QUE ME PERDOEM OS SABICHÕES
MAS ACHO O HUMOR MAIS SÁBIO
DO QUE A PRÓPRIA SABEDORIA.
GERALDO GENEROSO (autor do livro HUMOR MORENO, Editora CLUBE DOS AUTORES, BRASIL) |
A frase acima não nasceu espontânea de meus pensamentos. Li algures, entre os muitos livros que leio ao mesmo tempo, e até a trasncrevi no na minha obra HUMOR MORENO.
Pense comigo, e não vai lhe exigir tanto esforço, como são trágicas as vidas dos santos. Mesmo as menos desafortunadas, se constrói, dia após dia, de enunciar orações e a se empenhar em sacrifícios e penitências, não se sabe a saldo de quem.
Que preço pagam nossos entes santificados - pela igreja ou pela sociedade mundial - para após a morte (esse mistério indevassável) serem invocados e glorificados e, no mais das vezes, deles ainda se esperam, ou até se exigem milagres?
Os autores e atores humoristas, a que título sejam, são, em meu entender, mais caridosos ou tanto quanto os grandes santos da nossa História.
Você lê, por exemplo "O Asno de Ouro", ou por outro título mas a mesma obra "O BURRICO LÚCIO", de Luciano de Samosata, e depois folheie um livro sobre algum santo ou alguma santa que, presume-se, ganhou o céu, que a gente vê até certo ponto.
Até agora não entendi porque RABELAIS, autor humorista francês é, relativamente, tão pouco lido. E a gente sabe que uma piada alivia esse fardo diário a que somos condenados, por uma graça imediata, que vem lá do fundo e não se acanha em explodir numa gargalhada.
CHICO ANYSIO,
o nosso São Francisco do riso, que mesmo de cara séria nos trazia o alívio de olhar para este mundo e esta humanidade, a forma que merecem: com ironia e sarcasmo.
o nosso São Francisco do riso, que mesmo de cara séria nos trazia o alívio de olhar para este mundo e esta humanidade, a forma que merecem: com ironia e sarcasmo.
Podemos falar dos vivos (2017), como
JÔ SOARES. Rapidíssimo no gatilho das frases e gênio criador da mais bendita das bênçãos: a alegria efetiva de poder sorrir.
JÔ SOARES. Rapidíssimo no gatilho das frases e gênio criador da mais bendita das bênçãos: a alegria efetiva de poder sorrir.
Voltando ainda aos que brincaram de partir, nós aqui do Brasil tivemos AMÁCIO MAZAROPI, a interpretar o nosso caipira, que de bobo nunca teve nada, e rendo graças pelas graças que ele nos proporcionou e ainda continua a nos dar por seus filmes tão singelos e tão cheios de sábio humor.
Mas, concluindo, a maior parte das pessoas, creio que todos nós, somos masoquistas, mesmo disto não dando a devida conta. Quantos não perdem suas noites com novelas cheias de tramas de traição, ódio, malquerença, amores infelizes que, quando dá certo, isso só ocorre ao final, com a cena quase ultrapassada de um casal de noivos subindo ao altar.
Você, leitor, abre a Bíblia (e não só a judaico-cristã, mas igualmente a budista, ou a muçulmana) e é só luta, injustiça a prevalecer sobre o que é justo, sacrifícios, mortes, dores, sofrimentos.
Ah, merecemos uma trégua. Vamos abrir os olhos e os ouvidos, atentamente, para a herança do nosso impagável RONALD GOLIAS, COSTINHA, mesmo o CHACRINHA (um sarrista que sabia dar uns bons tapas na vida madrastra de si e de tantos).
Estamos combinados? Vamos valorizar o humor, sem nenhum remorso ou sensação de pecado. Evoco aqui as palavras do grande sábio chinês LAO TSE, que escreveu firmemente sobre o que ele entendia sobre o TAO :
Se DELE não se pudesse rir, ELE não seria verdadeiro.
Se DELE não se pudesse rir, ELE não seria verdadeiro.
Portanto, vamos buscar no humor a verdade que liberta, quando nos mostra que, no mais das vezes, este mundo em que vivemos nada mais é do que uma mentira que não resiste à verdade de uma gargalhada.
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