Alfarrábios do Generoso: DELAÇÃO PREMIADA É ALGO MUITO SÉRIO

Alfarrábios do Generoso: DELAÇÃO PREMIADA É ALGO MUITO SÉRIO:       Uma situação que se vinha verificando, e é de se esperar que seja evitada, é no caso específico da Lava Jato no caso das Delações Prem...

DELAÇÃO PREMIADA É ALGO MUITO SÉRIO

      Uma situação que se vinha verificando, e é de se esperar que seja evitada, é no caso específico da Lava Jato no caso das Delações Premiadas.

Um delator, naturalmente, pode ser definido como uma testemunha remunerada. Que remuneração fundamental não é de se considerar ganhar alguns anos de liberdade, em pouca ou grande monta. Nada contra  a prática, que não é exclusiva do Brasil, em se recorrer a delações que possam, entre outros benefícios, permitir identificar, principalmente, fraudes ao erário público, irregularidades eleitorais etc.

Mas, pela delicadeza da situação, o delator, na condição de réu ou co-réu, até por uma questão compreensível, irá fundo na sua ação delatória que sinaliza benefícios e não se traduz num mero testemunho. E ainda assim, sujeito ao inevitável estatuto do contraditório.

 Quando se vazam delações pela mídia em geral, a condenção - justa ou injusta - já recai sobre o delatado. A Justiça, que tem o axioma básido "in dubio pro reu" há que observar e comprovar, com todo o empenho possível sobre toda e qualquer delação.

 Concluindo, verificou-se até o suicídio de um reitor de uma universidade do Estado de Santa Catarina, falsamente acusado de grande desvio financeiro.

Nesse caso extremo, houve, pois, o custo de uma vida. Oras, o nome de uma pessoa se configura na própria vida da mesma. É de se esperar que uma delação, por aparente verossimilhança que apresente, merece todo o rigor dos investigadores  no contato com os delatores.


Geraldo Generoso (do Brazil)

Alfarrábios do Generoso: SINTONIA COM O PODER ÚNICO

Alfarrábios do Generoso: SINTONIA COM O PODER ÚNICO:             Fisicamente, nossos sentidos são condicionados por frequências. Somos receptivos somente a vibrações numa frequência determina...

SINTONIA COM O PODER ÚNICO


            Fisicamente, nossos sentidos são condicionados por frequências. Somos receptivos somente a vibrações numa frequência determinada. Sem entrar em mais detalhes, só conseguimos ouvir determinado som. Se for em volume muito alto, nossos ouvidos são poupados. Igualmente, todos sabemos que se o som a ser captado por nossa audição for muito fraco, também dele não daremos conta.
           
            Pois bem, transpondo esta condição limitativa para o nosso senso espiritual, sou de opinião que a maioria da população mundial, muitíssimo pouco busca a sintonia com o Cósmico, da Realidade verdadeira. Quase todos nós nos alheamos do Reino verdadeiro, sobre o qual Deus confessa muito bem disposto a nos conceder.

         Ainda sobre esse Reino, Jesus Cristo, incorporando a dimensão divina de seu Ser, assegurou-nos : “A Minha paz vos dou. Não vo-la dou com a dá o “mundo”. Mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”.

            Quanto  desperdício dos bens que os Céus nos oferecem, nós nos damos a fazer com nossas vidas! Deus está mais perto do que nossa “respiração e mais próximo do que nossos pés”. Mas ainda que infinito não sentimos nos bastar, até porque pouquíssimos se dão ao trabalho de conhecê-Lo.

            Se é fato elementar que o Pai Celestial se deu ao trabalho de emanar de Sua própria essência o ser de cada um de nós, numa unidade indissolúvel, como explicar as mazelas, as dores, as incertezas e penas de que o mundo é cenário da maioria das pessoas. Cada qual de nós, em um aspecto ou outro, uma ou várias vezes na vida, somos atores daquela parábola do Filho Pródigo.

A causa das penas advindas dos caminhos e atitudes erradas, ainda cumpre dizer, não provém do braço do Todo Poderoso. Vem pela lei de causa e efeito, até que acordemos para a Graça, tão bem explicitada no Sermão da Montanha  pelo Mestre Jesus.

Iludimo-nos com as notícias dos jornais, com as tramas das novelas – felizmente já não tão sedutoras, até mesmo com anúncios que nos açoitam para o consumismo e desejos que nos decepcionam mal os experimentamos.

            Assim, me obrigo por concluir, que cada homem ou mulher, de qualquer faixa etária ou condição social, busque a sintonia com o Único Poder, sem se iludir com as seduções, de que são fartas, o mundo que Jesus diz ter vencido e nos promete igual possibilidade.

