Alfarrábios do Generoso: POESIA DO PÓ QUE SEREI

Alfarrábios do Generoso: POESIA DO PÓ QUE SEREI: Em que pó me  tornarei? Geraldo Generoso Mais um ano se vai, já se anuncia Um Ano Novo que também se irá No tempo se esvair a cada...

POESIA DO PÓ QUE SEREI


Em que pó me tornarei?

Geraldo Generoso
Mais um ano se vai, já se anuncia
Um Ano Novo que também se irá
No tempo se esvair a cada dia
E também dele nada restará.

Na realidade a vida se esvazia
No tempo que ela a viver nos dá;
De braços dados, dores e alegria,
Certo mesmo é que tudo passará.

Em letra crua o Velho Testamento
Nos adverte, sem constrangimento:
Do pó vieste em pó serás tornado.

Todavia em meu caso é diferente:
Por Você não serei tão pó somente,
Serei um eterno Pó Enamorado.

31.12.2018 -

Alfarrábios do Generoso: Poesia de sonho e verdade

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Alfarrábios do Generoso: TEMPO DE BOAS FESTAS

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TEMPO DE BOAS FESTAS


ANO VELHO,  ANO NOVO

Geraldo Generoso *



            O ano de 2018  aos poucos se estremece no cansaço de tantas  manhãs e tardes para dar lugar ao sequente 2019. É a  continuidade misteriosa, sempre mágica, mesmo quando trágica ou cômica, da vida inserida em bilhões de pessoas por sobre a face do nosso pequeno planeta.

            Ao volvermos um olhar, saudoso ou de alívio, no calendário percorrido, se algo perdemos pelo caminho de nossos dias e nossas noites, muito ganhamos por essa porção de tempo que nos foi dada.
 Se não atingimos os louros da vitória almejada, perdura-nos na alma  o gosto – doce ou  amargo – da mágica  de  ter vivido.
            Quem disse que “Viver não é preciso”, destacando como mais importante o “navegar”? Mas como navegar, se não existir  vida, com sua mão às vezes rude, mas sempre materna; às vezes áspera, mas sempre fecunda; às vezes severa, mas sempre zelosa.

 Sou grato pelas dores que me visitaram. Ainda que por elas tenha chorado, por dentro ou por fora. Porque sempre, ainda que tênue, na escuridão de certas noites, lá estava a esperança,  de dedos entrelaçados com a fé, presente no amor do mais fundo do coração.

            Chegará o  Natal, com seu espírito de ternura e amor, numa festa de sinos e luzes, onde espero poder  abraçar e ser abraçado por tantas pessoas queridas. 

E este Natal de 2018, em Ipaussu, traz não só luzes artificiais, mas a luz de tamtps pçjps qie se extasiam ante o Natal das Luzes. 

       Parabéns, na pessoa do casal, Serginho Guidio e Aninha Cândido, digno prefeito e operosa Primeira Dama, um abraço caloroso por tanta beleza plantada em nossos pontos turísticos: a Praça e o Lago Felipe Macarios.

Também abracei, movido pelo espírito natalino,  o aparente vazio da presença física  dos meus entes queridos que partiram antes de mim, mas cuja presença amorosa pude sentir muito de perto. 

O Menino Deus trouxe-me o costumeiro e sempre renovado  clarão de alegria de muitos  25s de dezembro.
 Ensinou-me, como sempre,  na Sua humildade, acolhido numa manjedoura de Belém, que não importam para o espírito a suntuosidade dos lugares e as posições do mundo, as vaidades efêmeras dos presentes caros, os anúncios tentadores como suportes de um consumismo supérfluo.

Ao Ano Velho não estendo um adeus como se estende a alguém que se poderia dizer “já vai tarde”. Não! Valeram as rosas – pela beleza e o perfume,  tanto quanto  foram válidos os espinhos colhidos no transcurso deste ano da graça de 2018, para nos sentirmos vivos e despertos.

O Ano Novo se anuncia. Merece, sim, uma festa porque o coração está em casa..

São novas experiências no aguardo  para serem vivenciadas, com surpresas que dão o  sal e o  açúcar ao existir de cada um de nós.

Seguiremos por esse caminho, renovados em aprendizados dos quais nem sempre nos damos conta, ao correr do ano que deixamos atrás.

