Alfarrábios do Generoso: DEPOIS DO DIA DOS NAMORADOS

Alfarrábios do Generoso: DEPOIS DO DIA DOS NAMORADOS

DEPOIS DO DIA DOS NAMORADOS

Alfarrábios do Generoso: COMUNISTA ASSEDIADO

Alfarrábios do Generoso: COMUNISTA ASSEDIADO: • Coisas da política O “comunista” de Ipaussu Eudóxio da Silva Mattos foi uma das figuras mais combativas de Ipaussu. Apesar da ...

COMUNISTA ASSEDIADO



A Política tem dessas coisas ....


O “comunista” de Ipaussu


Eudóxio da Silva Mattos foi uma das figuras mais combativas de Ipaussu. Apesar da idade avançada, era um inflamado militante do velho MDB da cidade — que ajudou a fundar, ao lado de Alberto Maistro e outros.
Eudóxio tinha um discurso inflamado. Quando usava um palanque, franzia a testa, mastigava a dentadura,  e descarregava sua verve contra a ditadura militar. Talvez por isso, muitos acreditavam que o velho Eudóxio, na verdade, era um comunista enrustido. Ele próprio não fazia questão de desmentir a versão.
Em 1981, as oposições unidas (PMDB, PP, PTB, PDT e PT) organizaram um comício em Bauru, pedindo o fim da ditadura e o restabelecimento do estado de Direito. E lá estava Eudóxio, disparando contra o regime militar.
Sua postura chamou a atenção do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), que passou a assediá-lo. Os “vermelhinhos” queriam Eudóxio como militante. Quando o ipauçuense viu que não conseguia escapar do assédio, tentou desmentir a pecha de comunista: “Olhe, meu filho, não sou tão vermelho. Na verdade, sou meio rosado”...

Publicado no Jornal DEBATE, exemplar 1082.

Alfarrábios do Generoso: A CRISE PARA UM CHINÊS

Alfarrábios do Generoso: A CRISE PARA UM CHINÊS: PÉ NA TÁBUA  AUTOR:  JOANA CARDOSO  |  WWW.SENHORATERAPIA.COM.BR | ( 21)3244.0945   Em chinês, a palavra crise é representada po...

A CRISE PARA UM CHINÊS

PÉ NA TÁBUA

 
Pé na tábua (1)Em chinês, a palavra crise é representada por dois caracteres que significam perigo e oportunidade. Na vida, passamos por diversos momentos de crise. Cada início e encerramento do ciclo vital geram, naturalmente, um abalo na estrutura anterior, desencadeando um desequilíbrio na homeostase.
No ciclo vital esse é o instante do “vai ou racha”, em que os caracteres chineses fazem todo o sentido. É a chance de usar a situação em seu benefício, para o seu crescimento, ou perigosamente de forma adversa. Isso ocorre quando resolvemos entrar na faculdade, casar ou ter filhos.
Um exemplo específico dessa situação é a saída do colégio, a perda da rotina conhecida, que gera um desconforto esperado. Daí, cabe à pessoa, nesse determinado momento, decidir se vai aproveitar a formatura como um privilégio de desenvolvimento e entrada em um novo ciclo, a faculdade, ou estagnar e paralisar nessa etapa da vida.
Não é à toa que a maior parte dos transtornos psicológicos, graves ou não, é desencadeada nesses períodos de mudança. São esquizofrênicos que surtaram justamente quando saíram de casa e tornaram-se responsáveis por si; os bipolares que tiveram sua primeira depressão quando se formaram e estavam prontos para exercer a profissão; aqueles que não suportaram a aposentadoria ou as mães que enfrentam uma depressão pós-parto.
A crise exige uma decisão. É o momento de se movimentar, escolher e se responsabilizar pelas consequências, não ser vítima dos tropeços da vida. É pilotar e direcionar a vida na mira dos seus sonhos. É o duelo da coragem e do medo quando a vida pede de nós atitude. O que faz da crise um perigo ou uma oportunidade é a forma com a qual você vai lidar com ela.
Pé na tábua!



--
José Antonio Generoso
Bauru - SP



-- 
 "Alfarrábios do Generoso"
http://geraldogeneroso.blogspot.com/
Aberto Dia e Noite.

Alfarrábios do Generoso: PRECE POR UM IRMÃO

Alfarrábios do Generoso: PRECE POR UM IRMÃO: PRECE POR UM IRMÃO  ANGOLANO Oh Poder sem limites, Infinito! Presente em cada átomo do universo, Que este poema,que aqui vai escrito N...

PRECE POR UM IRMÃO

PRECE POR UM IRMÃO  ANGOLANO


Oh Poder sem limites, Infinito!
Presente em cada átomo do universo,
Que este poema,que aqui vai escrito
No traje simples destes simples versos
Rasgue a vastidão do oceano,
Alcance o continente africano
E eleve até Vós o nosso grito!
É um grito de fé e esperança
Nesse Teu coração que não se cansa,
De proteger o que é de Ti nascido !
Peço-Te, aqui do novo continente
Que Teu braço Infinito e onipotente
Acolha em Teu amor o irmão ferido.
Daqui se eleva daqui a fé que move montes,
Que faz a dor recuar nos horizontes
E o nosso fervor nunca se míngua.
Daqui orando pelo nosso irmão,
Clamando Teu favor na mesma língua,
Brasil e Angola num só coração.
Queremos te dizer: Ó DEUS BENDITO,
Desça a Tua luz do Teu céu infinito
Sobre o leito de dor que ele jaz!.
Pois plena resplandece a Tua Presença,
E diante de Teu trono, toda doença
Cede lugar à harmonia e à Paz.
Pode até a nossa douta medicina,
Em Teus milagres muita vez não crer,
Mas em Ti se resume a nossa sina
Tão só regida pelo Teu poder
Que sobre a própria morte predomina
Com Teu amor para nos socorrer!
Em oração estamos em Angola,
Por nosso irmão, ferido em acidente,,
E aqui e lá o Teu amor consola
Na certeza de sempre estar presente
A nos guiar no mundo, Tua escola
Na condição de Pai eternamente.

