Diário – Caderno G –
Sábado 23/01/2010
São 4 horas da manhã. Há apenas na estrada próxima (SP.225 –
Eng. João Baptista Cabral Renó) um ou outro ruído de motor a beliscar a pele do
silêncio.
Domingo- Caderno G –
Domingo – 24/01/2010
O relógio martela 3 horas da madrugada. Pelo que a audição me
permite discernir, há um razoável aumento de tráfego em ambas as pistas que
servem a este itinerário do sudoesta paulista.
Talvez se
explique o aumento do fluxo de trânsito por conta do feriado, aniversário da
fundação de São Paulo, que se dará amanhã. Até esperava pela vinda do meu
especial amigo Edson Rafael Paloni (ipauçuense radicado na capital), com sua
troupe, mas, por conta das chuvas, preferiu não viajar cá para o interior.
Ontem foi um sábado rico de atividades
sociais. Durante a noite estivemos, a esposa Antonia e eu em casa de nosso
admirado e respeitado amigo Fernando Gonçalves Mendes Júnior.
Todos nós
temos carência de gente em nosso entorno. Bem o disse o filósofo Aristóteles
que “o homem é um animal social, gregário”.
Na oportunidade transcorreram momentos agradáveis, reforçados por laços
de respeito e laços afetivos recíprocos.
Pessoas como
eu, voltado para o lado místico a maior parte do tempo, necessitam, outrossim,
buscar o equilíbrio entre o mundo de Deus e a dimensão do próximo.
Trata-se de
uma equação sempre fácil de ser armada, porque pessoas voltadas para o Espírito
encontram praticamente toda sua constante complementação no mundo divino.
Contudo, ninguém entre nós pode se fechar numa muralha particular e cerrar as
portas para a vida e seu derredor.
O senso do
coletivo é tão necessário, ou até mais, do que o limitado senso pessoal,
subjetivo de cada ser humano. Para as pequenas e grandes coisas do meu viver,
invariavelmente me confio aos cuidados do Todo Poderoso.
Por isso
mesmo, tenho refletido ultimamente no seguinte: esta mesma Graça que me assiste
como ente, como um ser individual e único, não me discrimina do contexto social
e humano de que sou parte indissociável.
Cada homem
tem a obrigação intransferível de ser a luz do mundo e essa Graça implica num
contato inevitável com cada um de seus semelhantes.
Quando o
Apóstolo São Paulo passou a vivenciar o Cristo dentro dele, poderia ter se
extasiado em um modo absolutamente contemplativo, e destarte não cumprir sua
missão como um dos maiores sustentáculos da fé e da esperança de milhões de
pessoas milênios afora.
0 comentários:
Postar um comentário
Comentários sempre serão bem-vindos!
Para assinar sua mensagem, escolha a opção "Comentar como -Nome/URL-" bastando deixar o campo URL vazio caso você não tenha um endereço na internet. Forte abraço!