Geraldo Generoso - Brazil

Alfarrábios do Generoso: POEMAS EMBRIAGADOS

Alfarrábios do Generoso: POEMAS EMBRIAGADOS: NUM BAR QUALQUER Geraldo Generoso Na capital paulista, seu escritório pouco dista de um velho bar. No acanhado refeitóri...

POEMAS EMBRIAGADOS


NUM BAR QUALQUER

Geraldo Generoso


Na capital paulista,
seu escritório
pouco dista
de um velho bar.
No acanhado refeitório
que escolheu para poetar
ali ele se avista.

Após cumprir o rito
da saudação, do bate papo,
pede o lápis e o guardanapo,
onde dispõe, fiapo a fiapo
mais um poema a deixar escrito.


Com a mão na testa,
espreme  palavra por palavra,
que do lápis desce,
ora em água ora em lavas.

Molha num gole
a garganta seca
ao poema recolhe
                                                  recém-nascido ali no bar.

Assim é Otávio Bueno da Fonseca:
Regularmente vai para o seu bar.
Para embriagar-se  de poesia.


Alfarrábios do Generoso: O QUÊ DEUS QUER DE NÓS ?

Alfarrábios do Generoso: O QUÊ DEUS QUER DE NÓS ?: DEUS EM NOSSAS HORAS DIFÍCEIS           Sinceramente, há momentos em sentimos um paredão indevassável entre nós, nossa Alma, nossa Vid...

O QUÊ DEUS QUER DE NÓS ?


DEUS EM NOSSAS HORAS DIFÍCEIS


         Sinceramente, há momentos em sentimos um paredão indevassável entre nós, nossa Alma, nossa Vida em relação ao Criador. Aprendemos com Jesus e outros instrutores que, não só “Ele nos fez à Sua imagem e semelhança”.  O Divino Mestre foi até mais longe, quando forma seca e sucinta, mas muito firme, ao ser questionado ao afirmar “EU E O PAI SOMOS UM”, taxativamente disse aos ouvintes: “VÓS SOIS DEUSES”.
         Mas, cá entre nós, meu (minha) caro (a) internauta, à maioria da maioria de nós, seres humanos, em todos os quadrantes da Terra, devemos admitir que não é fácil estabelecer (ou restabelecer) nossa conexão Deus, em sua Onisciência, Onipresença e Onipotência.
         Repetitivamente ouvimos que precisamos cultivar a Fé. E não são poucas as garantias (para mim o que Cristo diz é de absoluta garantia) – que com a Fé podemos tudo. Ele até menciona que tal é o poder dessa virtude que nos faz determinar que uma montanha passe de um lado para outro. Chegou  até a dizer “Quem crer em Mim, ainda que esteja morto, viverá”. E assim em várias passagens, quando repreendeu um assustado discípulo Simão Pedro, que o acordou para fazer cessar uma tempestade que ameaça o barco em que seguiam de um inevitável naufrágio. Tão logo aplacou a ira do temporal os chamou de “homens de pouca fé.”
         Creio que originalmente o Supremo Arquiteto do Universo nos criou perfeitos. Resultou da desobediência, segundo as escrituras (não só judaicas) em comer um fruto proibido. No catecismo, talvez para facilidade de comparação, minha professora me disse tratar-se de uma maçã. Por conta disso, quando na fazenda em que eu morava, alguém trazia maçã eu sempre evitava comer. Parece-me que nas escrituras indianas fala-se da proibição de se comer um figo e que, por comê-lo, perderam a graça de viver no Paraíso.
         Mas, como afirmei na abertura deste diário, alcançar o Reino de Deus não é nada fácil. Mais e mais nos damos ao lance de comer todo tipo de fruto proibido. Igualmente, com relação à idolatria, aí então nem se fale. Adoramos automóveis fantásticos; extasiamo-nos ante comidas saborosas, sem falar em sobremesas das mais deliciosas ao paladar, sem falar de nossa inclinação a vestuários caríssimos, incrementados pelos magos da moda.
         A rigor, não há como não reconhecer que há boas coisas neste mundo. Nem creio que por serem boas ou ótimas sejam proibidas. Se assim fosse, as pessoas criativas de mais comodidades e belezas seriam as primeiras dignas de condenação, como responsáveis por essa nossa dificuldade em nos conectar com o Poder Único. Afinal, é esse poder que inspira os grandes mestres dos diversos setores de novidades que nos seduzem.
         Todavia, a essa sedução pelo consumismo, pelo conforto, pela vida fácil, acaba por nos levar à violação da primeira parte do primeiro mandamento, que Jesus Cristo sintetizou em 2, no Sermão da Montanha:
“AMARÁS A DEUS DE TODO O SEU CORAÇÃO E TODA A SUA MENTE E AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO.”
Ninguém há que possa negar o conhecimento do caminho nestas duas pequenas linhas que estão inscritas na eternidade e jamais serão revogadas, mesmo após o final dos tempos.
Por tudo isto, de minha parte, procuro encontrar Deus no silêncio. Não oro para obter coisas, pessoas ou situações que julgo me possam fazer feliz. Procuro escutar o silêncio e concluo que, Quem realmente ora, é o próprio Deus, pois quem sou eu para Lhe dar conselhos?  Por que me atreveria a me queixar a Ele sobre um problema, se Ele o conhece melhor do que eu próprio?
Hoje (e sempre) o mundo vive e viveu conturbado: guerras, fome, violência, injustiças e todo tipo de sofrimento que dispensa-nos mencionar. No entanto, estejamos certos, Deus faz a parte dEle. É o Poder Único, do Qual nos esquecemos, seduzidos por tantas tentações que nos afastam da realidade que possa, de fato, nos fazer felizes, cumprindo a própria promessa divina de que “É de Meu agrado dar-vos o Reino”.

