Ultimamente optei por transcrever algumas
dicas e considerações sobre literatura que
julgo de proveito àqueles e àquelas que, como
eu, são amantes dos livros, esses
companheiros que nunca nos abandonam.
Pincei este texto do Clube dos Autores.
Visite você também www.agbook.com.br
É comum o mercado inteiro considerar um livro como uma espécie de ponto final de uma jornada de conhecimento. E isso até pode ser (parcialmente) verdade sob a ótica de um autor – mas e do leitor?
Imagine, por exemplo, um livro como Mulheres de Saramago, publicado recentemente aqui no Clube. É óbvio que o livro em si já traz toda a sua própria narrativa e os pensamentos do autor – mas, para o leitor, ele pode ser um ponto de partida para uma jornada ainda mais ampla.
A partir desse livro, ele pode se interessar por outras obras, algumas do próprio mestre Saramago. Pode acessar artigos sobre Memorial do Convento ou Ensaio sobre a Cegueira; pode querer ver o filme feito sobre o último; ver entrevistas no Youtube envolvendo Saramago e estudiosos sobre ele; e assim por diante.
Para um leitor interessado, todo livro funciona como uma semente para uma nova árvore de conhecimento, com raízes e galhos imensos que podem se desdobrar até o infinito.
Nós, aqui no Clube, acreditamos que o futuro do livro seja precisamente isso. Nada de debates infrutíferos sobre ebooks substituindo impressos ou impressos continuando a dominar: sendo franco, discutir a forma da literatura nos parece uma perda de tempo considerando as tantas transformações pelas quais a literatura como um todo está passando.
O mais importante é algum formato que some, de maneira explícita, essa árvore de conhecimento que nasce a partir de cada livro. Algo que seja impresso e eletrônico, físico e digital, em texto e em vídeo. Tudo ao mesmo tempo, mas tendo um único ponto de início: uma história contada por alguém.
Ainda teremos muito a falar sobre esse tema nos próximos dias mas, desde já, queríamos a opinião de todos os autores.
O que você acha especificamente sobre isso tudo?
|
LIVROS SÃO SEMENTES
REVISÃO DE TEXTO DE CLAUDIA SARTI
Abro mais esta exceção para aqui transpor um trabalho sobre o poema de CLAUDIA SARTI. Ela é uma escritora que, se realmente mantiver o tempo e a paciência requeridos para o sacerdócio da literatura, pode vir a se tornar uma escritora conhecida. Ela é bem original na escolha dos temas e no emprego dos termos.
Geraldo Generoso -
Quando
Pichei seu Túmulo
(O correto é PICHAR. Eis
alguns exemplos de construção onde esse verbo incide:
verbo
transitivo direto
1 aplicar ou colocar piche em
Ex.: pichou o piso para criar uma camada impermeabilizante
transitivo direto
2 escrever, rabiscar (dizeres de qualquer
espécie) em muros, paredes, fachadas de edifícios etc.
Ex.: pichou o nome da gangue na parede da igreja
transitivo direto
2.1 escrever ou rabiscar dizeres políticos em
Ex.: candidatos sem consciência costumam p. os muros
transitivo direto e
intransitivo
3 Uso: informal.
falar mal de; maldizer
Exs.: a crítica pichou muito o filme do rapaz
gostava muito de p.
Repintaram, em prateado de mau gosto; sumiram com o meu grito
desesperado de socorro e saudade. Como testemunhas, bons e maus fantasmas, e os
personagens do Furlanetto. Nada
para mim disseram. Simplesmente apagaram. Tudo bem, foi melhor se calarem, e
melhor que não ouvi qualquer comentário que denotasse falta de conhecimento de
causa. E ali ninguém o tinha.
Ninguém ali perdeu seu parceiro, pelo menos ninguém tão jovem
quanto eu havia perdido. Ninguém entregara a terra o corpo do seu amor, tão
moço, tão pai, tão forte.
Ninguém ali teve a vida sustentada por um anjo, anjo moreno que
lentamente crescia dentro de mim.
