SAÚDE PARA TODOS !


Geraldo Generoso*



Assim deveria ser a cada nova conquista da ciência, principalmente na medicina, em que os mais modernos medicamentos e processos de exames e medicamentos, estivessem ao alcance das massas.

 A realidade, contudo, mostra uma situação  bem diferente no Brasil. 

 Não só nas capitais se verificam filas enormes de pacientes em busca de medicamentos, mas também nas pequenas cidades o quadro é doentio. 

De longa data, tem-se priorizado a educação como fundamental para o bem-estar da sociedade e mesmo para sua própria promoção social a degraus melhores de obtenção do necessário para o custeio e manutenção da vida.

 Na saúde, o que se verifica, é que o governo nem sempre pode dar conta da demanda  e o povo, por seu turno, habituou-se a ser mal atendido. 

Cada prefeito, de cada cidade – já que a Saúde está municipalizada – deveria ter em conta que cada pessoa que vai a um centro de saúde ou a um hospital, já sai de casa fragilizada, indisposta, propensa a ficar descontente e mal-humorada.

 É diferente de quem vai um estádio, e mesmo que a trave esteja caída ou o gramado todo machucado de crateras, e a bola não ser grande coisa, o ânimo, o próprio espírito do lugar dispõe cada qual para o lúdico e o descontraído. 

Toda esta parafernália de novos processos de cura, instrumentos, novos medicamentos, top de linha das terapêuticas nas mais diversas modalidades, são ficções para o povo, que mal consegue, e a às vezes há  muito custo,  obter   remédio nos Centros  de saúde. 

Esta situação não se verifica em países civilizados. Ademais, a medicina é a ciência com maior reserva de mercado que existe em nosso país.

 Com todo o respeito e apreço que tenho pelos cubanos, é uma vergonha para nós a importação de médicos de Cuba. Falta mesmo é vontade política. 

Não é possível que se houver vontade política,  não se faça com que o número de médicos aumente, ao ponto de a oferta (de profissionais) exceder a procura, como ocorre na Espanha.

 O grosso da população de nossa juventude nem sequer pensa em cursar medicina, pois no Brasil, algo que deveria soar como de utilidade pública, sempre foi uma disciplina das elites, a começar dos vestibulares, onde não há muito tempo, para ingressar numa faculdade havia que passar por máfias que vendiam gabaritos. 

Falamos tanto em socialismo, e a socialização da medicina fica esquecida, porque a precariedade do atendimento que hoje assistimos, em nada nos credencia como país justo para com a maioria dos brasileiros.

 Que mais verbas sejam carreadas para a Saúde. Os países ricos – como mostrou a Rede Globo – investiram maciçamente em educação, mas isto só depois que resolveram o problema da saúde.

 Da mesma forma, acredito que no Brasil – em todos os níveis de  governo  - federal, estadual e municipal, deveria fazer um mutirão pela saúde, já e agora.

·        escritor e jornalista.

·        Em especial para DIÁRIO MS  - Dourados.

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