Geraldo Generoso - del Brazil


        

          

Alfarrábios do Generoso: VOLTEMOS AO PARAÍSO

Alfarrábios do Generoso: VOLTEMOS AO PARAÍSO: Geraldo Generoso - Brazil ORAÇÃO É OUVIR O QUE DEUS TEM A NOS DIZER             A conexão com Deus nos devolve ao Éden. ...

VOLTEMOS AO PARAÍSO





Geraldo Generoso - Brazil

ORAÇÃO É OUVIR O QUE DEUS TEM A NOS DIZER


            A conexão com Deus nos devolve ao Éden. Ao Paraíso onde, como seres feitos à “imagem e semelhança do Criador”, não resistimos à tentação de comer o fruto do conhecimento do bem e do mal.
         Nunca saberemos, de forma inteligível e clara, o desenrolar dessa queda. Se a mesma derivou, como consta, de um ato de desobediência ou se (nada nos impede conjecturar) que haveria mesmo de ser assim e não de outra forma. Inegavelmente, a onipotência divina a tudo dispõe da forma que bem lhe aprouver, como é óbvio sob todos os aspectos.
         Todavia, julgo impróprio a palavra Religião como via de reconexão com o nosso Eu Superior ( Eu Sou em cada um de nós). O que existe, embora seja tão dramático e doloroso quanto, é a falsa impressão de que Deus, em algum momento, se desligou de qualquer de nós. Onde ficaria o termo Onipresença, que preenche cada átomo do Universo com Sua santíssima vida e energia.
         Também com relação ao que se chama Oração, há a considerar que, na nossa pequenez humana estamos muito longe da faculdade de aconselhar a Deus o que fazer de nossa vida – mesmo de nossa saúde, ou quanto aos negócios e todo e qualquer problema.
         Na Oração, entendo que devemos “ouvir”  a palavra “mansa e suave” que ecoa nos ouvidos de nossa Alma. Seja através de orientações sábias (pois Ele é a própria sabedoria), seja mesmo no socorro, em que Deus sempre representa nosso mais seguro refúgio e fortaleza.
         Em palavras bem claras, Jesus Cristo (que é um com o Pai) nos ensinou com ênfase notória no evangelho: “Eis que estou à porta e bato”. “Pedi e dar-se=vos-á, Buscai a achareis.”
         Porém, há que se entender que essa sugestão do Divino Mestre não se restringe a pedir por coisas, pessoas ou situações. Creio que nosso pedido deve ser por Deus mesmo, presente em nosso interior, que se aposse de nossa vida para nos devolver ao Éden perdido.
         Essa comunhão depende de nossa disposição pessoal em termos espirituais. De buscar incessantemente o Reino que a Deus nos apraz conceder.  O Apóstolo São Paulo nos adverte sobre “orar sem cessar” e usa uma expressão sintética, MARANATAH – que significa VINDE A MIM SENHOR.
         Para concluir, cumpre-me registrar que nunca fomos e nem seremos abandonados pelo Pai Celestial: “Jamais te abandonarei nem de ti me esquecerei”. O grande desafio está no fato de a maioria de nós, seres humanos, nos mantermos aprisionados na hipnose do mundo. Todo o nosso tempo empregamos em práticas de atos sem espiritualidade, até mesmo a pretexto do próprio trabalho que exercemos.
         Dê mais tempo ao Espírito. Deus está mais próximo de cada um de nós como a nossa própria respiração e Seu Amor é infinito.  Usando uma expressão talvez até imprópria, “por que vivemos a desperdiçar as infinitas Graças que Deus nos oferece a cada segundo de nossa vida?”
         Vamos escutar, de ouvido atento, o que Deus tem a nos dizer. Lá uma hora ouviremos e volveremos ao Éden, de onde nunca deveríamos ter saído.



