Alfarrábios do Generoso: UM NOME QUE FICOU NUM POEMA

Alfarrábios do Generoso: UM NOME QUE FICOU NUM POEMA: O nosso tempo o tempo já levou, Do antigo romance só restou Nada mais do que trêmulo relicário. Daqueles dias que a saudade tec...

UM NOME QUE FICOU NUM POEMA




O nosso tempo o tempo já levou,
Do antigo romance só restou
Nada mais do que trêmulo relicário.
Daqueles dias que a saudade tece,
Separando-nos mais, hoje acontece
Outro dia de teu aniversário.

Pior até do que o implacável espaço
Que separa o meu braço do teu braço,
Faz-se o tempo entre nós muralha imensa.
Mas se recordas tudo que antes disse
Tu'alma que a meu lado te predisse:
Serás meu galardão por recompensa.

Por sob os meus cabelos já cinzentos,
Ponho-me a reviver nossos momentos
Felizes, partilhados sempre a dois.
Imaginando um sonho em comum,
Esses sonhos que foram, um a um,
Sobre este tempo que chegou depois.

E mais um ano fazes, eu ausente,
Recordas-te do último presente
Que presto te mandei junto a um cartão ?
Tanto tempo passou, já nem existe
Senão a  lembrança, mas em mim persiste
Sempre o teu nome em meu coração.

Distante, ainda,  daqui donde moro,
No silêncio teu nat comemoro,
Seja onde estiver ou aonde eu for.
A recordar, o tempo nos convida,
Esse mago que leva a nossa vida
Mas nunca leva um  verdadeiro amor.





 generoso


Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERA

Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERA: GeGê                                                                                             Vão-se as primaveras lindas e outra...

Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERA

Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERA: GeGê                                                                                             Vão-se as primaveras lindas e outras...

Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERA

Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERA: Vão-se as primaveras e outras voltam, A enfeitar de luz esta quadra do ano, Desabotoam flores e  se soltam À paisagem vestindo ...

SOLUÇOS DA PRIMAVERA

GeGê 

                                                                                           Vão-se as primaveras lindas e outras voltam,

A enfeitar de luz esta quadra do ano,
Desabotoada em flores elas  soltam
Na paisagem seu  vestido e renovando.

Assim, seguem todos sonhos em etapa,
Nessa escalação  da estação florida,
Em seu voo largo a mariposa escapa
                                                                               No ruflar de asas na canção a vida.

Foi  nas asas da estação primaveril
Que desfez-se o sonho e hoje vazio
Arde aqui no coração um amor sozinho...

E esta mesma primavera decantada
Que despedaçou minha ilusão passada
Cravou neste peito a marca de um espinho.





AOS RUSSOS




 Estou muito feliz com este blog pela avalanche 

de postagens que tem ocorrido.

Claro que é muito bom ter expressivo número

de brasileiros a acessar o "Alfarrábios".
Mas o curioso é que constantemente
meus poemas vão parar lá na Rússia, entrando
em grande número de corações. 


Acho que
é um reflexo da admiração que sinto por
aquele grande povo. Na literatura, falou em russos, - e são

tantos grandes poetas, é sempre falar sobre o melhor
na maior parte do que se lê. Boa noite amigos e amigas

da RÚSSIA.

BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS, 


DESSE GRANDE POVO. 



Alfarrábios do Generoso: Antes de partir. (poesia premiada)

Alfarrábios do Generoso: Antes de partir. (poesia premiada): S e não te encantas por mais nada nesta vida, Saiba que ainda não morreu a última rosa, A penas ocultou-se nas dob...

Antes de partir. (poesia premiada)



S
e não te encantas por mais nada nesta vida,
Saiba que ainda não morreu a última rosa,
Apenas ocultou-se nas dobras do inverno,
Para aos beijos do sol, numa explosão de luz,
Ressurgir perfumando a primavera em flor.

