Manoel Fontes (2.6.1904 - 17-09-1968) À esquerda, com a mão no muro da casa (Fazenda Sta Rosa) |
Em países orientais, especialmente da Índia, que conheço um pouco de oitiva de dois amigos indianos, a cremação é um fato pacífico. Queima o cadáver e, se possível, pela distância ou disponibilidade financeira, as cinzas são lançadas no sagrado rio Ganges.
Por longo tempo vivi um particular dilema pós morte, cujas providências inevitavelmente dependerão de terceiros.
Há uma fraternidade esotérica que defende a cremação como um processo que mais depressa devolve a alma à sua origem, desvinculando possíveis laços atrais que persistem após a transição, segundo admitem.
Não há como negar que trazemos da família, não só o DNA mas visões que independem de genética em seu aspecto puro e simples.
Daí foi que, há muitos anos atrás, ainda entre nós Manuel Fontes, meu avô materno, surgiu à baila esse assunto: sobre a escolha do fim do corpo, a fogo ou pela própria decomposição da matéria defunta.
A conclusão dele, que acho a mais acertada, veio de forma curta e grossa, como era seu jeito de espanhol de Toledo:
"QUANDO EU MORRER NÃO QUERO FOGO, NEM DO INFERNO NEM DAQUI. A TERRA CRIOU, A TERRA COMA".
Pano rápido.
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