Alfarrábios do Generoso: POESIA E CANÇÃO

Alfarrábios do Generoso: POESIA E CANÇÃO: PALAVRAS COM ASAS Geraldo Generoso (Brazil)  Não há poetas. Há apenas seres por onde trafegam palavras entre linhas tortas...

POESIA E CANÇÃO


PALAVRAS COM ASAS

Geraldo Generoso (Brazil) 


Não há poetas.
Há apenas seres
por onde trafegam palavras
entre linhas tortas e retas,
de dores e prazeres
por rotas inquietas.


Nem antes nem depois,
da invasão do verbete,
que da sua mão verte,
o poeta sabe o porquê
dessa operação
que acomete
as  meras palavras
e as derrete
como lavras
e as funde
 numa canção.


Alfarrábios do Generoso: QUAL A MELHOR ATITUDE DIANTE DA MORTE?

Alfarrábios do Generoso: QUAL A MELHOR ATITUDE DIANTE DA MORTE?: APRECIEI MUITO ESTE TEXTO DE CAROL FERNANDES, ESPERO QUE VC TAMBÉM SEJA LEVADO A REFLETIR SOBREE ESSE ASSUNTO TÃO DELICADO, MAS ABSOLUTAM...

A MELHOR ATITUDE DIANTE DA MORTE?

APRECIEI MUITO ESTE TEXTO DE
CAROL FERNANDES, ESPERO QUE VC TAMBÉM SEJA LEVADO A REFLETIR SOBREE ESSE ASSUNTO TÃO DELICADO, MAS ABSOLUTAMENTE NATURAL.
USE VOCÊ SOUBESSE HOJE QUE IRIA MORRER O QUE VOCÊ SENTIRIA? ESSA É UMA PERGUNTA MUITO IMPORTANTE PRA VOCÊ SE FAZER AGORA. Pare um minuto e reflita sobre isso. Quais seriam seus sentimentos no momento de enfrentar a morte? Gratidão? Arrependimento? Você sentiria que viveu uma vida que valeu à pena? Sentiria que está em paz com você e que poderia ir em paz? Sentiria que você foi um ser humano correto, justo e que fez o seu melhor papel na vida? Sentiria que gostaria de ter feito as coisas de forma diferente? Que gostaria de ter levado a vida de uma forma diferente?
Hoje faz quase quatro meses que meu pai faleceu, após cinco anos lutando contra um câncer no fígado. Ele morreu jovem, aos 69 anos. E lidar com a morte do meu pai me fez pensar sobre todas essas perguntas que eu listo acima. Esse enfrentamento da morte pode chegar a qualquer momento pra todos nós. Não devemos deixar pra responder essas perguntas no leito da morte. Devemos nos pergunta-las agora, enquanto ainda há tempo. Pois no leito da morte será tarde demais.
A arte de morrer é a arte de viver! Como estaremos preparados para a nossa morte se nem ao menos soubemos levar a nossa vida aqui. Uma vida plena, sincera, que faz sentido, que vale á pena viver. Você só tem uma chance pra levar essa vida e não chegar arrependido no final. E se as suas repostas a essas perguntas te trazem sensações ruins, você precisa fazer algo pra começar a mudar as suas atitudes e o rumo da sua vida agora.
Hoje entendo como a minha viagem de dois anos pelo mundo me ajudou nessa compreensão tão importante de vida. E sou grata por ter me permitido viver essa experiência. A viagem pelo mundo me provou que eu não tenho controle sobre a vida e que o único controle que eu tenho é o de levar a vida que eu quero de verdade pra me sentir feliz. Essa consciência me fez mudar de vida completamente na volta para viver uma vida mais equilibrada, mais sincera, trabalhando com algo que me trazia propósito e que fazia sentido pra mim. Quando paro pra responder à essas perguntas me sinto tranquila. O dia que a morte me chamar posso ir em paz. Sim, sempre sentiremos que poderíamos viver mais, sempre sentiremos uma dor por deixar as pessoas queridas aqui. Mas não podemos mudar isso. Só podemos sentir o que já vivemos.
Deixo abaixo o texto que eu escrevi na cerimônia de adeus do meu pai para todos os amigos e familiares. Um texto, que além de uma homenagem ao ser humano incrível que ele sempre foi, é uma oportunidade para refletirmos sobre a vida agora. Não deixe de ler.

“A Arte de Morrer é Arte de Viver.

