O SEGREDO É DEIXAR DEUS AGIR
Geraldo Generoso
Sei bem o que, muitas vezes,
temos motivos para duvidar de um milagre. Para tudo há limites impostos pela
própria natureza e estrutura das coisas. A física nos ensina que “Quando aquecido a uma temperatura de cerca de 1 500 graus C, o vidro torna- se totalmente líquido, mas já a partir de 700 graus começa a
amolecer.”
Já para
derreter o alumínio a cerca de 660 graus célsius isto já
ocorre. O ponto de fusão do ouro é 1064 graus célsius e o do
rubi é 2054 graus célsius. Pela lei das
correspondências, cada um de nós é susceptível de fusão a um ponto determinado.
Variam
muito, entre si, a resistência dos materiais, e é uma ciência de reconhecida
utilidade na siderurgia e metalurgia. Artes muito antigas, que acrescentaram
variadas normas com a aplicação de maiores estudos sobre esse tópico.
Desse
enunciado é fácil depreender o quanto às vezes somos temerários em nossos julgamentos
sobre as pessoas. Se formos fanáticos, até poderemos querer maltratar alguém
que nos confesse
que haja perdido a fé.
Nem é
preciso dizer que o mundo, em certos momentos, é uma fornalha a testar a
resistência de cada um de nós. Onde uns fundem primeiro e outros demoram mais
e, ainda outros, entre os muito poucos, conseguem sobrepujar as próprias
chamas, pelos voos da crença e da verdadeira união consciente com Deus.
O que
pretendo aqui registrar, e o faço com base na longa experiência de vida,
própria e alheia, bem como de longos e aprofundados estudos, é que as pessoas
pensam que empregar a fé implica em alguma forma de torcida.
Torcida
é algo totalmente inócuo. Sem nenhum intuito de subestima, se torcida
resolvesse, o Corinthians e o Flamengo, times campeões no número de torcedores,
seriam campeões indefinidamente em todas as chaves de torneios do país e do
mundo.
No
entanto, nem sempre isso ocorre e se vence a peleja, não é por causa de torcida grande
ou pequena, e sim por outros fatores que não me atrevo a enumerar, porque nada
entendo de futebol. Apenas aleatoriamente tomei de empréstimo essa comparação,
por sinal muito clara para ser objeto de qualquer contestação.
Quando
se buscar Deus, a primeira pauta a ser colocada na mente e no coração é aquela
que Jesus destacou de forma clara, sem qualquer sentido parabólico ou metafórico
e nem oculto: “Eu, de mim mesmo, nada posso fazer; é o Pai quem realiza a obra”.
Norman
Vincent Peale, um pastor norte-americano dos mais inspirados, disse no livro O
Poder do Pensamento Positivo o seguinte: “Se a situação está difícil, em que
irá resolver você ficar nervoso por isso? O que vai acontecer é você ficar mais
nervoso ainda.” E podermos acrescentar, cairá num círculo vicioso, de difícil
retorno. Às vezes mesmo de extrema gravidade.
O que
cumpre fazer, pois, é buscar a união consciente com Deus. Deixar um espaço para
a ação divina dentro de seu interior. Ensinava já o Velho Testamento que “Deus está
mais próximo de cada um de nós do que o próprio ar que respiramos ...e de
nossas mãos e pés.”
O mesmo
Jesus Cristo afirmou, com todas as letras e sem qualquer restrição, quando
disse “EU E O PAI SOMOS UM” –quando interpelado pelos fariseus, valendo-se
mesmo das palavras do salmista Davi: ”vós sois deuses”. O que, felizmente, vale
para mim, para você e para todos nós.
Sei que
tudo isto as pessoas dadas ao misticismo, seja ele de que natureza for, sabem
perfeitamente cada linha do que aqui foi expresso. Faço nada mais do que
lembrar a você, que talvez esteja até desapontado com o seu Criador:
O caminho é exatamente o silêncio, para que a
luz de Deus desça na paz da consciência e opere o esperado milagre. Para tal, Deus não é apenas
poderoso.
Mais que sabemos que Ele é TODO PODEROSO. Se assim é, é preciso
deixar que ELE aja, e que sejamos apenas testemunhas da intervenção dos céus.
Não porque mereçamos, mas porque somos parte desse Todo que é Todo Poderoso.
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