INFERNO NA SÍRIA
A barbárie da guerra civil na Síria, um país lindo e de um
povo que, a julgar pelos que para cá migraram e, bem assim os seus
descendentes, está muito longe de merecer o clima infernal, de morte das mais
dolorosas, praticamente perpetrada em massa,
por conta e capricho assassino ditador Bashar al -Assad.
Extrapolando
a própria indecência da guerra convencional, eis que agora se constata o uso
covarde de armas químicas. Entre elas gás VX (C11H26NOPS), de efeito
paralisante.
Trata-se do mais mortal entre os gases tóxicos, (100 vezes
mais que o gás Sarin), que a partir da pele disseminam a morte por via de
sofrimentos extremos: se infiltrado na pele ou inalado tem efeito paralisante,
ataca a musculatura e provoca parada respiratória.
Tudo isto impetrado da forma mais
cruel e desumana possível, que faria assustar o próprio inferno, com mais de 100
mil mortos. E o mais grave é que o morticínio a continuar seu rastro nefando.
O mundo vê essas mentes e mãos assassinas a destruir uma nação de tantas
histórias bonitas e coberta por tantos passos sagrados. Foi berço de grandes almas que por lá passaram e ainda hoje, na geração
atual, tantos e tantos seres especiais palmilham aquelas veredas, consagradas pelo
tempo e pela tradição.
Mais de um milhão de crianças são
desalojadas de seus lares. Procissão delas que se fizeram anjos, pelo martírio
tão só de serem sírias, sem a elas poder se imputar a mínima culpa, senão a da
inocência transparecida nos seus corpos mortos e torturados pela covardia e
pela indecência no que às vezes se torna a política.
Que contraste gritante. Como o poder
enlouquece além do que podemos entender pela loucura! Da forma que está e se
evolui essa carnificina, Assad será nada mais do que um ditador de defuntos e os mortos dispensam governos.
O que podem os países do Ocidente
fazer diante desses crimes hediondos, de lesa-humanidade? Mandar tropas e
combater fogo com gasolina? Quando essas fatalidades começaram a ocorrer em
Ghouta, nos arredores de Damasco, a França pediu a ONU que usasse a força para
conter as barbáries.
A bem da verdade, replicaria talvez
os mesmos cenários do Afeganistão, para ficar num só exemplo, sem mesmo falar
da guerra no Iraque, que se arrastou por sucessivas mortes e pouco ou nada
resolveu, senão com o tempo.
A Síria, onde por sua longa Estrada de
Damasco, onde ecoou a voz do Maior entre os Homens e fez Saulo de Tarso (o
então futuro Apóstolo Paulo) cair do cavalo em sua sede de sangue de inocentes.
É um lugar sagrado, porque aquela Voz
que estremeceu aquele cavaleiro, ainda ecoa pelo leito e pelas margens daquela
via histórica. O mundo extrapolou, por via de demônios que se apoderam de seres
humanos, todos os limites do imaginário. Supera a ficção mesmo dos combates da
Segunda Guerra mundial.
Tudo isto é nada mais do que a falta
de Deus. Nós todos, eu entre os menores, líderes espirituais do mundo inteiro,
estamos prestes a decretar a nossa falência, pois a força do Espírito, que “sopra
onde quer", está a nos soprar com línguas de fogo e luz.
Tudo isto para que possamos, ainda que
com a fé do tamanho de um grão de mostarda (não do gás mostarda) levantarmos nossos olhos e nossos corações aos céus por nossos irmãos entregues às desditas
de uma guerra, maldita e assassina como todas.
E sobretudo, que apuremos nossos ouvidos. Transportemo-nos todos à
Estrada de Damasco para ouvir a divina voz de Cristo, com sua pergunta que
atravessa a eternidade : “Assad, Assad, por que Me persegues? "
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