A primeira vez que eu ouvi essa frase foi em um retiro de meditação do silêncio quando estava grávida de 5 meses. E ela chamou muito a minha atenção. Afinal, que frase mais simples e sensata… Como poderemos estar prontos para morrer se não soubermos nem ao menos levar a vida aqui. Mas na época não imaginei que sentiria esse conceito tão próximo a mim.
Nosso pai lutou quase cinco anos contra um forte câncer no fígado. Foi uma montanha russa, cheia de altos e baixos. Passamos por todas as fases… A revolta, a negação, o sentimento de injustiça… Até que todos os sentimentos negativos foram se transformando em compreensão da vida. Mas eu me lembro que o momento de maior acalento veio no dia em que eu fiz uma simples pergunta pra ele. Eu perguntei: “o que você gostaria de fazer que você ainda não fez? Um sonho, um desejo? (meu intuito era simples, o de trazer um pouco de alegria pra vida dele, que estava relativamente limitada). Mas a resposta dele me chocou! Ele disse: “nada”. Eu falei: “nada! não é possível pai”. Então ele me explicou: “Minha filha, eu tive a vida que eu queria. Eu não me arrependo de nada, eu sou feliz com as minhas escolhas, eu acho que fui uma pessoa justa e honesta, eu fiz grandes amigos e eu construí uma família linda, que me deixa muito orgulhoso. Eu nunca tive grandes ambições e meu papel mais importante eu cumpri, que era o de criar seres verdadeiramente humanos para o mundo. Me sinto satisfeito e com dever cumprido. Quando for a minha hora posso ir em paz. Eu estou pronto.” Na mesma hora aquela frase veio na minha cabeça e eu falei pra ele: “a arte de morrer é a arte de viver”. Meu coração se sentiu mais leve e eu fiquei feliz. Feliz por ele, por ter chegado a essa etapa da vida com esse sentimento maravilhoso. E eu falei: “que bom pai, que bom que você se sente assim. Isso me deixa muito feliz.” Que forma linda de terminar a vida. Sem arrependimentos, feliz pelo que viveu e com sensação de dever cumprido.
Definitivamente achamos que ele é um cara especial. Daqueles que não encontramos fácil por aí. Ele foi um verdadeiro cidadão, um cara honesto e justo e que lutou pelos seus ideais. Ele foi um filho maravilhoso e atencioso, que cuidou dos pais até o último suspiro e de quebra ainda cuidou dos pais da mamãe. Ele foi um irmão querido, que servia de elo entre toda a família e que todos sabiam que podiam contar. Ele foi aquele amigo divertido, alegre e do peito de muitos, e de tantos virou o irmão adotivo do coração. Ele foi um mentor admirado e respeitado para muitas pessoas que cruzaram o seu caminho, seja no trabalho ou na vida. Ele foi um marido companheiro, cúmplice e parceiro que construiu um lindo relacionamento com a minha mãe daqueles de virar exemplo. E ele foi um pai do cacete… amigo, conselheiro, parceiro dos nossos sonhos, que nos ensinou a voar, a sermos livres e a acreditarmos. E foi até o pai adotivo do coração de vários dos nosso amigos que o viam com admiração.
Ele realmente nunca teve grandes ambições… Mas no fundo ele entendia de forma natural o verdadeiro segredo da vida. No final, não importa quanto dinheiro, quantas coisas, quanto sucesso temos… A única coisa que resta são as pessoas e o amor à sua volta. A maior paixão do papai eram as pessoas, a família, os seres humanos. Ele nunca fez distinção entre as pessoas e pra ele a única coisa que importava eram os valores humanos de quem cruzava seu caminho. Ele viveu uma vida dedicada às pessoas e a fazer o bem à sua volta. Ele foi um ser humano de verdade, na verdade um dos seres mais humanos que conhecemos. Um doador nato. Doou seu tempo, doou seu dinheiro, doou seu conhecimento, doou seu afeto… às outras pessoas. Esse é certamente o maior orgulho que temos dele e no final, acho que sem ele nem perceber, conquistou a maior ambição de todas… Ser um ser humano inspirador, admirado, querido, amado, insubstituível, inesquecível e com um poder incrível de transformar vidas à sua volta. Como eu sempre falei. Ele era FODA!
Ficamos muito felizes com a quantidade de mensagens e declarações tão lindas que recebemos e isso mostra que ele é de fato um ser humano muito especial. Nosso pai deixou um rastro de luz, de alegria, de afeto, de energia do bem e de amor, que jamais será esquecido. E como alguém não poderia ir embora em paz após viver uma vida tão linda assim.
No fundo, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas ao longo desses quase cinco anos lutando contra a doença nos sentimos gratas! Gratas por termos caído nessa família linda. Gratas pela vida não ter tirado ele da gente repentinamente e sem explicação. Gratas pela vida nos ter dado esse tempo com ele. Gratas pela vida nos dar o tempo necessário para compreender o processo natural das coisas. Gratas por ver a evolução humana e pessoal que ele teve com todo esse aprendizado. Somos gratas, muito gratas! Pois toda essa jornada nos fez evoluir e aprender, não somente sobre a morte, mas sobretudo sobre a vida!
Hoje é um dia inevitavelmente de lágrimas. Por vezes o coração parece esmagado, a cabeça arde, nos sentimos zonzas, anestesiadas… As vezes parece apenas um sonho e que a qualquer momento ele vai aparecer pelo porta dizendo que tudo não passou de mais uma das suas piadas de humor negro. Os pensamentos são confusos e a montanha russa das emoções muda de hora em hora. Mas não fiquem preocupados. Estamos bem, serenas e calmas, na medida do possível. Entendemos o processo da vida, sabemos que não temos controle sobre ela e só queríamos o que fosse melhor pra ele. Ele precisava e merecia descansar e por diversas vezes ele reforçou isso.
Nos preparamos por muito tempo para esse dia. Conversamos abertamente com ele sobre a morte dele e sobre esse momento que chegaria. Estamos com o coração aliviado de que ele está em paz, mas o nosso sofrimento é inevitável para o fechamento deste ciclo. Afinal, onde há sofrimento é sinal de que há amor. E essa é uma história de amor muito forte. Um amor, que ele e a mamãe construíram e ensinaram à gente. Um amor que não encontra barreiras de distância e que fica cada dia mais forte. A doença do papai nos fez passar por momentos muito difíceis, mas que ao final se transformaram em momentos lindos de união e de prova desse amor e o momento da partida dele só mostrou que estamos mais fortes e unidas do que nunca e que esse amor e exemplo de valores humanos deixado por ele vai se proliferar por todas as nossas gerações.
Esperamos que esse não seja um ritual de adeus e sim de até breve. Contudo, esse sofrimento que sentimos somente o tempo poderá curar. Pois vamos precisar reaprender a viver sem o seu abraço, sem a troca de sorrisos, sem o toque… Para nos contentarmos apenas com as boas lembranças.
Mas mesmo com todas as lágrimas que fazem parte desse processo da vida, gostaria de relembrar que hoje é um dia de celebração à vida. Ele sabia que não tinha controle sobre ela, mas entendia que o único controle que ele tinha era a escolha de ser feliz e isso ele fez com maestria. Hoje, celebramos uma vida bem vivida, sincera, alegre, honesta, feliz, gaiata, divertida, inspiradora. Uma vida inesquecível!!! Queremos que ele seja lembrado com aquele sorriso lindo, charmoso e contagiante. E para celebrar essa vida tão especial eu peço apenas uma salva de palmas cheia de boas energias.”
Assinado: Carolina Fernandes (filha, fã, admiradora e amiga)
Você só tem uma vida pra viver uma vida que valeu à pena. Não deixe pra depois.
Vai que dá!

