NUM BAR QUALQUER
Geraldo Generoso
Na capital paulista,
seu escritório
pouco dista
de um velho bar.
No acanhado refeitório
que escolheu para poetar
ali ele se avista.
Após cumprir o rito
da saudação, do bate papo,
pede o lápis e o guardanapo,
onde dispõe, fiapo a fiapo
mais um poema a deixar escrito.
Com a mão na testa,
espreme palavra por palavra,
que do lápis desce,
ora em água ora em lavas.
Molha num gole
a garganta seca
ao poema recolhe
recém-nascido ali
no bar.
Assim é Otávio Bueno da Fonseca:
Regularmente vai para o seu bar.
Para embriagar-se de poesia.
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