Se agora a solidão mortifica a tua alma,
Pense ao menos ouvir a última canção
Que ainda não saiu do bojo de tua lira;
Adie o quanto possas a hora da partida.
O passaredo em bando ainda não ensaiou
O último gorjeio para o entardecer.

Se pesadelos sobre ti se desabaram,
Destroçando esperanças por acontecer,
Espera só um pouco mais, dê um tempo ao sol
Pra trazer nova aurora do seio da noite
Sobre o colo azul do céu inteiramente novo.
Não pense hoje em ir embora deste mundo,
Antes que nos jardins todas rosas floresçam,

Antes que a imensa orquestra  de que é feita a vida
Te enseje ouvir então seus últimos acordes!
Fique mais um pouco, não deixe este cenário,
Antes que o derradeiro pássaro da tarde
Venha pousar as suas asas em gorjeios
Sobre o último galho do último silêncio!
Não vá embora ! Não vá embora ! Não vá embora
Antes que todos  os teus sonhos aconteçam.


De Geraldo Peres Generoso, menção honrosa no Mapa Cultural Paulista 2003, da Secretaria de Estado da Cultura, defendendo as cores azul e branca da nossa bandeira de Ipaussu.


Alfarrábios do Generoso: DUAS CASAS

Alfarrábios do Generoso: DUAS CASAS:   DUAS CASAS  Uma casinha no baixio da serra, Cheia de  frestas pelos vãos da  porta, Me vem à mente que da infância  encerra U...

DUAS CASAS

Geraldo Generoso - Crédito da Ilustração João Generoso.

DUAS CASAS 


Uma casinha no baixio da serra,
Cheia de  frestas pelos vãos da  porta,
Me vem à mente que da infância  encerra
Uma  saudade que o meu peito corta.

Dissera minha mãe: - por esta fresta,
Que da lua em silêncio vinha o brilho,
Trouxe-te o céu  como  uma réstia,
E foi assim que te chamei “meu filho”.

Deixei atrás a choupana esquecida
Em passo lento tomei outra estrada,
Pois queria   outra casa e outra vida
Melhor que aquela que não tinha nada,
Com aquela porta tão desguarnecida.
Lá na  grota  esquecida e abandonada.

Foram duros  caminhos, tantas quedas,
Para, afinal, erguida esta mansão,
Ouvir um transeunte que segreda
A sua inveja e admiração
Por este espaço que esconde e veda
O tamanho da minha solidão.
E neste afã de a  custo isolar-me
A vida sempre a mesma, continua.

A lua não se faz mais em inquilina 

Como se já me foi na ida sina

Da casinha da serra tão lembrada.
Da rua vejo o cômico e o trágico
Somente através do olho mágico,
Cravado em minha porta bem fechada.





Alfarrábios do Generoso: DOCE SAUDADE CHEGOU À RÚSSIA.

Alfarrábios do Generoso: DOCE SAUDADE CHEGOU À RÚSSIA.: DOCE SAUDADE     Mesmo longe de ti, sempre presente, Entre as belas lembranças, a mais linda, Revivo a ilusão de antigamente Qu...

DOCE SAUDADE CHEGOU À RÚSSIA.

DOCE SAUDADE
   
Mesmo longe de ti, sempre presente,
Entre as belas lembranças, a mais linda,
Revivo a ilusão de antigamente
Que até parece eterna e não se finda.

És o benfazejo sonho que cultivo,
Bem lá no fundo d'alma em que se esconde,
Que vem não sei de quando nem de onde
E me faz tanto  bem quando o reavivo!

Mesmo perto não estando não me esqueço,
Desta velha paixão que é sempre nova;
Por amar de verdade não padeço
A tentação, desse querer, a prova.

Quando acaso um soluço te surpreenda,
Na tua solidão em hora  qualquer,
Hás de saber, e quero que entendas:
Sou eu, pensando em ti, onde eu estiver.