Registre-se que esta Oração foi atendida e a pessoa recobrou a normalidade, após sério trauma. Trata-se de uma pessoa que é parente do nosso amigo Mário, de Angola, que esteve no Brasil em estudos de aperfeiçoamento no Instituo Magno Alves - Universidade do Cabelo - de Santa Cruz do Rio Pardo - Estado de São Paulo, Brasil.
Geraldo Generoso 

BRASIL QUER JUSTIÇA! FORA CORRUPTOS

STF evoluiu, 

mas ainda é grande “aliado” 

da corrupção política no Brasil


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1) Os famosos áudios do Sarney (“vamos falar com Teori por meio do César Rocha”), Renan (“o acordão tem que passar pelo STF”), Jucá (“falei com ministros”), Machado (“O pacto tem que envolver os ministros do STF”), Mercadante (“Vou falar com Lewandowski”), Delcídio (“Vários ministros do STF estão envolvidos no plano”), Lula (“Fale com a Rosa Weber”) e Dilma (“Teria nomeado Marcelo Navarro para o STJ, com intermediação do presidente do STJ Francisco Falcão, para ajudar o Marcelo Odebrecht”) constituem um termômetro (sumamente preocupante para a cidadania vigilante) sobre o quanto são vulneráveis as instituições jurídicas (nomeadamente os tribunais superiores) em países extrativistas (saqueadores) e corruptos (cleptocratas) como o Brasil.
2) O quadro fica agravado e enodoado quando se sabe que os ministros dos tribunais superiores são escolhidos e nomeados por poder político. Piora ainda mais com o tal do foro privilegiado (foro especial). Da combinação do foro especial com a escolha dos ministros que vão julgar os membros do poder político eclode um manancial de suspeitas e de desconfiança, que se avoluma quando se sabe que os nomeados continuam mantendo reuniões – que não são nada oficiais – com os nomeantes (falo dos almoços e jantares não transparentes, no Brasil e fora dele).
3) O que está em jogo, como se sabe, é a independência do juiz assim como sua imparcialidade. Sem esses dois atributos o juiz não é juiz, é um simulacro de julgador, um falsário (como hoje são os juízes da Corte Suprema da Venezuela, por exemplo). No áudio vazado do senador Jucá (PMDB-RR), ele se referiu ao ministro Teori como “fechado” (difícil de ser abordado). Os caciques da politicagem nacional Sarney e Renan sugeriram caminhos para a aproximação (“via César Rocha e Eduardo Ferrão”), mas esses interlocutores nada fizeram (pelo que se sabe).
4) Para milhões de brasileiros e para a própria legitimidade das instituições jurídicas o melhor é que os ministros adotem a autocontenção, sobretudo neste momento singular do país (de grande instabilidade) em que a Lava Jato está chegando no miolo fundacional do crime organizado, estruturado por aqueles que sempre governaram a nação de forma extrativista e cleptocrata. Do ponto de vista institucional, a Lava Jato é a mais importante microrrevolução (de todos os tempos) e a sociedade não está disposta a jogar isso fora. O STF, como protagonista dessa microrrevolução, não pode retroceder no cumprimento dos seus deveres constitucionais de proteção do Estado de Direito e dos direitos fundamentais, do cidadão e da sociedade. Suas decisões importam para todas as pessoas assim como para o progresso institucional do país.
5) O momento crítico que estamos vivendo (que está correndo risco de sair da crise para o caos e deste para o colapso) exige posturas firmes, sem ser autoritárias, de todas as instituições contraextrativistas e combatentes da corrupção das elites/oligarquias dominantes, por meio das microrrevoluções (jurídicas, digitais, sociais etc.) do século XXI (que são desarmadas). A autocontenção requer dos ministros (e dos juízes) menos falatório e mais decisões no papel, mais demonstrações de independência, sem perder o senso de justiça, menos exposições públicas e mais credibilidade. Como bem expôs Joaquim Falcão, “Na verdade, hoje em dia, ser fechado pode até não ser obrigatório, mas é uma autodefesa necessária à legitimidade da instituição; a atitude que mais tranquiliza a cidadania é a da autocontenção” (Folha). Para a microrrevolução jurídica que está em curso, impondo limites ao exercício do poder (econômico e político) extrativista e corrupto, silenciar e fazer, espetacularizar menos e produzir com mais eficácia é muito melhor para o país.
6) Mais: impõe-se a estruturação de salvaguardas institucionais, porque nos países em que as instituições econômicas e políticas são extrativistas (leia-se: as elites/oligarquias dominantes, que se beneficiam do enriquecimento politicamente favorecido em virtude da sinfonia inescrupulosa entre os interesses públicos e os privados) o corriqueiro é que adotem, até onde as instituições da sociedade civil se mantêm coniventes, o estrito ou camuflado controle das instituições jurídicas (produção das normas, manipulação das investigações e dos processos e submetimento da Justiça, do MP, da Polícia e dos seus órgãos auxiliares). A operação “abafa tudo” anunciada pela cúpula do PMDB (veja os áudios vazados) constitui prova mais do que evidente de como funciona o carcomido e esclerosado exercício do poder no Brasil.