 O mínimo que podemos esperar em nosso íntimo é  que tenhamos melhorado, aprendido, entendido que todas as dores são passageiras, tanto quanto as alegrias.

Portanto, se acometidos por eventuais contratempos, mantenhamos sempre a certeza absoluta de que tudo é transitório, enquanto não ingressamos na eternidade do espírito.

Nos momentos de elevação, amor, sucesso, glória e conquistas, moderemos o passo afoito de nossa euforia. Degustemos com o máximo dos nossos  sentidos as alegrias que apareçam em nossa trajetória. Pois elas, também, inexoravelmente  passarão.
Feliz 2019  a todos.  Que ele envelheça com as mesmas propriedades do vinho, com tanto mais sabor quanto mais os seus dias transcorrerem.

Dezembro de 2018, 17, 2.a feira.

Alfarrábios do Generoso: ENFIM É NATAL.

Alfarrábios do Generoso: ENFIM É NATAL.:                                            ENFIM, É NATAL ! Geraldo Generoso Natal das luzes - Praça Dr Raphael de Sousa - Ipaussu -...

ENFIM É NATAL.


                                          ENFIM, É NATAL !

Geraldo Generoso
Natal das luzes - Praça Dr Raphael de Sousa - Ipaussu - Brasil
     O mês de dezembro já se anuncia. Disse alguém que dezembro o Natal dura o mês inteiro.  Luzes ocultas se irrompem das sombras das rotinas diárias do ano que se finda. Inevitavelmente, somos levados a promover um balanço da própria vida, do ano que se conclui e, como pico de exaltação de cada momento de 2018 vem todo um ritual de Missa do Galo, Santa Ceia, Troca de presentes, votos de Boas Festas. Não há como negar que é um renascer coletivo, ao qual cada pessoa se sintoniza num clima forçosamente iluminado, inspirador, com sensação de renascimento e ressurreição.
      De festa magna da Cristandade, o Natal contagia até os mais céticos, os mais desanimados, de forma positiva. Mexe com a própria paisagem, com árvores nascidas mais de nosso alma do que de meras sementes da terra.
       Há uma movimentação incontida que a todos abrange a partir do íntimo. Principalmente no Brasil ensolarado, no verão em ´pique, o sol se expõe mais iluminado e reflete no coração até dos incrédulos.
       Tudo se movimenta. É tempo de pacificação e festa de reconciliações a acontecer de forma milagrosa. Sou do tempo em que me valia a espera edo ano todo, quando na Fazenda Santa Rosa eu vivia na casa grande de meus avós, as visitas se acumulavam. Tios que vinham de longe, primos alegres, mesa farta, e até os meus bisavós – Julião e Maria Peres permaneciam conosco. Quantas rememorações. Quanta fraternidade. Quanta saudade, enfim.
        Apesar da casa da administração da fazenda não ser pequena, tantos eram os parentes, de todas as idades, que se estendiam colchões sobre o assoalho do casarão, não sem antes desfrutar da farta ceia, recheada das melhores lembranças, só com recordações felizes e cheias de suave emoção.
         Há quem diga, com espírito menos poético, que a época natalina infla-se de um espírito indutor do consumismo, hoje de fato em alta conta. Mas, meu Deus ! essa época é de fato propícia por si mesma a nos engajar no intuito de presentear, de doar, de até nos dar a nós mesmos aos outros, com motivos compreensíveis.
         Nesta época, em tempos até relativamente recentes, eram mais comuns que pessoas e famílias radicadas em São Paulo e outras cidades, viessem para Ipaussu, com isto a somar não só a alegria de rever e abraçar os parentes, mas amigos queridos que aqui residem. Com o tempo, esses nossos ipauçuense ausentes, também constituíram famílias na ordem descendente e hoje, pessoas em menor número comparecem aqui na Flor do Vale. Outro fator é que, pela lei indeclinável do destino, muitos dos patriarcas já deixaram a visibilidade terrena, o que já não motiva vir passar o Natal por aqui com o inevitável sentimento de ausência de seus ancestrais.
            Mais do que uma simples data do calendário, o Natal é a ressurreição da alegria, da paz, do espírito festivo, da abertura da alma para o melhor que cada um de nós trazemos dentro de si. Da remota Belém, onde veio à luz o Menino Deus, a data se fez mundial, apascentando crentes e descrentes, com seu grande toque espiritual de felicidade e reiteração das esperanças mais ousadas.
              O Natal, ao contrário do carnaval, que aguça os sentidos e a liberalidade, às vezes excessiva, é uma festa de luz para cada alma, e não há quem não deixe de se envolver com esta quadra maravilhosa do fechar de mais um ano.
              Feliz Natal a cada um dos leitores desta publicação, com alegria por todos os anos vindouros.


