Segundo nota de página inteira da FOLHA DE S. PAULO,
de hoje, 20 de janeiro de 2014, a erva cannabis pode
representar, no futuro, o que no passado e no presente
representa a penicilina.
O Dr. Lester Grispon, professor emérito da Universidade de Harvard discorre sobre os efeitos medicinais da maconha, e narra sua história de vida de como chegou à conclusões próprias a respeito do uso dessa que, por muitos, é chamada erva maldita.
Ele fala sobre os efeitos desse produto sobre dores de cabeça, depressões leves, anorexia etc. E não há o que opor a uma autoridade do tamanho dele.
No entanto, uma colocação bastante genérica, poderia de certo modo relativizar esses conceitos do Dr. Grispon, de forma não menos convincente.
Visto pelo prisma meramente químico, pode até ser uma tese sustentável. No entanto, a realidade não mostra que seja bem assim.
Haja vista que, dado o costume do exagero, e todo excesso gera uma imperfeição, julgo temerário admitir tantas loas a cannabis, quando tantas pessoas, mormente jovens,
diretamente e, indiretamente suas famílias, o quanto padecem, num verdadeiro inferno existencial.
A bem da verdade, hoje impera o crack que, a rigor, veio da porta que a maconha abriu, para alguns, muito cedo e hoje lamentam a escravidão a que se submetem.
Praticamente condenados, mesmo não tendo matado ou roubado. Segregados nas cracolândias e outras ândias da vida.
A ponto de as autoridades não saberem o que fazer. Se foi um erro proibir, fazendo disso um tabu, hoje, como no caso do Uruguay, pensa que, na permissão até do cultivo e praticamente estatizando a cannabis, julgam que encontrarão solução.
O problema é muito sério. Os índios certamente usavam estimulantes e substâncias psicoativas, mas tinham o contrapeso do viver na Natureza, num mundo sem complexidades como o nosso.
Os homens primitivos, quase sem exceção, conheciam e consumiam vinho, cerveja e outras bebidas alcoólicas, como o cauim dos nossos nativos.
Mas por uma virtude natural, primeiro não cometiam excessos de forma rotineira e, segundo, não buscavam fugir da vida, pois viviam em paz com o seu meio - físico e social.
Enfim, acho que só a educação não resolve esta parada. É preciso espiritualidade. Em recente livro que acabo de ler, de Guilherme Franco Nóbrega, por via de suas pesquisas sustenta que, todas essas fugas, por incrível que pareça, são de mote espiritual e místico.
E diz mais: um dependente recuperado - tal qual o filho pródigo da parábola - encontra uma felicidade, amalgamada pela dor, que o comum das pessoas jamais obteria naturalmente.
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