Assim deveria ser a cada nova conquista da ciência,
principalmente na medicina, em que os mais modernos medicamentos e processos de
exames e medicamentos, estivessem ao alcance das massas.
A realidade, contudo, mostra uma situação
bem diferente no Brasil.
Não só nas capitais se
verificam filas enormes de pacientes em busca de medicamentos, mas também nas
pequenas cidades o quadro é doentio.
De longa data, tem-se priorizado a
educação como fundamental para o bem-estar da sociedade e mesmo para sua
própria promoção social a degraus melhores de obtenção do necessário para o
custeio e manutenção da vida.
Na saúde, o que se verifica, é que o governo nem
sempre pode dar conta da demanda e o
povo, por seu turno, habituou-se a ser mal atendido.
Cada prefeito, de cada
cidade – já que a Saúde está municipalizada – deveria ter em conta que cada
pessoa que vai a um centro de saúde ou a um hospital, já sai de casa
fragilizada, indisposta, propensa a ficar descontente e mal-humorada.
É
diferente de quem vai um estádio, e mesmo que a trave esteja caída ou o gramado
todo machucado de crateras, e a bola não ser grande coisa, o ânimo, o próprio
espírito do lugar dispõe cada qual para o lúdico e o descontraído.
Toda esta
parafernália de novos processos de cura, instrumentos, novos medicamentos, top
de linha das terapêuticas nas mais diversas modalidades, são ficções para o
povo, que mal consegue, e a às vezes há
muito custo, obter remédio nos Centros de saúde.
Esta situação não
se verifica em países civilizados. Ademais, a medicina é a ciência com maior
reserva de mercado que existe em nosso país.
Com todo o respeito e apreço que
tenho pelos cubanos, é uma vergonha para nós a importação de médicos de Cuba.
Falta mesmo é vontade política.
Não é possível que se houver vontade política, não se faça com que o número de médicos
aumente, ao ponto de a oferta (de profissionais) exceder a procura, como ocorre
na Espanha.
O grosso da população de nossa juventude nem sequer pensa em cursar
medicina, pois no Brasil, algo que deveria soar como de utilidade pública,
sempre foi uma disciplina das elites, a começar dos vestibulares, onde não há
muito tempo, para ingressar numa faculdade havia que passar por máfias que
vendiam gabaritos.
Falamos tanto em socialismo, e a socialização da medicina
fica esquecida, porque a precariedade do atendimento que hoje assistimos, em nada nos
credencia como país justo para com a maioria dos brasileiros.
Que mais verbas
sejam carreadas para a Saúde. Os países ricos – como mostrou a Rede Globo –
investiram maciçamente em educação, mas isto só depois que resolveram o
problema da saúde.
Da mesma forma, acredito que no Brasil – em todos
os níveis de governo - federal, estadual e municipal,
deveria fazer um mutirão pela saúde, já e agora.
·
escritor e jornalista.
·
Em especial para DIÁRIO MS - Dourados.
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