     

Alfarrábios do Generoso: CADÊ O QUE EU FUI ?

Alfarrábios do Generoso: CADÊ O QUE EU FUI ?: aos 70 anos IMAGEM REGRESSIVA Geraldo Generoso - Ipaussu - Brasil Nesta procura por mim mesmo Surge o desenho   d’uma imagem e...

Alfarrábios do Generoso: ESTAMPAS OFICIAIS

Alfarrábios do Generoso: ESTAMPAS OFICIAIS: Parlamentares entediados Diante do espelho de concreto, Gigantes opacos, verticais, eretos, A procurar desanimados O mar feito em ...

ESTAMPAS OFICIAIS


Parlamentares entediados
Diante do espelho de concreto,
Gigantes opacos, verticais, eretos,
A procurar desanimados
O mar feito em ângulo reto.

Aumentam em notas de  buzinas
Canções estranhas que aqui há,
Aqui são outras as esquinas;
Ficaram as praias, longe, lá...

Não há nenhum velho palácio
Às margens do Paranoá:
Brasília se ergue em ferro e aço,
Águas do Rio não há por cá.

Geraldo Generoso - Ipaussu- Brasil

Gera 

Alfarrábios do Generoso: ENFIM, O SILÊNCIO

Alfarrábios do Generoso: ENFIM, O SILÊNCIO:   Necrópole Municipal de Ipaussu - SP - Brasil Geraldo Peres Generoso A OUTRA LINGUAGEM DA VIDA Nós, seres humanos, de ordinár...

ENFIM, O SILÊNCIO


 
Necrópole Municipal de Ipaussu - SP - Brasil
Geraldo Peres Generoso
A OUTRA LINGUAGEM DA VIDA

Nós, seres humanos, de ordinário restringimos nosso  entendimento ao território limitado das palavras.  Ante  os desafios que se erguem aos nossos passos na jornada existencial, a simples redução dos fatos a uma ou um conjunto de palavras parece nos propiciar uma compreensão que imuniza, ou ao menos atenua o pânico que às vezes se nos apresenta.

 Mantemo-nos viciados ao exercício contínuo da verbalização.  Esta condição não vem de hoje ou de ontem. Infiltrou-se em nossos gens desde eras remotas. Desde o prelúdio da civilização nos conhecemos como uma humanidade falante. Assim, com o facho da ciência, as sombras dos fantasmas vão aos poucos sendo espancadas pela compreensão.

 Termos que antes nos  assustavam, em nossa condição de seres mortais, que levavam nossos ancestrais a fazer o sinal da cruz em gesto de esconjuro, hoje pouco ou quase nada essas palavras revelam de assustador.
        
         Recordo-me, dos saudosos tempos de meus avós, que à simples ouvirem menção de doenças como  tuberculose, lepra, se estarreciam. Câncer, então, era palavra impronunciável. A linguagem do dia a dia não só nos leva a entender os nossos semelhantes, mas também nos leva a sentir os que eles nos dizem e a tal reagimos.

         Mas quando reduzimos os fatos às suas verdadeiras dimensões, habitualmenten, através mesmo das palavras, temos o condão de tornar expressos os nossos pensamentos.

 Se imergirmos numa análise mais profunda, as palavras podem tornar-se, elas próprias, veículos não só do nosso pensamento e sentimento,  mas igualmente se podem traduzir em sondas sonoras do mais íntimo de nosso coração um entendimento passível de ser expresso.
Há uma Linguagem  Além das  Palavras

         Diante de certas fatalidades, contudo,  a nossa  fala não consegue espelhar  nosso sentimento ou raciocínio . Obviamente, situando-se além do  território usual  das palavras, não pertencem ao nosso entendimento restrito ao código do falar e ouvir. Há ocasiões sobre as quais nada podemos dizer, senão conjeturar e a tais evidências mudamente nos rendermos.

         Assim é com relação à  morte. 