 Estou muito feliz com este blog pela avalanche 
de postagens que tem ocorrido.
Claro que é muito bom ter expressivo número
de brasileiros a acessar o "Alfarrábios". 
Mas o curioso é que constantemente
meus poemas vão parar lá na Rússia, entrando
em grande número de corações. Acho que
é um reflexo da admiração que sinto por
aquele grande povo. Na literatura, falou em russos, - e são
tantos grandes poetas, é sempre falar sobre o melhor
na maior parte do que se lê. Boa noite amigos e amigas
da RÚSSIA. 




Alfarrábios do Generoso: QUEM SOU EU 1

Alfarrábios do Generoso: QUEM SOU EU 1: Faço sementes nascerem; faço o campo florir e faço os frutos surgir para os animais viverem. Faço sol ou temporal, Faço  o fr...

QUEM SOU EU 1


Faço sementes nascerem;
faço o campo florir
e faço os frutos surgir
para os animais viverem.

Faço sol ou temporal,
Faço  o frio, faço o calor;
Faço o bem em mal
e do ódio faço o amor.

Faço criança nascer
e em jovem se ver
para em velho se tornar
que, após crescido casar,
penso que o faça morrer.

Por me achar tão  forte assim,
pensei o máximo sobre mim
para até chegar a crer
que jamais eu terei fim.

Achei mesmo que ninguém
comigo iria mexer.
Mas eis que que um dia em Belém
vi um Menino nascer
e usou dividir-me em
duas partes o meu ser:
que eu fui chamou-se A.C.
e depois DELE eu sou DC
e então me mudei também.
Sou apenas o tempo,
Submisso a passar
Sob as mãos desse Alguém.







QUEM SOU EU 1


Faço sementes nascerem;
faço o campo florir
e faço os frutos surgir
para os animais viverem.

Faço sol ou temporal,
Faço  o frio, faço o calor;
Faço o bem em mal
e do ódio faço o amor.

Faço criança nascer
e em jovem se ver
para em velho se tornar
que, após crescido casar,
penso que o faça morrer.

Por me achar tão  forte assim,
pensei o máximo sobre mim
para até chegar a crer
que jamais eu terei fim.

Achei mesmo que ninguém
comigo iria mexer.
Mas eis que que um dia em Belém
vi um Menino nascer
e usou dividir-me em
duas partes o meu ser:
que eu fui chamou-se A.C.
e depois DELE eu sou DC
e então me mudei também.
Sou apenas o tempo,
Submisso a passar
Sob as mãos desse Alguém.




Alfarrábios do Generoso: O POENTE DO BOIADEIRO

Alfarrábios do Generoso: O POENTE DO BOIADEIRO: Geraldo Generoso – letra José Maria Ramos - melodia   Já desmontei do cavalo, Boiada está recolhida; Andei por serras e valos ...

O POENTE DO BOIADEIRO



Geraldo Generoso – letra
José Maria Ramos - melodia 
Já desmontei do cavalo,
Boiada está recolhida;
Andei por serras e valos
Buscando reses perdidas.

Fecho a última porteira,
Um por um ponho a contar:
Os bois dentro do mangueiro
Para ao Patrão entregar.

Boiada foram os meus dias,
De reses de toda cor;
Bois a pular de alegria
E bois a gemer de dor,
Ao matador conduzia;
Já não sou mais lidador.

Meu berrante emudecido
No esteio está silente,
O gado está recolhido
Não há mais boi pela frente,
Faço a última parada

Na porteira  do poente.



CARTA RECEBIDA


HONROSA CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA DA PUJANTE E QUERIDA CIDADE DE ASSIS SP


Bom dia meu amigo Geraldo,

Acabo de ler o último alfarrábio que você me enviou, e digo-lhe que fiquei emocionado com a homenagem prestada ao doutor Rubens Barbosa Martins.
Tenho certeza que você está semeando o bem e a paz ao escrever tanta coisa boa de se ler.
Nesta de hoje, me fez evocar a figura singela e simpática do Dr. Rubens (meu dentista preferido) e a saudade me invadiu a alma. Como foi maravilhosa a passagem dele entre nós, um homem digno e cidadão de respeito que sempre soube pautar sua conduta, com quem quer que fosse, na retidão de caráter e na bondade, apanágio de seu coração. Obrigado doutor Rubens.

