Geraldo Generoso - Brazil
Renda Básica
Universal – RBU
Não tem esta postagem,
tanto quanto pretendo, qualquer vezo ideológico ou juízo de valor sobre o
Capitalismo como se pode verificar predominante no atual cenário mundial. Mesmo
a China, que com sua pendência ao Comunismo, em sua nascente era ainda mais
ortodoxa do que a Rússia, onde essa ideologia primeiro se firmou, hoje (a
China) é gerida economicamente pelo que se convencionou chamar de Capitalismo
de Estado.
A antiga Rússia,
englobando vários povos sob a siga URSS, igualmente também afrouxou os laços da
ideologia dita socialista, vindo a entrar na dança do capitalismo mundial, ao
seu modo.
Com a Queda do Muro de
Berlim, todo o quadro político mundial praticamente virou pelo avesso. E
diga-se, com justiça, representa um fato histórico dos mais relevantes.
A pequena Cuba, não
fosse o embargo americano, agora tendente a se reforçar pela ação do presidente
Trump, ainda persiste, como último, e pouco significante reduto, do governo
comunista, ainda que não mais de puro sangue.
Pelo exposto, não há
como negar que o Comunismo se viu forçado a rever muitas de suas leis pétreas,
de par com um regime autoritário que o fez menos viável para os próprios poderes
nacionais nos países em que se estabeleceu.
Com fulcro na
memorável Revolução Francesa do Século 18, de Igualdade, Liberdade e
Fraternidade, mesmo em seus primórdios a ideologia marxista, para não fugir da
regra, idealisticamente alimentava esse triplo objetivo. Mas esse lema
tríplice, na prática, em termos comunistas, não se mostrou praticável
politicamente.
Por certo prevaleceu o
objetivo da Igualdade como quase sinônimo de Fraternidade, mas obrigou-se a
excluir a Liberdade. Este último termo se revelou impraticável a partir da
própria condição humana. É absolutamente
impossível entender a Liberdade num limite em que se afinizasse com a
igualdade, principalmente.
O Comunismo, na
tentativa de igualar cada indivíduo em relação a outro, não levou em conta o
be-a-bá da psicologia, o qual consiste nas “diferenças individuais”. É fato curial que, entre a população mundial,
com mais de 7 bilhões de habitantes, nem sequer entre irmãos gêmeos
univitelinos pode-se admitir igualdade.
Desde antes da
invenção da moeda pelos fenícios, o Capitalismo sempre se mostrou o meio mais
prático de qualquer tipo de transação comercial. Na verdade, em que pesem
interesses de pessoas, grupos e nações, o mercado foi um eficiente aglutinador
de diferentes povos do planeta.
Se até aqui se
mencionou a debacle ou perda de influência do comunismo, eufemisticamente
denominado socialismo, não significa dizer que o Capitalismo seja um modelo
ideal de governo.
As diferenças de renda prevalece entre grupos,
por sinal majoritários, com uma mui preservada elite dotada de riqueza em
excesso. Obviamente, isto redunda em injustiça social evidente.
E em certo momento
histórico, na famosa Revolução Industrial que prevaleceu a partir da
Inglaterra, com o surgimento do operariado, os empresários foram muito fundo em
sua avidez e insensibilidade. A era industrial,
em seus primórdios, incrementou a escravidão dos trabalhadores. E isso em todas
as idades e gêneros.
Não fosse tanta
ganância pelo lucro, tanta insensibilidade do empresariado, que, aliás,
controlava o poder político a seu modo, talvez Marx não teria argumentos tão
sólidos para o seu MANIFESTO COMUNISTA, onde nada (àquele tempo) podia ser contestado.
Esqueceram o lema da elite francesa em “se dar o anel para não perder os dedos”.
O mais curioso foi o fato de que, mesmo
sendo a Inglaterra, com um regime capitalista autoritário e injusto ser objeto
de inspiração a Marx, essa ideologia acabou por vicejar na Rússia, um país, à
época, essencialmente agrário.
Claro que aí entra a
figura de Lênin, que a rigor colocou em prática o ideal comunista, com a Revolução
de 1917 e seu nome historicamente se ligou a Marx, até considerando leninismo
como sinônimo de comunismo.
Mas vamos ao que
deveria ser o núcleo deste texto: RBU –
RENDA BÁSICA UNIVERSAL.
Essa tese é discutida
no mundo inteiro. Por conta, obviamente, da predominância do Capitalismo, no
que ele tem de injusto e imperfeito. Aliás, desumano, mesmo aos olhos dos
direitistas. Esse assunto de renda básica universal tanto tem sido discutido na
Finlândia como no Quênia; na Índia e na Califórnia.
Obviamente, fala muito
alto a voz da miséria de bilhões de pessoas, por conta do acúmulo de riqueza
por parte de um pequeno contingente de acumuladores de riquezas. Em tão altos
índices que extrapolam o limite do suportável e, já por ora, tem causado uma
péssima qualidade de vida ao planeta como um todo.
Mesmo diante dessa
evidência, que os números escandalosamente expõem, não faltam aqueles que
argumentam em sentido contrário. Afirmam que, ao contrário do que se espera,
aumentará a miséria com a adoção da renda mínima e consequente extinção de
empregos.
Oras, não há dúvida
que o problema aqui exposto é de suma gravidade. E para muitos entre os mais
ricos esse desafio da renda mínima é uma questão de sobrevivência a eles
próprios. A Renda Mínima mais ainda se faz urgente, pela predominância da
tecnologia, a cada dia retirando mão de obra humana do mercado. A situação é
insustentável e exige solução urgente.
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