7) A Lava Jato (antecedida do mensalão), nesse contexto de corrosão institucional, constitui um ponto totalmente fora da curva, porque ela é que está impondo a submissão dos poderosos, acuando-os para que prestem contas das suas irregularidades e dos seus ilícitos. Depois da pena de morte (proibida no Brasil, salvo em caso de guerra externa), a prisão é o maior ato de submissão. Num país com tradição institucional hierarquizada, viciada e tendenciosa como a nossa, a microrrevolução da Lava Jato tem que se legitimar cada vez mais, e para isso deve atuar, dentro da lei, contra todos os partidos, políticos e empresários envolvidos na corrupção. A venda que aparece na imagem da Justiça é para isto: não interessa quem é o corrupto, todos devem ser investigados, processados e, eventualmente, condenados (quando há provas para além da dúvida razoável). Medidas preventivas, paralelamente, não podem ser negligenciadas.
8) Alguns números da (in) eficácia do STF são, no entanto, muito preocupantes. De 1988 (data da Constituição) até agosto de 2015 mais de 500 parlamentares (deputados e senadores, que contam com foro especial) foram investigados nessa Corte. A primeira condenação de um parlamentar somente ocorreu em 2010 (22 anos depois). De 2010 até 2015, 16 políticos foram condenados por lavagem de dinheiro, corrupção, peculato, lei das licitações, associação criminosa ou crime eleitoral (ver Congresso em foco).
9) Dos 16 políticos condenados, 8 já cumpriram ou estão cumprindo pena (Donadon, políticos condenados pelo mensalão etc.). Três recorreram e cinco foram beneficiados pela prescrição (por causa da morosidade). Ou seja: dos mais de 500 investigados/processados, sobram 11 condenações (muitos anos depois dos fatos – ver Congresso em foco). Ao mesmo tempo, ocorreram dezenas e dezenas de prescrições. Para não dizer centenas. Para cada caso de condenação prescrevem uns 8 ou 10 crimes (mais ou menos). Se de um lado não se pode medir a eficácia do STF pelo número de condenações, de outro, torna-se irrefutável proclamar sua ineficácia pelo número de prescrições (de Collor, Sarney, Maluf, Jader etc.). A falência eficacial é nítida. E é isso que deixa o cidadão muito desconfiado e indignado.
10) O STF vem manifestando preocupação com o efetivo controle dos poderosos extrativistas e corruptos (prendeu um senador em flagrante/preventiva, mudou sua jurisprudência para admitir a execução da pena depois do segundo grau – penso que isso deveria ser feito por Emenda Constitucional -, determinou o afastamento de Eduardo Cunha, recebeu denúncia contra ele, proibiu a tramitação de processos com nomes ocultos), mas os números apresentados continuam evidenciando um Tribunal (pela sua leniência, morosidade, falta de estrutura, bulimia etc.) que ainda não se desvencilhou das armadilhas institucionais impostas pelas elites/oligarquias econômicas e políticas. Continua ainda amarrado, apesar dos progressos, ao leito de Procusto “programado” pelo “sistema” extrativista e cleptocrata.
11) A realidade dos números nos revela que hoje temos dois sistemas judiciais no país (neste campo do controle da corrupção das elites/oligarquias): o do Moro e o da morosidade. O interesse manifestado por praticamente todos os políticos de ficarem na jurisdição do STF, como se vê, não se deve apenas à “morofobia”, sim, sobretudo, à “morosidadefilia”.
12) Os efeitos desastrosos dessa macabra realidade suas incalculáveis, porque tira a credibilidade do STF e gera desconfiança generalizada nos seus membros, ponto que é agravado sobremaneira pela forma presidencialista de nomeação deles. Na Operação Lava Jato, para se ter uma ideia, enquanto Moro já condenou mais de 100 pessoas, a mais de mil anos de prisão (claro que suas decisões podem ser reformadas, em virtude do duplo grau de jurisdição), o STF, até agora, só conseguiu receber uma denúncia (contra Eduardo Cunha). Dezenas de outras denúncias continuam pendentes.
13) Convenhamos, se estamos falando em microrrevoluções jurídicas e da sociedade civil (as quais, somadas, poderão fazer uma grande revolução tal como a da Inglaterra, em 1688, por exemplo), não faz nenhum sentido um ministro do STF presidir uma instrução criminal muito menos ser o presidente da fase inquisitiva (o que contraria inclusive jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos – caso Las Palmeras contra Colômbia). Se livrássemos a Justiça dos seus exotismos já seria um grande progresso.
14) Proposta de solução (urgente): nomear pelo menos uns 3 juízes para cada ministro da Corte para se encarregar dessas tarefas investigativas e instrutórias. Consoante informação do ministro Barroso, o STF hoje está com mais de 300 investigações em andamento e mais de 100 processos contra pessoas com foro especial (no ritmo atual do STF isso é trabalho para muitos anos, o que significa muitas prescrições). 

