Geraldo Generoso - Brazil - Natal 2018 |
Carta ao meu Amado Pai e Creador (*)
Neste
meu confinamento, por conta de uma enfermidade, que na maioria dos casos leva
ao desenlace, além do calvário do tratamento, que até penaliza mais do que o próprio
mal de que estou acometido, tudo isto me conduziu a longos períodos de reflexões
sobre o que é a vida humana neste plano terreno.
Não só revisito momentos do meu
passado, como me detenho em analisar a vida de tantas e tantas pessoas,
próximas de mim, da família ou de figuras públicas e celebridades. A conclusão
a que cheguei foi a de confirmar a sabedoria de leituras a que me dedico, como
os escritos do Caminho Infinito de Joel Goldsmith, principalmente. Também da
Ciência Cristã, de mrs Eddy; da Unity e do Curso em Milagres, que li de capa a
capa há algum tempo.
A conclusão a que chego,
praticamente na antessala da transição para outro plano de vida, é que todo
este cenário mundano é nada mais do que um amontoado de ilusões. Todas elas,
que contemplo com olhos objetivos, são nada mais que recursos das próprias
almas para suportar a certeza da transitoriedade da vida, da inutilidade das
cobiças e ambições, até mesmo dos ideais de alguns grandes homens e mulheres
que transitam por este plano que ora palmilho.
Vi, pois, todas estas aparências
ilusórias – glória, vaidade, cobiça, avidez, luxúria etc – como meras
motivações temporárias para encobrir o verdadeiro drama da efemeridade da
existência. A vida de cada um de nós é uma peça de teatro, surtida de tragédias
e comédias, rotinas e visões falsas de um mundo que desafia a nossa
inteligência e os nossos sentimentos.
Nem por isso me fiz pessimista. Tento
encontrar um veio de ilusão para contracenar com os que estão aqui e com quem
estou não sei até quanto. Também não me assalta nenhuma pressa de partir ou
rogar a Deus que abrevie os meus dias. Pela minha condição humana, é necessário
que eu cumpra a jornada terrena e conclua o plano maior do meu Creador.
Para tanto, tento me iludir, Ou me
re-iludir para as coisas desta humanidade, onde impera a desigualdade, a
injustiça e, sobretudo, a falta de amor.
Penso não ser fácil a libertação
para a plenitude da Realidade Divina, quando descubr que a fé é apenas meio
caminho andado. É preciso, apesar de ser muito difícil, conjugar o verbo amar
em todas as pessoas, como recomendou o Mesre Jesus Cristo. Embora sem modéstia,
eu possa admitir que sou um homem de fé, me arrepio ao ler em uma Carta de São
Paulo aos Coríntios, sobre o AMOR, em que ele diz com toa as letras impactantes
de seu estilete sagrado: “Ainda que eu tenha o poder de falar a língua dos
homens e dos anjos e tenha uma fé capaz de transportar montanhas.... se não
tiver Amor, nada seria”.
Veja, pois, o caro internauta, como
é crucial esse desafio em se tratando da salvação de nossa Alma. Como amar um
mundo eivado de tanta maldade, onde mesmo templos – que propagam milagres pela
fé – se tornam em apenas grandes empreendimentos comerciais, de puro negócio,
representado por dízimos que sabem multiplicar em investimentos e
empreendimentos que engordam assustadoramente.
Portanto, neste Natal de 2018, em minha
solidão – que me faz tanto bem – eu me volto para o interior de mim mesmo, a
uma busca desesperada para merecer que o Cristo, nascido em Belém, possa nascer
e crescer em meu coração e de fato se tornar efetiva a Sua intenção em nos
salvar da ilusão mundana, efêmera e que, no mais das vezes, ao chegar ao fim,
traz as tribulações da doença e da desilusão deste temporário estar aqui. Um
FELIZ NATAL a você que me lê e aos seus queridos, de qualquer parte do mundo. E
repito a frase de um caboclo lá da fazenda onde vivi a infância: NO FIM DÁ TUDO
CERTO.
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