É bom te amar assim, como
quem quer
Gostar do passaredo, sem sequer
Jamais pensar seu canto
aprisionar.
Que bom amar assim, de longe
ou perto
E, cismarento, num momento
incerto,
Ter tuas notícias ou de ti
falar.
Amar-te a esmo, como a fonte, à
flor,
Onde, sedenta, vai beber dulçor
E aspirar de seu corpo mil
perfumes.
Mas, ainda assim, saber-te de
outro é triste
Destarte a mim nenhum direito
assiste,
De dar-te a conhecer os meus
ciúmes.
Vamos neste brinquedo perigoso,
De fazer da ilusão razão e gozo,
Sei o jogo perdido, já não
venço.
E por mais que me diga: é
fantasia,
Repete o coração com teimosia:
Eu deixar de querer-te é um
contrassenso.
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