Parabéns Geraldo! Espero que a veia artística que você possui continue fluindo com abundância.
E mais, espero também continuar sendo privilegiado com a remessa de suas matérias.

Abraços

José Tognoli 







Geraldo Generoso deixou um novo comentário sobre a sua postagem "HOMENAGEM AO DOUTOR RUBENS BARBOSA MARTINS": 

Agradecido pela mensagem de José Tognoli sobre nossa singela homenagem ao Dr Rubens Barbosa Martins de Ipaussu. São incentivos assim que nos levam a sustentar a inspiração, mesmo diante de um País que atravessa enormes crises, principalmente de caráter moral, diante de tanta corrupção e desmandos.





Alfarrábios do Generoso: CONFISSÃO A MAAT

Alfarrábios do Generoso: CONFISSÃO A MAAT: Confissão a Maat  Este sistema de confissão era usual no Antigo Egito e está preservado entre as tradições rosacruzes. Na verdade, é um...

CONFISSÃO A MAAT

Confissão a Maat


 Este sistema de confissão era usual no Antigo Egito e está preservado entre as tradições rosacruzes. Na verdade, é um pouco diferente do modelo de confissão que o fiel, dirigindo-se ao padre, fala sobre suas faltas e este o absolve dos erros. Esta Confissão a Maat é um encontro direto com Deus, e o fiel se apresenta como Puro. Na verdade, os egípcios já tinham a concepção que Cristo explicitou em sua fala aos fariseus, ao dizer: "Eu o Pai somos um" e " O Reino de Deus está dentro de vós mesmos" . 


Maat era a palavra usada pelos antigos egipcios para designar a Verdade. Tornada uma divindade, havia um templo a ela dedicado.
Seu símbolo era uma pena, transportada em cerimônias e procissões para indicar a ideia de que "A Verdade prevalecerá", ou ainda, "Assim será a Verdade".   (Algo semelhante ao nosso "Assim seja")

Ao lado da múmia encerrada em seu túmulo, depositava-se o "Livro dos Mortos". Nele estava contida a "Confissão a Maat", que o morto haveria de recitar, quando estivesse no Tribunal de Osiris.

Dizia a "Confissão a Maat":

Glória a Ti, Ó Grande Deus, Senhor de toda a Verdade! 
Venho a Ti, Ó meu Deus, à Tua presença trago o meu ser, para tomar consciência de Teus decretos.
Eu Te conheço e estou hamonizado Contigo e com Tuas quarenta e duas leis (*), que Contigo se manifestam nesta Câmara de Maat.
Em verdade, coloquei-me em harmnonia Contigo, trazendo Maat em minha mente e minha Alma.

Por Ti destruí a maldade.
Não fiz mal a seres humanos.
Não oprimi os membros de minha família.
Não pratiquei o mal no lugar do direito e da verdade.
Não convivi com homens indignos.
Não exigi consideração especial.
Não decretei que um trabalho excessivo fosse feito para mim.
Não apresentei meu nome para enaltecimento.
Não privei de bens os oprimidos.
Não fiz ninguém passar fome.
Não fiz ninguém chorar.
Não causei dor a nenhum ser humano ou animal.
Não espoliei os Templos de suas oferendas.
Não adulterei os padrões de medida.
Não invadi campos alheios.
Não usurpei terras.
Não adulterei os pesos da balança.
Não afastei o leite da boca das crianças.
Não fechei a água quando ela devia correr.
Não extingui a chama quando ela devia arder.
Não repeli a Deus em suas manifestações.
Sou puro! Sou puro! Sou puro!



Segundo uma das muitas tradições criadas em torno de Maat (a deusa), ela seria filha de Rá e de um passarinho que, apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração, uma pena voou: era Maat. 
Admitiam, outrossim, que essa era a pena usada por Anúbis para pesar o coração daqueles que compareciam ao Tribunal de Osiris.

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