         A maioria de nós não  a entende. E ainda que isto fosse  possível, o preconceito que ela nos sugere nos faria retroceder sobre os próprios passos nessa sondagem. Seus parâmetros são totalmente opostos e  intransponíveis. , 

     Ao referir-se a essa realidade, Jesus Cristo  comparou-a  com um muro intransponível entre os mortos e aqueles que ainda persistem na labuta terrena. Transcorridos tantos anos de progresso, séculos de pesquisas e invenções por parte da ciência incansável. E nada... só o silêncio se faz cúmplice dos túmulos emudecidos, segregados do convívio da cidade que prossegue no seu bulício de lutas, nas suas esperanças e ilusões.

         O pouco que cada um sabe sobre essa evidência, que se dará não se quando nem onde, resulta no que  cada qual quiser acreditar. 

       Há até os que duvidam da existência de algum porto além dessa solitária travessia. Mas, no íntimo desses céticos questionadores, se bem analisarmos - não exatamente a pergunta que formulam, mas o modo pelo qual a apresentam - contatamos que, no fundo, eles anseiam  por uma prova, anelam por uma demonstração cabal que evidencie a vida além-túmulo.

     Aspiram, igualmente, por uma ressurreição que a sua lógica não lhes permite conceber. No entanto, como podemos afirmar sem receui, para a própria morte  temos em nosso íntimo um entendimento, o qual o burburinho do mundo nos impede sentir. 

     A situação de ente encarnado não comporta esse perfil de raciocínio, até por um processo de imunidade natural. Há, inobstante, uma linguagem implícita que fala ao coração de cada alma da face da terra. Mormente aquelas que trafegam por mais tempo jungidas ao veículo carnal. 

      Esta asserção não implica na necessidade de adentramos no controverso religioso, nem mesmo no filosófico.     

    Basta tão somente observar o processo do pensamento, sentimento e suas conseqüentes reações.A experiência nos revela sobre a circunstância de alguém que vê o desenlace de uma pessoa querida.
        
         O sentimento de perda depressa se revela como uma dor moral. Num primeiro momento, a pessoa insiste em buscar nas palavras uma resposta ao porquê dessa fatalidade. Principalmente porque ela não satisfaz a sua própria lógica, nem mental nem emocionalmente. Sequer apresenta ingredientes para qualquer explicação à luz da razão pura e simples.

         Porém, nossa aprendizagem abrange um terreno muito maior do que aquele em que nos mantemos acostumados, acorrentados às palavras. Passados os primeiros momentos desse temporal, em que se absorve a sensação de perda, o indivíduo, se já um tanto maduro, racionalilza a questão em uma abrangência muito mais profunda.


         Nesse enfoque que brota do íntimo afloram lições das quais ele não tinha consciência. Já viveu outras vezes essa situação; já soube por diversas vezes sobre pessoas que partiram deste mundo para o outro.


         Essa experiência, muito mais do que palavras ditas ou escritas, está ali em sua mente e em seu coração. O silêncio - a meditação, um pouco de desligamento deste mundo ruidoso e veloz, fará aflorar estes ensinamentos de alto preço, colhidos na dor que ensina no mais profundo  a cada coração.

Alfarrábios do Generoso: ONDE ESTÃO MEUS AMIGOS RUSSOS

Alfarrábios do Generoso: ONDE ESTÃO MEUS AMIGOS RUSSOS:  Neste blog, ultimamente tenho sentido muita  falta dos meus amigos leitores da Rússia, que visualizam os meus escritos, principalmente quan...

ONDE ESTÃO MEUS AMIGOS RUSSOS

 Neste blog, ultimamente tenho sentido muita  falta dos meus amigos leitores da Rússia, que visualizam os meus escritos, principalmente quando são textos em poesia.
  Por essa razão, hoje vou postar uma poesia do poeta, príncipe dos poetas brasileiros, falecido em 1969 - o nosso imortal GUILHERME DE ALMEIDA

SEGUNDA CANÇÃO DO PEREGRINO 

Segunda Canção do Peregrino
Vencido, exausto, quase morto,
cortei um galho do teu horto
e dele fiz o meu bordão.
Foi minha vista e foi meu tacto:
constantemente foi o pacto
que fez comigo a escuridão.
Pois nem fantasmas, nem torrentes,
nem salteadores, nem serpentes
prevaleceram no meu chão.
Somente os homens, que me viam
passar sozinho, riam, riam,
riam, não sei por que razão.
Mas, certa vez, parei um pouco,
e ouvi gritar:-“Aí vem o louco
que leva uma árvore na mão!”
E, erguendo o olhar, vi folhas, flores,
pássaros, frutos, luzes, cores…
– Tinha florido o meu bordão.
Guilherme de Almeida


Alfarrábios do Generoso: POEMA ECOLÓGICO

Alfarrábios do Generoso: POEMA ECOLÓGICO: Por falar em Ecologia Preservar é preciso. A ordem é não matar. Urge usar o juízo: A Terra é   nosso lar. Respeitar a ...

