Geraldo Peres Generoso - Escritor e Jornalista |
Principalmente quando redijo meus desabafos de "marca quente", para usar uma expressão gaúcha, do sul do Brasil. Mas o que penso é o que penso, e fazer o quê? Mesmo nos maiores disparates, sempre há um fundo de verdade no que ouvimos ou lemos.
O tópico de hoje é o TER FILHOS. Acho mesmo que, se existe carma, como ensinam os espíritas, quem é pai ou mãe é porque tem dívidas a resgatar. E não falo por mim próprio, mas por mim mesmo e também por 99,9 % dos casais dos quais nascem filho(s).
Se é filho único, então, o problema se potencializa ainda mais. Sim. Porque se está bem, até certa idade, e agora os filhos com os pais até depois dos 35, a preocupação é a de que possam não ficar bem, de saúde ou a qualquer pretexto se enredem em marginalidade ou consumo de bebidas e drogas.
Em sã consciência, ninguém pode negar o que estou afirmando. Vejo e sinto o meu próprio drama e dos demais pais, a quem sou solidário. Alguns, eu não sei por masoquismo, (por gostarem de sofrer) veem nos filhos bênçãos inigualáveis.
Ou será por temer dizer a verdade que lhes passa pela alma, nessa penosa condição de gerar um filho do qual não faz a mínima ideia de como vai ser de saúde, de caráter, de vontade de progredir e trabalhar, enfim, de ser um bom cidadão ou cidadã.
Mas como? - me perguntará você. Então vamos deixar o mundo se acabar numa velhice, sem ter continuidade? Não se preocupe, sempre haverá aqueles que sonham que terão filhos diferentes da maioria dos pais, seus amigos, vizinhos e conhecidos.
A humanidade já está com superávit de gente. Bota 6 bilhões em número e veja quantos zeros comportam. Não se avexe, o mundo não acabará em morte por velhice, sempre alguém apostará no futuro que desconhece e que, no mais das vezes, é ingrato.
Num mundo onde 1,3 bilhões sofrem de depressão; onde 100 famílias detém 90% da riqueza mundial; num planeta com 800 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza, sem ter o que comer.
Será que um filho agradeceria por nascer num mundo e num tempo como este? Tenho minhas dúvidas. Acho que os filhos se vingam dos pais, ao lhes dar tanto trabalho, até pela revolta de os tê-los trazido à vida que não se lembram de ter pedido.
Enfim, esse é o meu recado. Vemos que a maioria do santos e dos grandes homens não tiveram filhos. Porque o desafio é tão grande que recuaram diante dessa possibilidade.
E os grandes homens que foram pais, na maioria, sofreram com eles o que Judas amassou com as botas.
Vamos pensar melhor antes de dar esse salto no escuro.
Um abraço a cada um dos meus internautas e votos de Paz e Felicidade em suas vidas. É o que lhes desejo de coração.
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