Paralelamente, adotar a ideia do ministro Luís Roberto Barroso de criar uma única Vara Federal especializada para os casos de Foro Especial, que faria todo o trabalho de primeira instância, assegurando-se recurso direto para o STJ ou o STF (conforme a autoridade processada). 

Se o STF não quer continuar sendo um involuntário mas conveniente “aliado” da corrupção política/econômica, algo de urgente deve ser feito (Luiz Flávio Gomes, jurista e comentarista do Jornal da Cultura às terças-feiras).

Alfarrábios do Generoso: GERALDO MACHADO comenta Livro de Humor

Alfarrábios do Generoso: GERALDO MACHADO comenta Livro de Humor: O BAR DO BRUCUTU Geraldo Machado “O bar ainda está aberto, com as suas portas escancaradas para a madrugada. Não há mais ning...

GERALDO MACHADO comenta Livro de Humor



O BAR DO BRUCUTU

Geraldo Machado


“O bar ainda está aberto, com as suas portas escancaradas para a madrugada. Não há mais ninguém nas ruas, feitas de cidade pequena, que folga seu aconchego na noite deserta, isenta de humanos passos”.
Geraldo  Generoso – HUMOR MORENO (Ed, Agbook, 2012)

            O escritor “santa-rosense” nasceu no município de Timburi, além- Paranapanema e aquém-Itararé. É paulista e tem do espanhol os dois pronunciados sobrenomes. “Ao meu irmão, amigo e xará, Sr. Geraldo Machado, com o meu cordial abraço em tríplice impacto”.


Preste atenção o leitor: é a dedicatória com a qual ele me saúda e assina ao dar-me de presente o seu novo livro, HUMOR MORENO- Cronicontos do Interior  . Foi da alma do seu “humor moreno’, ou mourisco, que eu fisguei as primeiras quatro linhas do pequeno volume precioso. São 108 páginas e 108 “histórias que integram a memória das pequenas cidades”. Na introdução ele cita o sábio chinês Lao-Tse: “O humor é mais sábio do que a própria sabedoria”.

Li e ri, gostei do chinês. Ri, sem cócegas, num só fôlego, as histórias do Geraldo, meu xará, meu amigo, meu irmão talentoso. Somos, ele e eu, dois caboclinhos saudosistas de uma saudade que se mede pela idade e pesa mais prá mim nos impactos.

 Somos ribeirinhos, como as capivaras que pastam a capituva das margens do Itararé – onde eu “fui beber água e não achei” – ou do Paranapanema, onde sobra água na represa e a minha sede não acaba. Sede de saudosista – trava a língua.

        O Oswaldo Romão, o WALDO, dono do bar do Brucutu não vai pensar que me esqueci dele e do seu bem frequentado bar, ou melhor, lanchonete. É o que a nossa cidade – de muitas necessidades – tem de melhor no ramo. 
           Talvez, seja a melhor coisa que você fez até hoje, foi essa: voltar para Chavantes, de mala e cuia, quiçá, o melhor investimento dessa pródiga (generosa), reviravolta da sua vida.
Veio para ficar, por opção. Você, moço. Pelo que me contou, nasceu em 1947, 7 de outubro; o Generoso, em 1948, 19 de julho. Ambos, moços. Ele cursou as primeiras letras na própria Fazenda e você, na Fazenda Santa Francisca.
 No sítio não havia escola. Afora o que você me contou, não sei patavina da sua vida por este mundo de meu Deus e dos “bem-aventurosos” ,como o Cachoeira. Espero ver o bar do Brucutu, apinhado, cervejando a queda (pelo menos sete quedas), dessa cascata de ladrões.

            O meninão Waldo pegava carona no meu Jeep-51, quando, cedinho, eu levava o Murilo e a Cristina para a aula no mesmo grupo de Chavantes. Se você fizesse conta da poeira, estaria hoje em corte de cana para os usineiros: boa e acertada escolha a sua. Estaria, hoje, vendendo garapa, invés de cerveja.

           Os seus pais, José Romão e Diolanda Cruz, mudaram para o sítio com você no colo. Filho único e herdeiro, com um ano e meio de idade. Vou resumir a sua história (um vaidoso encargo), não por preguiça – é muita coisa para a minha cabeça. Sua mãe, a Landa, sabe mais, é o que lhe basta. Eu, velho “patrão”, os entendo.


Trabalharam muito tempo comigo, colonos que eram. Saíram de lá, foram para a cidade para dar início no que você tem de bom: filho e gente. Hoje, idosa e aposentada, a Landa tem a vida que pediu a Deus. 

Conheci a sua casa e a edícula que você mandou construir pra ela. Tudo do melhor eu vi nas casas gêmeas. O bar, este, veio bem antes, no terreno de esquina. Têm razão os seus fregueses e amigos: é um lugar muito especial para cervejar e papear nos feriados e todas as noites, é o que eles fazem.

Não vou citar nomes, não é meu costume. Mas, com esta memória esgarçada, lembro-me de quase todos os seus amigos que aí se irmanam. Lembro, com saudades, do Nelson Gonçalves e o seu violão, de retorno para os amigos leais... Você dá conta (naturalmente), dá a conta a todos, direitinho, tostão por tostão, do churrasco ao troco. 