Alfarrábios do Generoso: SOLUÇOS DA PRIMAVERAVão-se as primaveras e outra...

Alfarrábios do Generoso:
SOLUÇOS DA PRIMAVERA
Vão-se as primaveras e outra...
: SOLUÇOS DA PRIMAVERA Vão-se as primaveras e outras voltam, A enfeitar de luz esta quadra do ano, Desabotoam flores e   se soltam...


SOLUÇOS DA PRIMAVERA

Vão-se as primaveras e outras voltam,
A enfeitar de luz esta quadra do ano,
Desabotoam flores e  se soltam
À paisagem vestindo e renovando.

Assim, seguem os sonhos em etapa,
A imitar a estação florida,
Em largo vôo a mariposa escapa
Numa canção de asas sobre a vida.

Foi,sim, nas asas da estação primaveril
Que meu sonho se foi, e hoje vazio
Arde meu coração no amor sozinho...

E a mesma primavera decantada
Despedaçou minha ilusão passada
E cravou em meu peito a marca de um espinho.

Geraldo Generoso del Brazil. Good Morning internautas dos United States American pelo prestígio de tantos leitores dessa Nação abençoada


Alfarrábios do Generoso: HOMEM ARANHA (poesia)

Alfarrábios do Generoso: HOMEM ARANHA (poesia):   Tenho constatado que quando insiro poesias aqui no blog, os russos são campeões de visualização. Um abraço a esse povo tão querido e de a...

HOMEM ARANHA (poesia)

 Tenho constatado que quando insiro poesias aqui no blog, os russos são campeões de visualização. Um abraço a esse povo tão querido e de autores de suprema competência. Aceite os agradecimentos deste modesto escritor brasileiro. 



Homem   Aranha

Qual aracnídeo
A tecer a teia,
Cada ser humano
Faz a vida cheia
De dor e alegria
Que paciente fia
Ao correr dos anos.

Fiação contínua
De que é feita a vida,
Numa mesma sina
Sempre repetida
Na igual rotina;
E uma vez tecida,
Bem ou mal urdida
Se faz em cortina.