No cemitério era comum essa cor prateada a ofuscar a vista. Burrice de uma cidade
onde a incidência de luz maior do país, quando não cativa pelos tons variados e
maravilhosos que tingem o céu e a Serra da Mantiqueira, agride os olhos já
maltratados, de quem não consegue livrar-se de uma terrível enxaqueca.
Pichei seu túmulo com o mesmo sentimento que lhe cobri o caixão
de terra, tomando em minhas mãos a enxada do coveiro corcunda, que ousava lhe
entregar à mãe no meu lugar.
Pichei, como quando quis beber teu sangue já duro, para
continuar em nosso amálgama profundo, sem nunca tê-lo permitido acabar.
Pichei, como quando avidamente subi nossa conhecida montanha, no
primeiro amanhecer em que você já não estava conosco, para te procurar entre as
nuvens daquele alvorecer cinzento.
Pichei, como quando trocava as fraldas de nossas meninas, e me alegrava com seus sorrisos
que muito lembraram os teus, e pondo-me a funcionar ao menor sinal da
necessidade de minha presença materna, e agora, paterna também.
Pichei o teu túmulo, no desejo
absurdo, de te fazer entender que
precisavas voltar...
Pichei teu túmulo, pra que São João da Boa Vista, e toda a gente
soubesse da minha síndrome de Julieta e
fosse menos dura comigo.
Pichei teu túmulo, pra que todos vissem que era de amor que eu sofria, e que a solidão em que
a cidade me inseria era por demais cruel.
Pichei o teu túmulo
porque não queria mais ser só. Porque queria o teu abraço, teu colo... Queria que me jogasse para
cima e me pegasse no ar. Desejava intensamente que tu, como antes, me puxásseis para os
galhos mais altos, os
quais eu não pudesse alcançar.
Pichei porque pichei. Sei lá porque pichei. Já que isso não
passou de um grito surdo que só eu mesma escutei.
Paródia em Homenagem a IPAUSSU “Moreninha Linda”
Moreninha linda -
https://www.youtube.com/watch?v=xympK9jzbTc
Intérpretes : Tonico e Tinoco
Compositores: TONICO / PRIMINHO /MANINHO
Versão: Geraldo Generoso
Foto Ilustrativa Dr IDRIS FARES
Olhando pra qualquer lado
Sempre há flor que vem e vai,
Ipaussu,, com suas belezas
A qualquer turista atrai,
Nesta terra de bonança
Sempre a esperança é demais.
Flor do Vale linda, Do meu bem-querer
É grande a saudade longe de você.
Aqui há flor e passarinho
Que canta no amanhecer,
Cidade de lindas festas
Pra nunca mais esquecer,
E todos que viram esta
Cidade querem a rever.
Flor do Vale linda, Do meu bem-querer
É grande a saudade longe de você.
Ipaussu tépido ninho
Do mais belo entardecer,
Há no lago uma beleza
Que em nenhum lugar se vê,
Refletindo a Natureza
A quem sabe proteger.
Flor do Vale linda, Do meu bem-querer
É grande a saudade longe de você.
LOUCURA E CARINHO
A rigor, um blog se destina a ser um repositório de confissões e desabafos pessoais. Ou, pelo menos, entende-se como válidas as descrições e narrativas com alto teor de subjetividade. No entanto, nesta oportunidade, abro um parênteses para acolher aqui nos meus Alfarrábios um texto interessante e profundo de uma pessoa muito especial como escritora, e que por deferência especial me chama de "Professor": Refiro-me ao texto LOUCURA, de Claudia Sarti. Ei-lo. Podem aplaudir e compartilhar.
Loucura
Crônica de Claudia Sarti
Da
primeira vez eu estava longe, apenas soube como foi, as cartas repetitivas,
religiosas, apelativas, recheadas de chantagens emocionais.
Eu não vi dessa
vez, mas foi duro, quando cheguei , já estava presa. De tranças, eram duas, caídas uma de cada
lado do pescoço, não muito longas, meio durinhas. Os cabelos ainda não
totalmente grisalhos, só de começo.