Não cobra, recebe. Um dia desses peço para alguém me levar para uma cerveja bem gelada. Você me ofereceu e eu não tomei porque fazia frio e ventava lá fora. Aceito o vinho seco e tinto: ele não afeta as minhas coronárias bem protegidas. 

À noite, nunca. Não saio, e a minha filha não dorme enquanto eu não chegar, (aqui troco o Nelson Gonçalves pelo Adoniram Barbosa). Enquanto o Faustão, da Globo, se sustentar nas pernas e na fala, o “show” deve continuar e eu vou lhe ver... se não chover e, se chover, chove no molhado.

           Vou terminar com chave de ouro, este “humor moreno”. O xará vai me emprestar um nadinha da sua verve para me animar e, ao mesmo tempo terminar este texto. Eu já devia tê-lo escrito quando podia passar uma hora entre amigos, no Bar do Brucutu, aprendiz de Lao-Tse que sou, e que sabe que o “Humor é mais sábio do que a própria sabedoria”, e que a burrice não faz negócios da China.


            “Só o boteco ali na esquina insiste em ser uma ilha povoada em meio ao arquipélago de casas dormentes. Ali, um pequeno número de fregueses, entre os mais insistentes a enfrentar o sono ou a fugir da solidão, teimam  em molhar as palavras com o amargor gostoso e suave da cerveja preferida”.



            Sanada a dívida, vou dormir sossegado, com os arcanjos que, pelo sinal, são friorentos como eu e a tia Landa, mãe do Oswaldo Cruz, dono do bar onde só a conversa é fiada.

Alfarrábios do Generoso: O DEUS EM QUE ACREDITO

Alfarrábios do Generoso: O DEUS EM QUE ACREDITO: C ONSAGRAÇÃO DE APOSENTO SENHOR, Que todo Ser que aqui chegar, E cruzar o portal deste recinto, Sinta a Vossa Presença, com...

O DEUS EM QUE ACREDITO

CONSAGRAÇÃO DE APOSENTO


SENHOR,

Que todo Ser que aqui chegar,
E cruzar o portal deste recinto,
Sinta a Vossa Presença, como eu sinto,
Da luz do Vosso Amor neste lugar.

Que aqui se faça pela Graça Tua,
A chama acesa de um amor em brasa,
Que desfaz quaisquer trevas que, das ruas,
Possam rondar quem adentre a esta casa.

Que aqui se acampem a cada momento
Os anjos das Tuas hostes celestiais,
Que se dissolva todo o desalento,
Calem-se, por Teu poder,  todos os ais.

SENHOR,

Que aqui se pense e a cada instante
Proclamado seja o Teu santo nome
Com a fé vivida no amor constante
Que ao Teu calor a cada dor consome!

Que Tua essência inunde cada canto
Com o Vosso encanto neste lar pequeno;
Que nos recubra sempre o áureo manto
Do amor imortal do Nazareno !

Que todo aquele que aqui vier,
De qualquer raça, homem ou mulher,
Sinta a Tua Presença a derramar
A bênção de poder que tens pra dar
A quem em Ti o coração puser.




 Dedicado a todos os meus Amigos e Amigas do Blog.
 Felizmente, até além do queu mereço, 
 o meu "Alfarrábios do Generoso" 
 está sendo lida nos 5 Continentes. 

















Alfarrábios do Generoso: PASSAGENS DA MINHA VIDA (Gegê) -

Alfarrábios do Generoso: PASSAGENS DA MINHA VIDA (Gegê) -:        Nossa Patota: JUSTINO (Rojão); Eu (GERALDO GENEROSO); LUIZ ANTONIO  ARANTES (Céu); PAULO ROSA DE CAMPOS; José da Silva MOREIRA E TO...

PASSAGENS DA MINHA VIDA (Gegê) -

       Nossa Patota: JUSTINO (Rojão); Eu (GERALDO GENEROSO); LUIZ ANTONIO  ARANTES (Céu); PAULO ROSA DE CAMPOS; José da Silva MOREIRA E TONINHO GALVANIN (Bicudo).


       Esta turminha nunca pretendeu se destacar ou fazer algo de extraordinário para aparecer. A gente era feliz com o simples acontecer das coisas, nas horas de folga. Com cinema, uma cervejinha e papos bem mesclados. 

       Enfim, éramos como uma família. Só de homens, porque nenhum de nós, nesse flagrante aí (lá pela década de 60), tinha namorada. Oras, eu estive pensando porque, àquele tempo em que a liberalização dos costumes já andava à  solta, éramos tão comportados e desprovidos do complemento  feminino indispensável.

       Arrisco a pensar que, no fundo, todos nós, ainda que de masculinidade insuspeita, éramos sonhadores demais.  Ou com um adjetivo menos complacente, éramos por demais exigentes.

       Sempre com a alça de mira voltada para amores impossíveis entre as nossas colegas escola. Entre elas, algumas "minas" (era o termo da época) - simplesmente encantadoras.

Meninas felizes, exuberantes e perfumadas.  Talvez por sadismo, até  abriam a guarda para alguns de nós, mas na hora de firmar namoro , melavam. Queriam gatos ricos, melhor situados, de famílias tradicionais e aquele papo todo. 