Alfarrábios do Generoso: ADIVINHE QUEM EU SOU

Alfarrábios do Generoso: ADIVINHE QUEM EU SOU: Quem sou eu ? Muitas pessoas são prontas em acolher, contra mim, a versão injusta  dos que não me apreciam. Desde cedo aprendi sobre a...

ADIVINHE QUEM EU SOU


Quem sou eu ?

Muitas pessoas são prontas em acolher, contra mim, a versão injusta  dos que não me apreciam. Desde cedo aprendi sobre a impossibilidade em contentar a todos. Impossível passar pela vida  ileso a toda e qualquer crítica ou malquerença.
São muitos entre os que me chamam de escandaloso, quando num frêmito, às vezes, faço crestar as águas do mar num rebojo de vagas impetuosas. Talvez assuste a pescadores, como Pedro e seus amigos  àquela altura da vida,  a quem o Mestre repreendeu pela pequenez da fé.
Muitos me taxam de indiscreto quando passo a varrer as ruas e o pudor das mulheres, entre aquelas que preferem  saias e vestidos. Nada me é estranho, nem sou parcial em meus gostos, pois também passeio pelas praias  onde os trajes se fazem menores.
Alguns, literatos mais soturnos , definem a minha voz como um uivo. Porém, os verdadeiros poetas,  à minha passagem,  sabem encontrar a melodia que faço subir desde o chão até as árvores e torres,  nos altos edifícios ou nos campos.
Outros, ainda, me definem como um amante precipitado quando levo em meu colo  a chuva enamorada.

Na  verdade, porém, tais comentários resultam do despeito que inspiro aos inertes, aos acomodados, aos que não sabem quão saborosa é a distância que cobre lugares diferentes.
Passo invisível entre multidões que me olham e me escutam. Elas percebem  tão só  os efeitos da minha passagem.Sou um arrastador de nuvens, e um carregador  de papéis,  que alguém - negligente ou distraído - deixou cair sobre a calçada.

Não há quem me veja ou detenha.. Ninguém me dá a mão ou sequer um aceno. Sou um visitante a chegar sempre sem convite por quase todos os lugares.

Contudo, a quem me quiser ver com bons olhos, sem favor nenhum,  contemple as plantas, cujo pólen transporto por distâncias sem fim, para florir jardins e pomares, apesar dos que  imprudentemente, em sua ignorância, me amaldiçoam e me recriminam..

Como me faz feliz o chamamento  que me dispensou o grande Francisco de Assis, ao me denominar, juntamente com o lobo, o sol e a lua, pelo carinhoso e verdadeiro  tratamento  de IRMÃO VENTO.

 
Vista da Cidade de Ipaussu - Brazil
Geraldo Generoso - crônica premiada em concurso literário.




Alfarrábios do Generoso: SALMO RIMADO (77)

Alfarrábios do Generoso: SALMO RIMADO (77): Salmos – Capítulo 77  Levanto a Deus a minha voz que clama; A ti levanto a minha voz,   me ouça.    Esta   minha angústia   ao Sen...

SALMO RIMADO (77)


Salmos – Capítulo 77


 Levanto a Deus a minha voz que clama;
A ti levanto a minha voz,  me ouça.   
Esta  minha angústia  ao Senhor reclama;
Minha mão estendida não repousa;
 Minha alma em desconsolo se inflama..   
 Lembrando-me de Deus, eu me lamento;
 Me queixo com a alma em desalento;
Conservas os meus olhos vigilantes  
 Perturbo-me ao falar neste tormento,.   
Considero os ditosos dias de antes,
Os  meus bons anos dos tempos passados.   
De noite lembro-me dos tempos cantantes
Consulto o coração por todos lados;
Em exame ao espírito amargurado.
Rejeitará meu Senhor indefinidamente
E não se me fará mais favorável?
Cessou-me  a sua bondade onipotente?
Acabou a sua promessa inefável
Órfãs fazendo   todas  gerações   
Esqueceu  Deus de nos  ser compassivo?
Ou em  sua ira encerrou-nos os  perdões,
E da misericórdia fez-se esquivo?  
 E eu digo: Isto é a  minha enfermidade;
 Acaso se mudou a mão  do Altíssimo? 
E recordo os seus feitos na antiguidade;
Lembro  tuas maravilhas, amantíssimo 
Medito  em tuas obras de bondade,  
 A ponderar   teus feitos poderosos.   
 O teu caminho, ó Deus, é em santidade;
Que deus é grande como a ti, Deus nosso?   
És  Deus de feitos maravilhosos;
 E  notória é  a tua força e majestade..   
 Com  teu braço remiste o povo teu,
Os filhos de Jacó e de José.   
Viram-te as águas e o mar tremeu,
Te fez obediente o abismo e a maré
As nuvens, a tua ordem,  em águas verteram.;
Céus retumbaram;  tuas flechas correram,
Por ter poder fizeram por dar fé.   
A voz do teu trovão  no redemoinho;
E os relâmpagos a alumiar
O  mundo; a terra fizeste abalar.   
Fizeste pelo mar o teu caminho,
E pelas grandes águas; tuas veredas
E  tuas pegadas ficaram secretas
Guiaste o teu povo pelas trilhas ledas
Como a um rebanho, por suaves metas
 Por Moisés e  Arão, os teus profetas.   

