A Vossa Majestade exponho a vida
Que julguei ser de minha posse,
Nesta já longa estrada percorrida,
Que até pensei que mais breve me fosse.
A arfar fiz romper grande subida,
Só por gotas contei momento doce
Nesta jornada quase concluída.
Mas sou grato ao Vosso amor perfeito,
Ignorante embora aos feitos Vossos,
Vos trago esta oração feita ao meu jeito,
Nesta prece que não nasce dos meus ossos;
Nem Vos fale, tão só, este esqueleto,
Nem mesmo este coração no peito.
Em sentimento me posto contrito
Diante do Amor de Vossa Majestade,
No silêncio da carne ante o infinito,
Sem qualquer sonho ou necessidade.
Que Vos chegue da Alma este meu grito
Naquele sopro que por Tua bondade
Insuflaste em Adão, como está escrito.
Geraldo Generoso – 21.01.2013 (Poema de Geraldo Generoso aos amigos da Ucrânia)
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