     A gente até, particularmente, não se julgava vítima de preconceito por sermos pobres, ainda que decentes. Rojão era saqueiro; eu,  balconista da Baiúca do Miguel; o Céu trabalhava na Cia. Luiz e Força, tinha la seus trocos; já o Moreira era contador da Prefeitura ( com ele era mais cruzeiros no bolso do que nos nossos). 

     Paulinho era estudante, filho de pai operário do D.E.R. Já o Bicudo era de outra idade e não estava incurso na mesma situação nossa. Ele aparecia de repente no nosso grupo, mas não era iniciado nos nossos mistérios de amadores (sim, do verbo amar mesmo) das gatas que estavam além de nosso voo de pombinhos pobres.

     Nesta foto, não sei de que ano, mas me recordo exatamente  o dia e  mês: 6 de fevereiro, aniversário do Moreira. No Bar Riviera (do Eduardinho Ramos), nosso point,  o cardápio líquido foi champanha e, uma depois da outra, evocada pelo Marcílio Azevedo: "mais uma 'celva' estupidamente gelada". 

     Nem é preciso dizer que, apesar de geladas, elas esquentaram as nossas cabeças a ponto de fervura. Uns mais, outros menos, mas Moreira e eu tomamos todas. As que tínhamos direito e outras  indevistas bebericagens, que o Marcilião trazia e dizia que eram "fortificantes para a cuca". 

     No decorrer da festa do Aniversariante Moreira, eis um imprevisto que só agora, em 2016, passado meio século, eu vi revelada a razão de uma encrenca em que nossa inofensiva patota se meteu.


      CAUSA DA ENCRENCA SÓ AGORA REVELADA

      Aproximou-se de repente de nossa mesa um tal de Otávio. Todos ficamos boiando, mas o rapaz se mostrou com cara de poucos amigos. Entre nós, dava para se ver, ele estava com aversão de um dos comensais vizinhos. Bicudo não estava a essa hora conosco na mesa. Era mais novo e, por certo, já havia ido embora.

      Mas o nosso desconhecido vizinho de bebericações e comilanças, lá  estava e nós todos sem saber o que estava a se passar. Foi então que o Moreira, líder da nossa turmota, indagou sobre o quê estava acontecendo. O diálogo foi mais ou menos assim:

   Otávio:    - Eu quero saber se tem algum homem aqui nessa mesa!
 Moreira: Afinal, o que está acontecendo, meu amigo? Eu estou comemorando meu aniversário com 0 meu pessoal aqui. 
  Otávio : ´- É o seguinte. Eu quero saber qual de vocês piscou para a minha noiva? Quem foi o macho aí que fez isso?
 Moreira;  - Amigo. Há alguma coisa errada nisso. Embora eu esteja fora de sua suspeita fora de hora, por estar de costas para sua noiva, estou aqui com os meus amigos para o que der e vier. Se algum entre eles fez isso será muito homem para sustentar o ato, ainda que impróprio, e aí a gente vai ter que fazer uma guerra  injusta de todos nós contra você sozinho, se sua noiva não te acompanhar nessa luta.

        Nesse momento, nosso colega Rojão saqueiro do IBC , que era muito desligado (e nunca fora de briga), talvez pelo calor que vinha de dentro pra fora pelo teor alcoólico excessivo, desvestiu a blusa que vestia e ficou de manga curta. 

     Mas o gesto foi decisivo. Otávio sem mais delongas, ao interpretar aquele gesto do Rojão, simplesmente voltou para a própria mesa, onde sua noiva estava com às mãos à cabeça, antevendo a surra que ele poderia levar. E pelo jeito, muito arrependida do gesto, pois veio-lhe ao encontro e disse: 

    - Ah, Tavinho. Eu tava brincando com você.  Esses moços são muito bons. E até nenhum deles tem namorada... O negócio deles é só beber e conversar entre eles aí da patota.

     O tempo rolou, rolou. O incidente passou batido e sem nenhuma consequência. Nada de mortos, feridos ou traídos.  

      Mas a moça tinha razão. E quem realmente piscou, sem dor de consciência, confesso que fui eu. Isto se deu  no momento em que, no ato de limpar as lentes dos óculos, alternei (como até hoje me obrigo ) fechar um olho, e depois, outro para uma limpeza eficaz e transparente.

     Tudo terminou em pizza. Ou melhor, em missa. Rezada pelo Moreira, às 2h da madrugada, no Coreto da Praça, muito bem assessorado pela sua impagável patota. Que aí está na foto acima e embaixo a ilustração simbólica e parcial das bebidas consumidas naquela inesquecível  comemoração.  
       

Alfarrábios do Generoso: ESQUECIMENTO, A MAIOR DAS INGRATIDÕES

Alfarrábios do Generoso: ESQUECIMENTO, A MAIOR DAS INGRATIDÕES:              Algumas pessoas procuram este escriba - que agradece pela distinção da preferência - com vistas a homenagear seus entes que...

ESQUECIMENTO, A MAIOR DAS INGRATIDÕES


             Algumas pessoas procuram este escriba - que agradece pela distinção da preferência - com vistas a homenagear seus entes queridos, que jazem, não apenas num túmulo feito de areia, tijolo, cimento ou mármore e granito. 

             Eles vivem na memória, iluminada por uma saudade, imediatamente associada à visão da vida eterna.  Foi o caso do meu amigo Antonio Leonardo Garrossino, de Ipaussu.

