PELOS QUE PARTIRAM ANTES DE NÓS...

LIGAÇÕES ETERNAS !

Nossos entes queridos, habitantes da invisibilidade, transformam-se,  a partir  de nosso coração, no mais das vezes, numa impressão deformada e injusta. Alguns dentre nós, aqui ainda temporários  moradores do  plano terreno,  evitamos pronunciar o nome da pessoa já convertida em  saudade, por conta de receios ingênuos de separatividade efetiva.. Lembro-me, em minha infância, de quantas vezes os mais velhos me corrigiam quando eu mencionava o nome de algum parente falecido.  Obrigavam-me a  “dobrar a língua” antepondo a expressão finado ou finada.
            Reflitamos, pois,  de modo a nos colocar em seus lugares, onde inevitavelmente estaremos algum dia. Como nos será dolorido, ao deixarmos nossa temporária moradia terrestre, que aqueles que amamos nos vejam diferentes do que fomos.
Se a memória deles  nos traz a saudade em seu bojo, devemos proceder de forma natural, sem considerá-los numa condição extraordinária, ainda que extraterrena. No mundo de Deus, tudo é único. 
Ainda que desvestidos dos liames carnais, nossos amados continuam sua atuação, já que nada pode sair fora do Universo, onde quer que estejamos, sob todas e quaisquer  condições.
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Qual será nossa reação se os continuadores de  nossos passos – antes tão familiares no convívio do lar ou da profissão – nos igualem a um fantasma, ou até mesmo a uma assombração, pelo simples fato de termos devolvido ao mundo nossa temporária ferramenta de trabalho.
            Por uma série de implicações milagrosas, por determinado tempo, vivemos na experiência carnal, mas sempre movidos pelo Espírito, o qual é  parte mesma do Criador..  Oras, quando nos comunicamos  com nossos amigos e amigas que já se foram, não há um contato de nervos, ossos, músculos e cartilagens.! Por que, para nós, ver   morrer-lhes o sorriso, o bom humor, a graça, o conselho, carinho e de tudo restar só a pequena palavra saudade?

            A lei eterna enunciada pelo sábio Lavoisier “No Universo nada se cria, nada se perde; tudo se transforma” nos conduz a uma outra proposição, do místico Eliphas Levi, não menos verdadeira e confortante  para a  realidade de a  vida, enquanto encarnada,  ser tão  provisória na Terra. Mais ou menos por outras palavras, assim se expressa: “Se nem a matéria, em sua condição perecível se extingue, conforme cientificamente é sabido, muito menos há que se supor que a Alma se acabe no simples desenlace do corpo.”

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