A Literatura é um campo onde, se houver liberdade de se dizer o que bem quer, ela vai além da própria filosofia. Um autor, quando escreve um romance, por exemplo, ele pode fazer com que as ideias se digladiem entre a tese e a antítese, entre o sim e o não que acaba por oferecer um quadro de tons múltiplos de verdade e conhecimento.
O escritor pode dizer e desdizer. Sua forma de se expressar o faz único e, por esse seu estilo é que insere novos pensamentos. Quase um milagre, num mundo tendente a pensar pouco. Todo o pensamento vem mastigado pela imprensa, pela mídia em geral, que pouco se faz por pensar em alternativas.
Quando, na verdade, não há poucas formas de se pensar e fazer diferente, contudo a preguiça de pensar e o complexo da grande maioria das pessoas em se crer incapaz, faz com que o mundo gire em rotação menos veloz e demore chegar a resultados otimizados em todos os campos das ideias.
Um rico filão da literatura é o Amor. É um tema ilimitado e felizes os que podem ir a fundo em seu exame, sempre mutante como uma bola de mercúrio, mas sempre fascinante para todo o gênero humano.
Lamentavelmente, parece que o sentimento em relação ao amor, e aqui podemos destacar o amor eros, entre um homem e uma mulher, estão derivados para outros atrativos que não os substituem.
Em hipótese alguma, nenhuma sensação supera a atração existente entre duas pessoas de gênero diferente. Aqui não incluo pessoas com opções sexuais diferentes, porque não vivo esse universo. Mas nada substitui o encanto do amor que funde o côncavo e o convexo.
Nem joias caras, nem carros de extremo luxo e preços astronômicos, nem mesmo paisagens ou lugares bonitos. O Amor não tem substituto no coração humano.
É o que penso. Se para algumas pessoas houver sucedâneos que elas julguem complementá-las e inteirá-las em seu sentido corporal, mental e espiritual, não darei meu tempo em desperdício de convencê-las, porque estaremos em território subjetivo e intransferível.
Amar pode, sim, se tornar um vício. Ainda assim não é contraindicado a ninguém, porque é totalmente isento de qualquer efeito colateral.
Obviamente, aqui não incluo os psicopatas, porque esses são mera e desgraçadamente apenas amantes de si mesmos. Aí não vale a tese nem se completa a síntese.
Mas quando amar não mais faz parte da vida de alguém, essa pessoa precisa conferir no interior de si mesma, apalpar a sua alma e perguntar o que fez ou deixou de fazer, a ponto de perder o sentido da própria vida.
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