             Quis o sr. Leonardo (do Gás), por meu intermédio, homenagear seu genitor, o saudoso JORGE GARROSSINO. (Alguns conhecem por Garrocino, mas a grafia correta é esta e, em escrevendo para a eternidade, tudo há que ser legítimo, autêntico e imperecível.

             Encontro-me ao dispor, até por entre as coisas que não possuo,  são  inimigos. Do que não sinto a mínima falta.

             Na presente homenagem, eu poderia ter feito figura uma foto o homenageado. Mas como o túmulo já dispôs desse recurso, então achamos, Sr. Leonardo e eu, em colocar dois ícones que marcaram a vida dele. 

             Grande incentivador do Esporte, nos áureos tempos do Esporte Clube Olaria, afora outros times que ajudou e atletas que incentivou, achamos por bem colocar a figura de uma bola.

             Tendo sido, também, proprietário de uma Olaria, por longo tempo, nada mais evocativo do que fazer constar em sua homenagem a figura de um tijolo. 

            Se alguém, de qualquer lugar do Brasil, ou de País de Língua Portuguesa, quiser uma homenagem similar, não só para pessoas que já transpuseram o umbral da vida terrena, mas para Pais e Mães ainda (felizes) em nosso convívio, será o bastante entrar em contato pelo e-mail abaixo indicado

braunaster@gmail.com 

         O material pode ser também em aço inox, dimensão a escolher, destinado à homenagens a pessoas que emprestam seu nome a 

        Escolas, Praças e Estabelecimentos públicos como Estações Rodoviárias, edifícios públicos em geral.

       O custo é praticamente insignificante, pois dividido pela eternidade tudo acaba sendo praticamente zero.

      Um abraço. Se confiarem na minha pena, e valer a pena, indiquem a quem interessar possa, o trabalho deste velho poeta, (assim dizem), e eu acabo tendo que provar isso a cada novo poema.
 Beijo a todos (as)


Gergeneroso, em casa de minha amiga Lu, em Piraju - SP


       

Alfarrábios do Generoso: FOFÃO , INESQUECÍVEL ADILSINHO (2006)

Alfarrábios do Generoso: FOFÃO , INESQUECÍVEL ADILSINHO (2006): Arantes (Céu), Ney Nascimento (i.m.) Geraldo Generoso e Adilsinho (in memorian) ADILSON MARABELLO NOS DEIXOU...             Foi ex...

FOFÃO , INESQUECÍVEL ADILSINHO (2006)

Arantes (Céu), Ney Nascimento (i.m.) Geraldo Generoso e Adilsinho (in memorian)


ADILSON MARABELLO NOS DEIXOU...

            Foi exatamente no dia Primeiro de abril de 2006, que nosso querido FOFÃO nos pregou uma mentira ao desprender-se de seu véu carnal rumo às plagas celestes.

       Casado com Terezinha Sacheli (a Terê), Adilson fez presença em nossos carnavais e momentos, grandes ou circunstanciais da nossa comunidade ipauçuense.

       Coincidiu em Adilson Marabelo a palavra grande, em sentido literal e em todos os sentidos. Seu corpo agigantado, de mais de 2 metros, só era menor do que sua bondade, alegria, carisma, simpatia e amor a Deus e ao próximo. 

       Devotado estudante da espiritualidade, foi dedicado rosacruz e sempre pautou sua vida pelo otimismo e pelo entusiasmo de viver. Nascido na capital paulista, sempre manteve um amor extremado por Ipaussu e pelos ipauçuenses.

     Seu sepultamento ocorreu em 3 de abril de 2006, segunda-feira, com grande consternação por parte da família ipauçuense. 

   Pela busca que ele empreendeu ao correr de sua vida, com seus passos gigantes, sobre as coisas de Deus e do Universo, estou mais que ciente que, após passado pela Grande Iniciação, nosso Fofão encontrou a PAZ PROFUNDA, que excede todo o entendimento e está além dos limites da  compreensão humana

Alfarrábios do Generoso: UNIÕES FEITAS PARA DURAR

Alfarrábios do Generoso: UNIÕES FEITAS PARA DURAR: Ema Carrero e Gentil Grandini "in memorian" perpétua -  Un mariage heureux est une longue conversation qui semble toujour...

UNIÕES FEITAS PARA DURAR

Ema Carrero e Gentil Grandini
"in memorian" perpétua

Un mariage heureux est une longue conversation qui semble toujours trop brève

André Maurois

 -
"Casamento feliz  é aquele
de longas conversas,
que  causam  
 a impressão de serem 
 curtas demais".



Alfarrábios do Generoso: QUER SABER SOBRE A "Herança Maldita"

Alfarrábios do Generoso: QUER SABER SOBRE A "Herança Maldita": '    Temer de olho na "herança maldita" do governo Dilma  No Caderno Poder, da Folha de S.Paulo de 19 de maio d...

QUER SABER SOBRE A "Herança Maldita"

'



   Temer de olho na "herança maldita" do governo Dilma 

No Caderno Poder, da Folha de S.Paulo de 19 de maio de 2016, quinta-feira, em reportagem da sucursal de BRASÍLIA, com os jornalistas GUSTAVO URIBE, VALDO CRUZ, EDUARDO CUCOLO, PAULO SALDAÑA E MARIA DIAS,  nos dão conta de providências que o presidente interino, Michel Temer (PMDB) pretende mandar elaborar um"inventário de problemas" que herdou do governo  a que sucedeu.