Um portão pequeno se abriu e ela me viu,
riu e chorou ao mesmo tempo, estava mais magra, disse: É
minha filha! Pensei que fosse minha mãe!
Convidou-me
a entrar, como se eu a estivesse visitando-a em sua própria casa... Como se há
tempos não morássemos juntas.Ofereceu
o que havia, água e mamão. Eu não quis, e trêmula esbarrando a colher nas
bochechas, conseguiu enfiar uma colherada da fruta na boca.
Ainda sinto o
cheiro. Foi doce vê-la rindo, foi triste vê-la ali, no meio da cidade dos
lamentos. Misturada nos remédios, impregnada é o termo na linguagem científica.
Certo
dia depois da visita houve uma história. Por um desentendido com uma colega
acometida com o mesmo mal, havia mudado dequarto.
Diz ter sido sorte, na
verdade um verdadeiro milagre. A fumante trancara a porta por dentro e ateou
fogo ao colchão, só sobraram cinzas, o pequeno e desfigurado corpo foi visto
pelas outras sendo
tirado do quarto ainda quente e cheirando fumaça.
Teve
sorte, Agradecia emocionada olhando para o céu não estar no
quarto que pegara
fogo, pois a mantinham amarrada,
nã conseguiria fugir.
__
Obrigada senhor, obrigada senhor!
Outras
e outras vezes mais. Aventuras deprimentes... Desventuras
Certa
vez ficou amarrada três dias.
A corda passava nas axilas, só falava loucuras,
ninguém a ouvia,
muito menos aquelas enfermeiras militarescas e mal-educadas
ouviriam, deixaram-na lá, minguando, chorando, implorando a
Jesus, ao bom senso
que há muito à abandonara e que os presentes
esqueceram de trazer para o
trabalho.
Quanto mais forçava, mais os nós se fechavam.
O sangue pisou, as
cordas entraram na carne e ali ficaram enterradas. Três dias, três longos dias.
São grossas as cicatrizes, e ela parece guardar orgulho de ter aguentado.
Existem
coisas que não possuem medida na tristeza.
Mas,
por mais incrível que pareça houve às vezes engraçadas. É teve sim, subiu no
telhado do sobrado da casa da Rua Pitangueiras, em São Paulo no bairro
Mirandópolis.
Falava com o sol e com ele brindava o nascer do dia, foi lá para
cima, limpar o telhado do sobrado comprido, imagina só, varrer o
telhado, que
loucura...de lá de cima viu o sujeito estacionar um
corcel marrom, antigo.
_ Nossa! Indignada gritou, que sujeira! Alem
de estacionar em
frente a minha
casa, em frente a minha garagem, vem
com esse
carro imundo?! Ah não, exclamava aos berros, e desceu, munida
de
panos, baldes e sabões. Lavou todo o carro, até por dentro
porque o infeliz, ou
feliz, havia deixado a porta aberta, lembro dele
chegando:
__
O que é isso aqui? E é lógico que teve muuuuitas explicações e
quase que os
argumentos não acabavam.
Os tapetes do carro na calçada, não houve saída, só restou a ele
esperar a minuciosa limpeza do seu carro.
Outra
vez, depois de cinco dias sem comer, sem beber e quase sem
piscar, o coma. E
outra dançando na chuva, carregando o piano,
trepando na geladeira. É assim, é
loucura, e por vezes me pego
amando-a.
HOMENAGEM A UM AVÔ ESPECIAL
A ÚLTIMA VEZ
Ge Generoso
Sempre afeito aos brinquedos
Com os quais me presenteava;
Em horas de folguedos,
Espancava os meus medos,
Sumia e regressava.
Escondia uma vez,
Dali a pouco aparecia.
Era a minha alegria
Sempre com rapidez
Ridente ressurgia..
.
Por condicionamento,
Supus sempre assim fosse:
A volta no assobio
Daquela sombra doce..
Num dia inesperado
Eu o perdi de vista.
