CRISTO, NOSSO ETERNO VIGILANTE
Geraldo Generoso
Custo crer haja vos
dado repouso o sepulcro que acolheu Teu corpo ferido. A verter por todos os
poros os pecados desta infeliz humanidade. Nesse interregno, nem os
evangelistas, que em posterior registraram a Tua vida, nos oferecem qualquer
ideia a respeito dessa aparente inércia divina.
Não, Mestre,
em nenhum momento, mesmo na medida de tempo de um piscar de olhos, Te deixaste
em ocupar-se, por conta de Teu amor infinito, com os destinos até mesmo daqueles que o
crucificaram, após Tua imensa agonia no Horto das Oliveiras.
Creio que
mesmo com o corpo encerrado entre a pastagem de vermes e bactérias, mormente a
de uma sepultura, símbolo da irrecorrível finitude humana, ainda assim Tu
vigiavas, entre os em carne e outros já dela emancipados, no fio de ouro de Tua
filiação divina, a jungir ao Criador e mantenedor da eternidade.
Cristo de
Deus, imortal e eterno em Tuas vigílias, creio que nem sequer por um átimo Te
descuras do Teu rebanho, e até de ovelhas que nem são de Teu aprisco. Mestre
Jesus, o Teu poder e o Teu amor não dorme nem toscaneja.
O conforto de Tua presença nos anima
a acreditar sempre no Deus-Pai imortal. Porque somos parte dEle mesmo, em nenhum momento nos servirá de último leito a campa escura
e fria, em que, mais cedo ou mais tarde, cada qual de nós descansará provisoriamente seus ossos
e suas fadigas.
Contigo somos partícipes, desde agora,
da eternidade misteriosa, inexplicável, mas que nos é dada mediante o Amor que
pregaste quando encarnado entre nós, a que Te fizeste Deus-irmão, onde nos
incumbe de vencer a morte, o nosso último inimigo.
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