Alfarrábios do Generoso: UM POUCO DE MINHA AMADA BISAVÓ

Alfarrábios do Generoso: UM POUCO DE MINHA AMADA BISAVÓ: Amigos e amigas, felizmente dos mais diferentes pontos do globo terrestre. Eu sou um escritor brasileiro, mais a passar o temp...

UM POUCO DE MINHA AMADA BISAVÓ







Amigos e amigas, felizmente dos mais diferentes pontos do globo terrestre. Eu sou um escritor brasileiro, mais a passar o tempo com a Poesia, aliás, até por comodidade, porque fazer um romance exige fôlego que minha preguiça não permite.
       Eu sei que todos gostam de ouvir histórias. E, ao longo de 70 anos de vida, convivendo numa família de longevos (conheci três bisavós), e as passagens são muitas no correr desse tempo.
        Trago nesta página a minha bisavó Edwigges Brasília Franco. Ela era parteira, curadeira, benzedeira contra lombrigas e ventre-virado. Mas era muito mais que isso.
         Carisma transcendente, transudava autoridade e firmeza em tudo o que dizia. Sua fé era tão profunda (ou elevada) que a simples conversa dela com alguém desesperado ou triste, era o suficiente para acalmar e alentar qualquer coração.
           Edwiges conhecia muitas histórias de assombração, almas penadas, saci-pererê, lobisomem e por aí à fora.  Fosse nos tempos atuais, certamente ela seria convidada para palestras sobre folclore, que se dá nos meses de agosto, no Brasil.
          Quando nasci, em 1948, minha mãe contava apenas 17 anos. E assim como ela,embora ela tivesse uma modesta casa na fazenda, a gente vivia na casa de meus avós – Manoel e Benedicta Fontes, onde eu pousava toda noite.
           Vó Edwiges também tinha sua própria casinha, sempre cheia de gente para ouvir conselhos, contratar partos, benzer criança enlombrigada ou com mau olhado etc. E durante o atendimento dessa clientela, eu me postava próximo à janela da amada bisavó para ouvir os casos de assombração e almas de outro mundo.
           Tão logo ela se dava conta de que eu estava na escuta de seus causos, me convidava a ir embora, que aquilo não era convesa para eu ouvir e depois ficar amedrontado e dar trabalho para os meus avós.
             O espaço, e o respeito ao leitor, vai me limitar, por hoje, a contar só uma passagem, que se deu quando ela já não morava conosco mas com o filho caçula, João Franco, na cidade de Paraguaçu Paulista. Embora ela relutasse por todo modo, meu tio-avô João incumbia a neta dela, Maria Helena, a dormir na casinha dela, que ficava logo em frente.
             Conta minha prima Maria Helena que, numa certa tarde, chegou um telefonema de São Paulo anunciando a morte de um genro de Edwiges, que teve e criou 10, entre filhos e filhas.
             Por precaução (aliás desnecessária para toda aquela potência espiritual que era minha bisavó), o filho dela, João, pediu à Maria Helena e à esposa que não dissesse nada naquele dia sobre a morte do genrso Joaquim Bernardo, ao que parece, falecido meio de repente em São Paulo.
               Obviamente, minha prima Lena, nada comentou sobre o fato. Mas, alta madrugada, Lena ouviu a vovó Edwiges a falar em tom repreensivo com quem ela não fazia a mínima ideia. Claro, foi saber o que do que se tratava e supôs que a vó estivesse com algum pesadelo ou sonambulismo.
               Mas das palavras que entendeu, prima Lena se estremeceu toda e ficou estupefata. Entre outras palavras, Edwiges, com sua voz de forte timbre, ordenava de forma enfática:
                - Compadre Joaquim Bernardo ! Vai para o seu lugar que agora não é mais aqui!  Já me avisou que deixou este mundo e agora basta. Que sua alma descanse em paz, ou trabalhe, se você puder, se assim Deus, Nosso Senhor te permitir. Vai embora e seja abençoado. Você teve seus defeitos, que não eram poucos, mas Deus é bom além do quanto se puder imaginar. Ele lhe dará um bom lugar. E agora, Joaquim, siga o caminho que sua alma merecer.

Geraldo Generoso - del Brazil para vocês




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