Não sei para que lado
Partiu sem deixar pistas...
Foi de olhos fechados
Buscar outros artistas...
Homenagem ao avô Manuel
Fontes (1904- 1968)
UM POEMA DE CLAUDINHA GARROCINI
É este um Poema Concreto da sobrinha CLAUDIA GARROCINO, e que tem corrido por este mundo à fora. De fato, ela traz poesia não só nas mãos, mas no coração e no espírito. Está badalando na Itália e quando voltar trará mais poesias para nós.
Abraço a todos.
Abraço a todos.
CRÍTICA E REVISÃO LITERÁRIA
AMIGOS DESTE BLOG,
Tenho me ocupado em revisar autores dos mais distantes rincóes do Brasil. Abaixo registro o meu método de trabalho, com os comentários que julgo mister.
Ge.Generoso
SINFONIA DE VOCÊ
(Roberto,
altura mais ou menos da pág. 22)
Sei que foi tão
lamentável
E até incompreensível
Quando esse
sentimento
Dominou meu infinito:
Eis que já não tem
mais jeito,
Mesmo que a música
não toque,
Eu acordo em seus
acordes
Deliciando-me numa
sinfonia
Que tua existência
executa
Dentro da minha
alma...
E sou profanado por
sua melodia.
E meu universo toca
em você.
E, me inebrio nas
tuas canções,
Mesmo sem qualquer
melodia no ar.
[ Beto, este poema pode ser retrabalhado. Com todo respeito a seu direito autoral, e
sem invadir a sua autenticidade, eu gostaria de ver esse poemeto, com o mesmo
sentido que você quis oferecer, e ofereceu, sem prejuízo do conteúdo. Que,
aliás, achei muito bom. Bem pessoal seu, mas no meu entender ficaria mais
adequado (em termos técnicos) reescrito assim.
O emprego dessa expressão “PROFANADO POR SUA MELODIA”, empresta um
sentido riquíssimo. Tanto assim que apanhei bastante aqui para deixar essa
expressão em realce. As alterações que
sugeri (mera sugestão) também se prende a evitar o uso de muitos adjetivos. O
mínimo possível. E na verdade, você, nos primeiros 3 versos abusou um pouco do
emprego dessa categoria gramatical.
Segundo Evgeny Rein “Se você quer que seu poema realmente funcione, evite o uso
de adjetivos. Reduza-os ao mínimo. Mas você deve enchê-lo de substantivos e até
mesmo os verbos devem sofrer restrições. Se você lança sobre o poema um véu
mágico que remove adjetivos e verbos, ao retirá-los do papel ele deve estar
‘escuro’ de tantos substantivos.”
Grita em mim um lamento,
{para tirar a palavra LAMENTÁVEL, que é adjetivo}
Que por mais que tento
Não me é dado
compreender {para eliminar o adjetivo
incompreensível }
Quando esse sentimento
Arrebata-me o infinito.
Eis que não há mais
jeito:
Mesmo que a música não
toque
Eu acordo com seus
acordes
Na sinfonia em que me deleito
Que de tua essência explode
Aqui dentro do meu peito.
Meu universo a ti se
vai juntar
E me inebrio nas tuas
canções
A orquestrar-me a noite
e o dia
Mesmo quando longe
nossos corações,
Eu sou profanado por tua
melodia.
RITUAL DO TEMPO
Não dispare em mim
Os dardos da emoção,
Que você não deseja
ver
Penetrando em sua
alma.
Não morra antes do
tempo.
Ainda é cedo pra
vaidade.
Não morra antes da
sua hora,
Porque nem sempre o
tempo
Está pronto e
programado
Para receber esse
banquete
Do ritual da nossa
morte.
[Veja aí,
Beto. Um bom poema. Você não abusou de adjetivos e deu um fecho bem à altura.
Você obedeceu de modo correto a hierarquia do discurso, onde o eixo é NÃO MORRA
ANTES DA HORA. ]
DA SOLIDÃO
Amar é um ato
solitário, às vezes
Mas a solidão pode
ser também
Um ato sublime de
gratidão da vida
Para mentes e
sentimentos errantes
Quando o mundo lá
fora
Desmente a mentira
Que somos cada um de nós
Quando
vivemos uma companhia.