POEMA ECOLÓGICO


Por falar em Ecologia



Preservar é preciso.
A ordem é não matar.
Urge usar o juízo:
A Terra é  nosso lar.

Respeitar a criação
com tudo em seu lugar,
cada ser tem função
na teia alimentar.

A ordem é conservar,
sem alterar o esquema
para não alterar
o nosso ecossistema.

Seguido ao pé da letra,
Era esse o meu lema.
Mas, em medida extrema
Matei com a caneta
Uma traça suspeita
que roeu meu poema.

Alfarrábios do Generoso: POESIA DE UM TEMPO IDO

Alfarrábios do Generoso: POESIA DE UM TEMPO IDO: UM NOME QUE FICOU O nosso tempo o tempo já levou, Do antigo romance só restou Nada mais do que trêmulo relicário. Daqueles dias ...

POESIA DE UM TEMPO IDO


UM NOME QUE FICOU

O nosso tempo o tempo já levou,
Do antigo romance só restou
Nada mais do que trêmulo relicário.
Daqueles dias que a saudade tece,
Separando-nos mais, hoje acontece
Outro dia de teu aniversário.

Pior até do que o implacável espaço
Que separa o meu braço do teu braço,
Faz-se o tempo entre nós muralha imensa.
Mas se recordas tudo que antes disse
Tu'alma que a meu lado te predisse:
Serás meu galardão por recompensa.

Por sob os meus cabelos já cinzentos,
Ponho-me a reviver nossos momentos
Felizes, partilhados sempre a dois.
Imaginando um sonho em comum,
Esses sonhos que foram, um a um,
Sobre este tempo que chegou depois.

E mais um ano fazes, eu ausente,
Recordas-te do último presente
Que presto te mandei junto a um cartão ?
Tanto tempo passou, já nem existe
Senão a  lembrança, mas em mim persiste
Sempre o teu nome em meu coração.

Distante, ainda,  daqui donde moro,
No silêncio teu nat comemoro,
Seja onde estiver ou aonde eu for.
A recordar, o tempo nos convida,
Esse mago que leva a nossa vida
Mas nunca leva um  verdadeiro amor.


Geraldo Generoso - Brazil 







Alfarrábios do Generoso: NATAL (SONETO)

Alfarrábios do Generoso: NATAL (SONETO): NATAL Geraldo Generoso -  pelo NATAL DAS LUZES DE IPAUSSU SP BRASIL QUE ESTÁ ENTRE OS MAIS BONITOS DA REGIÃO DE MARÍLILA  As ...

NATAL (SONETO)

NATAL

Geraldo Generoso - 
pelo NATAL DAS LUZES DE IPAUSSU SP BRASIL
QUE ESTÁ ENTRE OS MAIS BONITOS DA
REGIÃO DE MARÍLILA 

As estrelas caíram no oriente
Porque em Belém um Novo Rei nascia,
Rei que a voz da Verdade em Si trazia,
Rei do Futuro, Rei eternamente!
Rei que não quis um trono imponente
Feito do imposto, Rei sem Monarquia,
Teve por berço humilde estrebaria,
Rei da Paz, imortal, Benevolente!
Foi condenado, mas não condenou;
Para estas trevas trouxe o olhar da luz,
Do mundo odiado, mesmo assim o amou!
Rei eterno e imortal só foi JESUS!
– Único REI que a morte respeitou,
REI DOS RESIS QUE POR CETRO TEVE A CRUZ!



Alfarrábios do Generoso: TRÊS DESPEDIDAS LITERÁRIAS

Alfarrábios do Generoso: TRÊS DESPEDIDAS LITERÁRIAS: DESPEDINDO-SE DA VIDA COM MUITO AMOR GABRIEL GARCIA MARQUES escritor colombiano S e, por um instante, Deus ...

