A realidade, em muitos casos,
supera em grande escala a própria ficção.
Assim é a vida.
Sexta, 2010, 15 janeiro.
São duas horas da madrugada. O silêncio é próprio do horário. O galo ainda não cumpriu sua função de despertador vivo. Para tudo há o momento certo. Mesmo nas horas mortas, em que os minutos reclamam por estar sendo vividos por bem número de pessoas.
Também não há chuva. Apenas se verifica um tempo ameno aqui na varanda aberta, enquanto no interior da casa o calor se faz presente. Quase abafante.
A semana se pontuou em notas trágicas pelos veículos noticiosos: terremoto no Haiti. Boletins dão conta de tragédia terrível que se abateu sobre esse país da América Central. A realidade, pois, supera em larga escala a própria ficção. Certamente, são quadros traumáticos que marcarão fundamente, de medo e pavor, aquele simpático povo centro-americano.
Certamente, será motivo de séria reflexão, de cada pessoa com ciência desse monstruoso acidente da Natureza.
Para a ciência (mais especificamente a geologia), nada mais é do a acomodação de placas tectônicas, a eclodir destruição e morte de forma massiva. Avaliam as autoridades do Haiti um saldo de centenas de milhares de mortos.
Mas a geologia, quanto a esse assunto, se reduz a apenas emitir um parecer, em condições muito semelhantes à Medicina Legal. Os cientistas afirmam que tais acomodações no interior da terra se revelam imprevisíveis. Aquele povo está, pois, ao sabor do acaso, tanto no presente quanto no futuro. Nada há que possa ser feito.
O certo é que essa mega hecatombe ensejará, com suas proporções aterradoras, fartos e robustos argumentos aos pregadores do "fim do mundo". Inobstante, essa é uma questão impossível de se definir como provável, ao mesmo tempo que não se possa refutá-la plenamente.
As religiões ocupam-se, algumas, desses assuntos pelo viés apocalíptico. No entanto, afirmar
categoricamente que isto ocorra agora, semana que vem ou daqui a 7 anos, é custoso merecer fé, por conta de tantas previsões que acabaram por não se cumprir.
Por outro lado, a Terra, como um corpo celeste, pode, sim, chegar à mesma condição de outros astros que já morreram. Tudo o que tem começo traz em si mesmo embutido o seu próprio fim. Sou levado a crer na existência de outros planetas, não por estudos mas por dedução lógica.
Não se criaria apenas o Planeta Terra, com sua fauna, flora e seres humanos. O grande problema é que nossos vizinhos moram muito longe de nós, curiosos terráqueos. São distâncias astronômicas, medidas em anos-luz, que extrapolam nosso próprio senso de avaliação.
De qualquer modo, é confortante ouvir de Jesus Cristo aquela frase que nos conforta e nos leva à especulação automaticamente:
" Na casa de meu Pai há muitas moradas".
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