[ Um poema
bem urdido. Só tenho a observar, como regra, que o emprego do verbo SER poderia
ser menor, já que os verbos: ser, ter, estar são muito comuns. Mas você dá um
voluteio muito bom, confronta ideias opostas e o fez com maestria. ]
CONTRAMÃO
Eu te quero, é isto,
Senão for dividido em
duas partes
Um pedaço somente do
teu eu em mim
Você tem duas pernas,
duas narinas,
Dois ouvidos, mas
apenas uma boca:
É hora da decisão!
Não deixe este
sentimento na contramão.
[ Matou no
ninho. Esse é um poema muito seu, ao seu estilo e você foi feliz. Grande
espírito de síntese você tem. É um poeta para este tempo, em que os poemas
extensos estão condenados às traças.]
QUAL O TAMANHO DESTE AMOR?
ACORDES DE UM AMOR ETERNO.
Se eu soubesse onde Deus esconde
os dias e as noites, que aos poucos dispõe um a um no tempo que marca as vidas humanas,
iria buscar muitos mais – dias e noites – para que uma pessoa pudesse deles
dispor, com saúde e alegria pelo tempo eterno.
|
Mas eu não sei
onde está essa dádiva que o Criador distribuiu aos poucos, em meio à Terra, com
tantas vidas humanas. Onde ele guarda as noites estreladas e as auroras
estalando de luz?
Eu evocaria o
Deus de Abraão, Isac e Jacó. O Deus dos
próprios ateus, duvidosos de Sua existência, para me alçar a essa
dádiva.
Com esse dispor da luz dos dias e do clarão de luar das noites para acrescentar à existência de uma pessoa que, ainda que de ânimo cansado, e com perdão de meu egoísmo, sempre ficasse ao meu lado enquanto eu houver na Terra.
Com esse dispor da luz dos dias e do clarão de luar das noites para acrescentar à existência de uma pessoa que, ainda que de ânimo cansado, e com perdão de meu egoísmo, sempre ficasse ao meu lado enquanto eu houver na Terra.
Talvez possa
soar pretensioso de minha parte ir bater às portas do armazém da eternidade
para pedir por mais dias à figura materna que me trouxe ao mundo.
Mas, ainda que
eu não encontre esse depósito infinito de dias de todos os matizes, ciente
estou de que só não vê a Deus quem não o desejar.
Ou então aquele que na suprema desdita foi incapaz de contemplar o AMOR DE DEUS que só vem ao mundo na pessoa da mãe que o encarna e o traz à luz de todos os olhos.
Ou então aquele que na suprema desdita foi incapaz de contemplar o AMOR DE DEUS que só vem ao mundo na pessoa da mãe que o encarna e o traz à luz de todos os olhos.
Assim é que,
na impossibilidade de acumular na concha dos dedos os dias futuros, peço a
Deus, que se faz o mais evidente possível no formato de um coração de mãe, que
nos abençoe com Sua luz e Sua misericórdia.
Assim extensivos a todas as mães, que é daí que o verdadeiro amor se irradia eternamente para cada pessoa humana da face da Terra.
O Amor de mãe é a indisfarçável presença do amor do próprio Deus. Ou alguém terá um exemplo maior e mais evidente para nos apresentar, desde a criação do mundo?
Assim extensivos a todas as mães, que é daí que o verdadeiro amor se irradia eternamente para cada pessoa humana da face da Terra.
O Amor de mãe é a indisfarçável presença do amor do próprio Deus. Ou alguém terá um exemplo maior e mais evidente para nos apresentar, desde a criação do mundo?
VOCÊ ESTÁ TRISTE?
A VOCÊ QUE ESTÁ TRISTE
Quem fez a lágrima
Que é o salga o rosto ?
Não foi a mágoa
Nem o desgosto.
