MONÓLOGO COM O CRIADOR
Ó Divino
Senhor e Pai Amantíssimo. Nessa dupla condição, com todo o respeito à Vossa
Majestade Suprema do Universo, me permita perguntar-Lhe : por que nos nos conferiu o direito do livre arbítrio,
ainda que relativo, em meio às diferenças sociais, que por certo não Lhe são do
agrado? Por que, no mais das vezes, erramos surda e cegamente em meio às vias
do mundo em que o Senhor nos lançou ?
Até não
falo por mim próprio, mas pelo drama que se desenrola neste planeta, com tantas
desinteligências, com tão poucos que primam pelos Seus ensinamentos ? É por
toda a humanidade, por todo este globo ty terrestre, em que a Terra – em que ao
cria-la com Sua Santíssima palavra, destacou literalmente “e viu Deus que tudo
era bom”.
Não
contesto, e que blasfêmia cometeria em
contestar o meu Pai e Senhor, nas suas primeiras palavras com relação a
este mundo que habito. No entanto, 70 mil anos de presença do ser humano neste
plano, enquanto jungido a uma cela carnal, de quantas lutas há que dar conta,
mesmo em situações relativamente normais nos confrontos do dia a dia?
Sim. A vida
em si mesma há que ser boa sim, porque criação Sua, que nada realiza sem beleza
e perfeição. Na realidade, mesmo entre
os mais sofridos e infelizes, ainda assim a morte não se faz desejável. Seja
entre crentes e descrentes, a Vida se revela como preciosa e, em qualquer
idade, indesejado o seu fim.
No entanto, nosso
livre arbítrio nos confunde e nos escraviza. Todo o poder que o Senhor nos
conferiu, por efeito de nos ter criado à Sua imagem e semelhança, a todo esse
poder somos, na esmagadora maioria entre
nós, humanos, emparedados pelas lutas da vida que nos cumpre exercer.
Comprovadamente,
não por meros livros de auto-ajuda, mas pelas próprias palavras de Seu Filho
Unigênito e nosso Irmão Maior, Jesus Cristo, formos notificados, na Santa
Escritura, os dizeres do Mestre: “vós ois deuses”.
Daí, meu Senhor e
Pai, com todo o respeito devido à Vossa Majestade ?Divina, por que dormimos na
condição humana, limitada, egoísta e egocêntrica, antes a pensar tão só em nós próprios ou em nossas
famílias, quando toda a família, família cujo Pai é o ?Senhor, e o ´único digno
de ser chamado realmente de Pai, porque de Si emanou a essência de cada um dos
seres que criou?
Não é fácil,
revelo-o neste Diário Íntimo, o quanto entendo a imensidade do desafio de
cumprir com os ditames para uma vida espiritual plena, suprida, sã e realmente
de luz e vida.
Sim, Senhor.
Quando até descubro nas minhas meditações costumeiras, que nem sequer a fé,
pela qual os justos vivem, ainda não é o bastante para espelharmos nesta
passagem terrena a majestade de Seu Poder e Glória. Lá em uma carta do apóstolo
Paulo, a gente descobre que “ainda que tenha a fé que remova montanhas, sem
Amor nada, absolutamente nada somos nós.”
Assim, Divino e
Onipotente Senhor, eu que já tenho fé (menor do que um grão de mostarda), venho
implorar-Lhe por incutir em minha Alma o Amor que realmente nos direciona no
livre-arbítrio feliz e digno da condição de Filho de Deus, confirmando que
somos “deuses” inconscientes do uso do
instrumento único, do Amor, que faz de nossa escolha a vida planejada por Sua
Santíssima iniciativa.
Geraldo Generoso
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