       Em primeiro lugar, é forçoso admitir que, na condição de vice-presidente, apetitoso nos últimos meses pela sucessão, se agora ele considera o fardo além de suas forças, o óbvio é que tais mazelas não eram, nem poderiam ser, de seu desconhecimento.
  
       O dito "Inventário de Problemas" para apresentar ao público o tamanho do rombo, por mais que se faça por simplificá-lo, são de ordem técnica, burocrática e, ademais, sem qualquer elo motivador ao público em geral. Assim considero, porque tais exames demandam gastos, tempo perdido que não irá conduzir a nenhum resultado.

      Nem sequer em benefício da imagem presidencial e de seus correligionários, peemedebistas, onde se somam os "cunhas" e outros já cunhados com lamas expostas para, mais cedo ou mais tarde, passarem pela Lava Jato. 

     Só para exemplificar, de forma sintética, já que  a reportagem é bastante longa, e não creio ter merecido grande percentual de leitores a essa pauta demagógica, relata sobre

    -  Atraso de pagamento de Dilma a consulados, auxílio a diplomatas e salários de funcionários no exterior. Oras, quem ocupa a cadeira é a quem compete consertá-la se estiver quebrada ou endireitá-la (isso a nova turma sabe bem) quanto à posição encontrada ao assumi-la. 

        E mais: quem, entre os que leem jornais mesmo sem tanta regularidade, ignora esse atraso em pagamentos de cônsules, que agora sinaliza, pelo Ministério das Relações Exteriores, que serão reduzidos grande número de embaixadas. E o titular Serra, mais prático, requereu R$800 milhões para cobrir "algumas" dívidas.

        É o que tem que ser feito. Não adianta ficar levantando defunto quem quer parir um ser vivo, um Brasil revivificado por "Ordem e Progresso", mesmo com uma bandeira desfalcada de 5 estrelas, em seu símbolo atualizado.

       Citado esse exemplo, ainda se alinham outras faturas da dita "herança maldita" para o governo Temer. Até mesmo algo corriqueiro e, perto do porte macro da economia, não representa um fio de palha num milharal. 

          É o caso de Dilma ter nomeado  12 conselheiros para o Conselho Nacional de Educação, como se isso fosse um crime de lesa-majestade.

        E assim vai até na discussão  para inglês ver de que o governo anterior apresenta um déficit oficial de  R$96,7 bilhões, e que o atual governo, conferindo e examinando, conclui que sejam R$150 bilhões em 2006.  
         
       E por aí vão outros e outros registros acusatórios, que dispenso menção, mas vá lá sobre no Ministério das Cidades a presidente golpeada autorizou a construção de 11.250 moradias, de pronto revogada pelo novo ministro.

          A rigor, em respeito aos leitores - sei de alguns que replicam meus textos em outros canais, e estão para tal autorizados, desde que sem desfigurar o sentido das ideias expostas, me confesso não ser adepto de nenhum partido político, por conta de minha condição de jornalista profissional. 

        Nada impede que muitos colegas abracem esta ou aquela tendência partidária. Afinal, isso em nada diminui a autenticidade de quem quer que seja. Particularmente, não me movo por direções invariáveis, de direita ou de esquerda. 

         Pois bem, agora aqui exponho o que avalio dessa besteira do governo, ainda cheirando à tinta, querer fuçar em contas da mandatária deposta. 

       Que interesse poderá despertar nos cidadãos e cidadãs, o saber o quanto se deve ? O máximo que as pessoas em geral se sentem abatidas são pelos rombos que a corrupção desferiu contra a nau da governança, praticamente partindo o leme do barco da normalidade democrática.

        Esses relatórios burocráticos, de custo elevado em tempo e dinheiro, a nada servem senão para comprovar o quanto se distanciou das ruas as nossas lideranças governamentais, hoje orquestradas por Temer,  da velha guarda conservadora, ilhado em meio a parlamentares e ministros ameaçados de uma hora para outra virarem réus em processos de alguma operação da famosa Lava Jato.

         Eu imagino, de forma parabólica, se você, meu caro leitor (a), mantenha o hábito de frequentar um restaurante. 

     Ou se você é mais popular, ir a um boteco e, o  novo dono ou gerente  - do restaurante ou do boteco - em vez de por a comida na sua mesa ou a pinga no seu copo, se ocupe em lhe desfiar sobre a vida do ex-proprietário, de quem ele comprou o estabelecimento. 

     Bom, seria fastidiosa as sentadas no tomate que esse novo governo vem dando. Por outro lado, a culpa sempre vai para a imprensa, quando se obriga a dar notícias que não são do agrado dos poderosos de plantão. 

   Há, por exemplo, uma notícia quente de que o volume de dinheiro expatriado do Brasil para o Exterior -  (que está cheio de paraísos fiscais que fazem o inferno dos países de 3.o mundo) monta à bagatela de $400 bilhões,  de dólares, claro. Mais do que o Brasil, como país, com seu tesouro, mantém em Reserva Internacional.

     Esse é o Brasil que me dá vontade de deixar. Não para os meus descendentes, mas para ir rumo a uma outra terra onde o povo seja de fato politizado e não nos brinde com políticos despreparados, ambiciosos de poder e riqueza, e corruptos em grande parte.

     


        


         

        
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