Alfarrábios do Generoso: Análise da Poesia LÁGRIMA DE ARBUSTO

Alfarrábios do Generoso: Análise da Poesia LÁGRIMA DE ARBUSTO: LÁGRIMA DE UM  ARBUSTO  Geraldo Generoso As ruas por que   hoje passo, Num passo inútil à procura Dos momentos vividos, Já beb...

Análise da Poesia LÁGRIMA DE ARBUSTO


LÁGRIMA DE UM  ARBUSTO
 Geraldo Generoso

As ruas por que  hoje passo,
Num passo inútil à procura
Dos momentos vividos,
Já bebidos
Pelo tempo e espaço,
Onde,   unidos,
Com meu braço no  seu braço
Juntos  íamos distraídos,
De abraço em abraço.

As pedras hoje falam
Com  outros pares,
E para mim se calam,
Nos passos de  outros passantes,
De pés apressados, errantes,
Que ocupam  nossos lugares
De ingênuos amantes.

Hoje,  se transito
Por aquelas árvores nuas,
Sinto-me um proscrito,
Sem ter a minha mão nas suas.

Nem mesmo o infinito
Permanece o mesmo
Sobre as nossas ruas,
Onde sigo a esmo
A conter meu grito.

Um velho  arbusto, num atalho,
Quase me reconhece na cadência
Do passo sozinho, quase incerto e falho
Nesse meu desfile de reminiscências;
E eis que respinga uma lágrima  de orvalho
A chorar por mim  a sua   ausência.

Um pouco da história desta poesia
Cada vez que releio este poema visualizo momentos reais, com sentimentos vivos que remexem o coração, a alma, o espírito, tudo !  Eu fico até a duvidar que o passado seja passado, algo que sem vida e desaparece entre os dias que são tragados pelas noites que os sucedem.
      Esta poesia ressuscita um sentimento tão peculiar, de forma tão viva, ardente, que parece decantar lá no fundo do meu ser, a tal ponto que  me sinto transportado para aquele momento em que estas palavras explodiram suavemente no meu peito.
      Aliás, por aquele tempo dessa primeira e única e real namorada de minha vida, e põe vida nisso: 52 anos já se passaram - nada havia de tão extraordinário exteriormente, mas de intensa vida interior e de uma rotina simples, repetititva, mas jamais cansativa. Tanto assim que, a cada recordar as mesmas emoções rebrotam de forma nítida, cristalina, viva, até com com gosto de eternidade. 
      Era uma caminhada longa até o cinema para assistir qualquer filme, que sempre era ótimo por ela, não propriamente pelo filme em si. 
      Analisando bem, eu nunca entendi - nem hoje consigo entender o porquê daquele amor tão peculiar que eu era levado a pensar que talvez não houvesse um sentimento equivalente àquele que eu sentia por ela, no coração de nenhum ser humano enamorado. E engraçado que não era paixão, não era atração sexual, não era conveniência de qualquer tipo. Nada disso. Concluo e repito que, por não poder explicar, era amor mesmo. Único, absolutamente inexplicável.  Com ou sem palavras era amar de verdade, no sentido mais pleno da palavra.
         Até hoje não entendo como, ela sendo tão simples, e tão natural ( e talvez por ela ser tão natural, tão transparente, tão ela e ela só) eu sofria tanto a concorrência de outros jovens de nossa idade (18 anos em 1966).
        E foi daí, talvez de minha insuficiente autoconfiança, até evocando uma lógica absurda de que quanto mais tarde eu a perdesse maior seria o sofrimento de não mais tê-la como namorada, que,por essa insensatez, decidi terminar com o relacionamento. 
      Contudo, nunca experimentei na vida arrependimentoo maior por essa loucura, pela qual até hoje ainda sinto doer no mais fundo da alma.
      Uma noite, já desfeito do meu sonho que eu mesmo tolamente desmanchei, perdi o sono na madrugada. Fazer o quê? Não havia nada a ser feito. Pulei da cama, peguei o carro e rumei para a cidade dela, a 30 km de distância. O quê eu iria fazer? Ir bater à porta da casa dela? Não adiantaria. O que decidi foi, ao chegar à cidade, parar o carro a certa altura do nosso caminho costumeiro de namorados, (aliás, era uma avenida arborizada) - desci e refiz o  trajeto que fiz tantas vezes em sua companhia.  Em plena madrugada me pus a caminhar pela calçada que era nossa, sozinho, sem viva alma na rua, com a madrugada já  distilando um sereno manso sobre um silêncio de tantas e nenhuma pealavra.
        Deixei o carro onde o havia estacionado e fui a pé pelo trajeto, de muitos quarteirões, até o cinema, tentando sentir o ar dos momentos passados, se é que momentos tem ar.  Tudo voltou à memória, a todos os sentidos, sentindo o tato do ar frio, o ruído dos meus passos na calçada, a paisagem tão felizmente familiar, mas sozinho, no sentimento entre cumprir uma penitência e reativr um tempo feliz que, no simples recordar não era a mesma coisa. 
         Cumpri esse ritual. E dele resultou este poema que aqui replico e que até parece uma história banal como a de tantos outros amantes. Não acho que seja assim, é muito forte para ser comum um sentimento como este que me transporta a um tempo que não volta mais.

