agem como atores no teatro da hipocrisia, a mostrarem-se condoídos da má sorte dos seus concidadãos. 

Prometem um mundo que eles próprios sabem ser impossível de se fazer. Fingem, mentem, trapaceiem e se agasalham à sombra dos afortunados e poderosos para fazer sempre prevalecer a injustiça de não estender aos mais necessitados os benefícios de governo nas áreas que lhe compete atender.


 Ricos não precisam de governo. Podem amoedar sobejamente a médicos, psicólogos e até terapeutas de primeiro mundo. Não precisam de contar com educação da escola pública, porque sobram-lhes recursos para pagar escolas particulares, com professores de reconhecidos gabaritos.

     Nós precisamos, de uma vez por todas, educar o povo para aprender a reconhecer a diferença dos verdadeiros lobos disfarçados em pele de ovelhas inofensivas e boas de lã e leite. 

E acredito mesmo que só a instrução formal das escolas de hoje, moldadas pelo vício de sucessivos governos que se ocupam em manter essa brutal desigualdade social entre os menos favorecidos, que são maioria esmagadora e os poucos privilegiados que se fartam do sangue e do suor de seus semelhantes, entregues pelo berço ou pelo infortúnio às provas da carência, limitação e, não raro, o desespero e a aflição ante tamanha e imperdoável injustiça.

     Portanto, é preciso que vozes se levantem e aclarem as mentes e os corações da maioria de nossa população em todos os quadrantes deste País. 

A verba, inegavelmente, é poderosa, sedutora e apta a corromper até mesmo muitos dos que se dizem bem intencionados.  No entanto, na força do VERBO, ainda que aparentemente inócua e inaudível, reside muito mais poder para mudar este quadro desolador do que quaisquer recursos de que se valem os corruptores e demagogos. 

Basta que nos lembremos de que “E O VEBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS.” Sendo aqui também, perfeitamente cabível, aquela afirmação taxativa de Nosso Senhor Jesus Cristo, o eterno Mestre dos mestres : 

“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos tornará livres”. Que nosso Verbo incorpore a Verdade de forma terminante e definitiva, e com certeza os horizontes se libertarão e, só assim, teremos a Terra Prometida, que jorra leite  mel.


NADA CAI DO CÉU?

A FORÇA MISTERIOSA   DA ORAÇÃO

Geraldo Generoso

     A vida se nos revela, no dia a dia, tão desafiadora, que não raro a lógica crua pode nos conduzir a tentações disparatadas de raciocínio. 

O pensar é livre. Há até a polêmica sobre o fato de se o simples pensar de forma a colocar em dúvida a fé e a piedade, se constitua ou não na ocorrência do que se chama pecado.

    No eternamente antológico Sermão da Montanha, de Jesus Cristo, quando se fere essa tecla, quer nos parecer que, ainda que não postas  em ação, determinadas tentações da carne podem se igualar a atos ilícitos, praticamente na mesma medida.

   Ao que sugere, há pensamentos que despertam certos sentimentos conducentes a uma reação reprovável perante os desígnios cósmicos, cristãos ou mesmo éticos em termos da consciência do indivíduo.

   Nada obstante, creio haver outros expedientes que, aparentemente inócuos, revelam imprudência na alma dos que os praticam. A maioria de nós somos educados socialmente a entender certas virtudes, aliás muito recomendáveis, mas nem sempre espiritualmente cem por cento corretas.

   Um dos dizeres mais ouvidos é que “NADA CAI DO CÉU”. Literalmente, esse aforismo, em exame mais minucioso, nada contém de absolutamente verdadeiro. Até o Planeta Terra “caiu” do céu. 

O primeiro vagido sobre um berço, inegavelmente nasce de um sopro, literalmente entendido que o Criador “soprou nas narinas o fôlego e daí resulta uma alma vivente”.

 O que tem de puramente terra um corpo humano não o faz vivo. Isto é óbvio demais para exigir mais delongas nesta exposição.

Da terra nada pode cair, porque o que jaz sobre ela subentende-se claramente já estar caído. 

Que o digam os moradores do agreste e dos desertos, o que é o céu fechar suas torneiras sem chuva e sem orvalho.

Pois bem, aqui me esforçarei para neste pequeno ensaio não seja suscitado nenhum mal-entendido. 

Há pessoas cuja religião é o trabalho, a atividade, um hiperlaborismo que acaba por se fazer no próprio sentido da vida de alguns indivíduos. 

Mais ainda nos homens do que nas mulheres, em que pese, em boa hora, a propalada igualdade de gêneros.


     Nada há que possa diminuir o valor do trabalho que, quando bem disciplinado, conjugando braços e cabeças, corpo e alma, aparentemente realiza milagres, e muito bem causam a grande número de pessoas.


     Ocorre, contudo, na vida de cada um de nós, em que há momentos em que se faz mister e indispensável uma pausa, um recolhimento, uma imersão na espiritualidade para que, aí sim, e de fato, milagres aconteçam. Milagres de que estamos aflitamente necessitados.


     Quando tudo parece perdido - e quantas vezes isso não nos ocorre? – somos em tais circunstâncias, instados, por mestres, padres, pastores e amigos a buscar o refúgio da oração, da meditação, da conexão com as Forças Espirituais, que não vemos mas temos noção de que, com certeza, devem existir.


      E aí pode a tentação levantar-se e numa sacudida em seu manto cinzento, lançar sobre nosso íntimo uma dúvida sobre a eficácia desse procedimento místico.


    Parece, erguendo o pretensioso barrete da lógica, nos açoitar com a sugestão de que essa postura espiritual exige tempo, que tempo é dinheiro e que orar implica em estacionar a alma para o mundo, até com a ameaça de que a situação se fará ainda pior.


   Ocorre isto  até com mesmo com pessoas em exercício de liderança religiosa. Só que Oração não é imobilidade.


Pode ser imobilidade física, onde as mãos que mourejam apenas se mantém postas a apontar o Infinito. Mas a partir do momento que a pessoa recorre aos Céus, energias se mobilizam “mais do que nos promete a força humana”.


O Espírito vai adiante, a abrir portas e cancelas. A romper as trevas que insistem em permanecer sobre a nossa vida.


            A luz brilha de ponta a ponta em nossa Alma. Por isso, entendemos que a oração contém em si mesma a palavra AÇÃO. 

              Ação esta que não é nossa, mas que nos alcança e a partir de nós, nessas circunstância, nos prova que nada há que do céu não provenha, já que dele viemos, pelo sopro do Grande Arquiteto do Universo.



2 de agosto de 2014,


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