PROÊMIO AO LIVRO O CÂNTARO DAS HORAS
Prova-me a
matemática que os números são infinitos.
Objetivamente a asserção procede.
Mas, o que seria do número sem a palavra que o denomina, sem o verbo que o
antecedeu no princípio e o conserva como “coisa viva”.
A palavra antecedeu o número e é,
por conseguinte, infinita como ele.
O presente livro é um atestado de
que a Palavra continua. Empresta vida aos sentimentos, perpetua idéias e voeja
além próprio.
Estes pequenos apontamentos
versificados remontado ao tempo, destina-se ao grande público. As idéias e
sentimentos aqui expressos não tem endereço, à minoria intelectualizadas, mas,
isto sim, vieram traduzir, talvez de modo impreciso, aquilo que todos sentimos
no mais intimo, ou quiça sonhamos no mais fundo de nossas almas.
Estes escritos são de temperatura
instável : – alegres alguns, tristes outros; simples estes, menos simples
aqueles – e buscam, nos matizes de tecer a vida, um raios de luz ou uma nesga
de sombra. Mas sempre, como água mansa e límpida, nascida dos vergeis coração.
Talvez num desabafo ou confidência só inteligível pelo próprio por aqueles, e
não são raros, que sabem sobrevoar por sobre a planície do cotidiano e beber
nas nuvens a água que o contato das horas incessante semeia sobre os nossos
dias.
Quem prefacia este trabalho é também
um Poeta: o Prof. Oswaldo Salles, já em nossa saudade, desde como diretor de
escola procurou rimar estrofes vivas, palavras de carne e espírito, que é a de
formar nas páginas do amanhã o destino daqueles que hoje,no calor dos bancos
escolares buscam o fanal do conhecimento, da cultura e da Educação.
Possa este livro levar algo de bom e
de belo a todos os que lerem, eis minha melhor recompensa.
Ipaussu, 30
de outubro de 1981.
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