        







Alfarrábios do Generoso: UMA POESIA CONCRETISTA

Alfarrábios do Generoso: UMA POESIA CONCRETISTA: ENCRUZILHADAS E SUBIDAS A vida é uma   e s t r a d a Que só tem ida É uma E /S/ C/ A /D/A Para ser a d i b u ...

UMA POESIA CONCRETISTA


ENCRUZILHADAS E SUBIDAS


A vida é uma  e s t r a d a
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Com minhas desculpas ao poeta concretista AUGUSTO DE CAMPOS, pela ousadia de compor este poema do gênero em que ele é o Papa.
GeGê do Brazil

Alfarrábios do Generoso: CONVITE ESPECIAL

Alfarrábios do Generoso: CONVITE ESPECIAL: Amigos Internautas de todo o mundo      Não busco seguidores, mas apreciaria muito comentários de pessoas, moradoras nos mais diversos po...

CONVITE PARA DIÁLOGO E COMENTÁRIOS

Amigos Internautas de todo o mundo

     Não busco seguidores, mas apreciaria muito comentários de pessoas, moradoras nos mais diversos pontos do planeta.
      
    


Alfarrábios do Generoso: Amigos Internautas de todo o mundo     Não busco s...

Alfarrábios do Generoso: Amigos Internautas de todo o mundo     Não busco s...: Amigos Internautas de todo o mundo      Não busco seguidores, mas apreciaria muito comentários de pessoas, moradoras nos mais diversos po...

CONVITE ESPECIAL

Amigos Internautas de todo o mundo

     Não busco seguidores, mas apreciaria muito comentários de pessoas, moradoras nos mais diversos pontos do planeta.
      
    Monologar é muito cansativo e, com o tempo, a gente perde até a motivação para expor ideias, sem saber como são recebidas.

    Obtenho, normalmente, um número razoável de visualizações deste blog. 

E espero você me devolver a sua palavra, ou letra, com muito boa expectativa: de concordância ou discordância, mas te espero. 
Grande abraço do

Geraldo Generoso - Brazil



      

    



Alfarrábios do Generoso: CAPITALISMO EM XEQUE MATE

Alfarrábios do Generoso: CAPITALISMO EM XEQUE MATE: Geraldo Generoso - Brazil Renda Básica Universal – RBU Não tem esta postagem, tanto quanto pretendo, qualquer vezo ideológico ...

CAPITALISMO EM XEQUE MATE



Geraldo Generoso - Brazil

Renda Básica Universal – RBU

Não tem esta postagem, tanto quanto pretendo, qualquer vezo ideológico ou juízo de valor sobre o Capitalismo como se pode verificar predominante no atual cenário mundial. Mesmo a China, que com sua pendência ao Comunismo, em sua nascente era ainda mais ortodoxa do que a Rússia, onde essa ideologia primeiro se firmou, hoje (a China) é gerida economicamente pelo que se convencionou chamar de Capitalismo de Estado.

A antiga Rússia, englobando vários povos sob a siga URSS, igualmente também afrouxou os laços da ideologia dita socialista, vindo a entrar na dança do capitalismo mundial, ao seu modo.

Com a Queda do Muro de Berlim, todo o quadro político mundial praticamente virou pelo avesso. E diga-se, com justiça, representa um fato histórico dos mais relevantes.

A pequena Cuba, não fosse o embargo americano, agora tendente a se reforçar pela ação do presidente Trump, ainda persiste, como último, e pouco significante reduto, do governo comunista, ainda que não mais de puro sangue.

