QUANDO DEUS PARECE TARDAR


                   Às vezes, várias vezes, a impressão que temos é que Deus não responde aos  nossos apelos. Diante disso, recorrer a quê ou a quem mais? Sim. Representa uma situação a sugerir desânimo, decepção, pessimismo e, em certos casos, desespero de corpo, mente e Alma.

                             A bem da verdade, cada qual de nós somos levados a experimentar essa imensa sensação de abandono, de uma impotência a nos jogar com força nos braços da descrença. Sejamos honestos: sentimos a fé em frangalhos.

                      Nada nem ninguém se revela capaz de nos explicar, à luz do que nos ensinaram nossos pais e religiosos sobre o Criador, porque isto acontece?

                     Há os que afirmam, e com razão bíblica, que o tempo de Deus difere do tempo dos homens. A humanidade, enquanto jungida a uma porção carnal, está entre um intervalo entre o nascimento e a morte.

                Obviamente, para usar uma expressão popular, esta afirmação, talvez, até explique mas não refresca nada, não resolve nada. E aí outro conselheiro, também vivenciado nas leituras sagradas, acabe por nos alertar para a máxima, nitidamente exposta no Evangelho Cristão: "Orai sem Cessar".

                   Nesse procedimento abre-se, pelo menos, uma opção - ainda que não tão explicável, sobre a necessidade da persistência em falar e reiterar incessantemente pela vinda do socorro divino.

                    Em conversa com pessoas afinadas na espiritualidade, ouvi de uma delas - e concordei - sobre dois pontos essenciais nessa questão sobre eventuais silêncios divinos ante nossas preces.

             Primeiro: a nossa reconhecida e patente limitação no entendimento sobre o melhor a pedir aos céus. O que hoje nos parece bom, lindo, ideal e maravilhoso nem sempre responde ao melhor do que precisamos para a nossa vida. 

         Segundo: Deus não é nosso lacaio ou servo para O colocarmos a serviço do que bem desejamos.

                  Felizmente, Jesus Cristo nos revelou um segredo para os nossos pedidos ao Pai Celestial que quase sempre passa batido sem que nos detenhamos em seu significado místico, prático e direto.   
                   Ele recomendou que em tais circunstâncias, de se rogar a Deus por um socorro, providência ou que quer que seja - companhia, suprimento, cura, seja lá o que for, como uma estratégia para desbloquear a fé (elemento fundamental ) é que se faça o seguinte:

            "PEÇA E CREIA  QUE O TENDES. E AGRADEÇA DESDE JÁ PELA GRAÇA RECEBIDA." 

                      Fica então a certeza de que a Ação de Graças é a mais evidente prova de que realmente a fé foi colocada em ação.

                    
Geraldo Generoso - Maio de 2017









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