Pelo exposto, não há como negar que o Comunismo se viu forçado a rever muitas de suas leis pétreas, de par com um regime autoritário que o fez menos viável para os próprios poderes nacionais nos países em que se estabeleceu.

Com fulcro na memorável Revolução Francesa do Século 18, de Igualdade, Liberdade e Fraternidade, mesmo em seus primórdios a ideologia marxista, para não fugir da regra, idealisticamente alimentava esse triplo objetivo. Mas esse lema tríplice, na prática, em termos comunistas, não se mostrou praticável politicamente.

Por certo prevaleceu o objetivo da Igualdade como quase sinônimo de Fraternidade, mas obrigou-se a excluir a Liberdade. Este último termo se revelou impraticável a partir da própria condição humana.  É absolutamente impossível entender a Liberdade num limite em que se afinizasse com a igualdade, principalmente.

O Comunismo, na tentativa de igualar cada indivíduo em relação a outro, não levou em conta o be-a-bá da psicologia, o qual consiste nas “diferenças individuais”.  É fato curial que, entre a população mundial, com mais de 7 bilhões de habitantes, nem sequer entre irmãos gêmeos univitelinos pode-se admitir igualdade.

Desde antes da invenção da moeda pelos fenícios, o Capitalismo sempre se mostrou o meio mais prático de qualquer tipo de transação comercial. Na verdade, em que pesem interesses de pessoas, grupos e nações, o mercado foi um eficiente aglutinador de diferentes povos do planeta.

Se até aqui se mencionou a debacle ou perda de influência do comunismo, eufemisticamente denominado socialismo, não significa dizer que o Capitalismo seja um modelo ideal de governo.

 As diferenças de renda prevalece entre grupos, por sinal majoritários, com uma mui preservada elite dotada de riqueza em excesso. Obviamente, isto redunda em injustiça social evidente.

E em certo momento histórico, na famosa Revolução Industrial que prevaleceu a partir da Inglaterra, com o surgimento do operariado, os empresários foram muito fundo em sua avidez e insensibilidade.  A era industrial, em seus primórdios, incrementou a escravidão dos trabalhadores. E isso em todas as idades e gêneros.

Não fosse tanta ganância pelo lucro, tanta insensibilidade do empresariado, que, aliás, controlava o poder político a seu modo, talvez Marx não teria argumentos tão sólidos para o seu MANIFESTO COMUNISTA, onde nada (àquele tempo) podia ser contestado. Esqueceram o lema da elite francesa em “se dar o anel para não perder os dedos”.  O mais curioso foi o fato de que, mesmo sendo a Inglaterra, com um regime capitalista autoritário e injusto ser objeto de inspiração a Marx, essa ideologia acabou por vicejar na Rússia, um país, à época, essencialmente agrário.

Claro que aí entra a figura de Lênin, que a rigor colocou em prática o ideal comunista, com a Revolução de 1917 e seu nome historicamente se ligou a Marx, até considerando leninismo como sinônimo de comunismo.

Mas vamos ao que deveria ser o núcleo deste texto: RBU – RENDA BÁSICA UNIVERSAL.

Essa tese é discutida no mundo inteiro. Por conta, obviamente, da predominância do Capitalismo, no que ele tem de injusto e imperfeito. Aliás, desumano, mesmo aos olhos dos direitistas. Esse assunto de renda básica universal tanto tem sido discutido na Finlândia como no Quênia; na Índia e na Califórnia.

Obviamente, fala muito alto a voz da miséria de bilhões de pessoas, por conta do acúmulo de riqueza por parte de um pequeno contingente de acumuladores de riquezas. Em tão altos índices que extrapolam o limite do suportável e, já por ora, tem causado uma péssima qualidade de vida ao planeta como um todo.

Mesmo diante dessa evidência, que os números escandalosamente expõem, não faltam aqueles que argumentam em sentido contrário. Afirmam que, ao contrário do que se espera, aumentará a miséria com a adoção da renda mínima e consequente extinção de empregos.

Oras, não há dúvida que o problema aqui exposto é de suma gravidade. E para muitos entre os mais ricos esse desafio da renda mínima é uma questão de sobrevivência a eles próprios. A Renda Mínima mais ainda se faz urgente, pela predominância da tecnologia, a cada dia retirando mão de obra humana do mercado. A situação é insustentável e exige solução urgente.


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