Esta água que desce
De quase todos os olhos
E à própria alma umedece,
Quem a fez foi Deus.
Assim o homem como a mulher
Ao mundo não vieram
só para chorar!
Uma lágrima caída,
Ou muitas, dentro da vida,
Pode ser para regar
Uma ilusão querida.
Tudo se vai com uma lágrima
Que cai de cada face,
E é na fonte da própria tristeza
Que se faz a ponte
Para a própria beleza.
Se Deus fez o pranto
Como um produto para o desabafo
De mágoas fundas ou passageiras,
Sabemos que, passageiras,
Assim se fazem todas as águas
Porque somente nós somos infinitos,
E transitórias são todas as mágoas.
Ge Generoso
Quem fez a lágrima
Que é o salga o rosto ?
Não foi a mágoa
Nem o desgosto.
Esta água que desce
De quase todos os olhos
E à própria alma umedece,
Quem a fez foi Deus.
Assim o homem como a mulher
Ao mundo não vieram
só para chorar!
Uma lágrima caída,
Ou muitas, dentro da vida,
Pode ser para regar
Uma ilusão querida.
Tudo se vai com uma lágrima
Que cai de cada face,
E é na fonte da própria tristeza
Que se faz a ponte
Para a própria beleza.
Se Deus fez o pranto
Como um produto para o desabafo
De mágoas fundas ou passageiras,
Sabemos que, passageiras,
Assim se fazem todas as águas
Porque somente nós somos infinitos,
E transitórias são todas as mágoas.
ÍMPETO DE MATAR A TODOS
DESEJO PRINCIPAL DO SUICIDA ?
Não tenho de pronto o registro exato do número de suicídios no Brasil, mas é um assunto que deveria ocupar mais a atenção das autoridades, médicas, psicológicas e políticas em geral, pois já atinge cifras inéditas em volume de ocorrências.
Em atenção ao título, à guisa de mera análise, na verdade a pessoa que tenciona suicidar-se, ela tem embutida um instinto para matar a todas as pessoas com ela direta ou indiretamente envolvidas.
A rigor, a consumação do ato entende-se mesmo por esse resultado, pois morrendo ela "mata" praticamente o resto da humanidade. Até se diz no N/A: o suicídio é o cúmulo da birra.
A teoria Espírita, ao ocupar-se desse tema - e é uma das que mais de perto ferem esse assunto - são de opinião que a alma do suicida se sujeita, no plano astral, a todos os sofrimentos que pensa evitar com seu gesto extremo.
É uma questão delicada. Infelizmente tão melindrosa, que pouco se divulga sobre as causas de alguém entrar nas sombras desse recurso extremo.
Mais e mais ações são necessárias, a começar da família. E não somente nos adolescentes, porque quando o indivíduo chega à adolescência ele já está com uma bagagem problemática, com uma bomba armada no espírito, pronta a desencadear-se numa atitude sem volta.
Mais uma vez, em prejuízo da originalidade, nunca é demais repetir que a família e a escola levem em conta essa probabilidade, pois uma vez consumada essa loucura não há nenhum meio de retroagir e remediar.
MÃO DE DIREÇÃO (Poema)
As tuas mãos
são
asas
que me fazem
voar
Ao paraíso.
Unidos
nossos
dedos
com ou sem alianças
vamos furando céus
para beber
o mel das estrelas.
RESPEITO E AMOR AOS SERES HUMANOS
RESPEITEMOS OS VALORES
HUMANOS
Geraldo Generoso
Infelizmente, o mundo
atual encontra-se cada vez mais laico, para não dizer quase alheado por
completo da espiritualidade que melhor serviria aos interesses mesmos das
próprias nações. Necessariamente, não seria dizer que os Estados fossem
influenciados ou, pior ainda, influenciassem as religiões. Aliás, nem mesmo
seria o cso de usar o termo religião, no sentido de se ater a uma denominação
específica.
Em que
pesem fatores como a modernidade hipnotizada pelo consumismo,
alimentadora do capitalismo tão ateu quanto o comunismo, ainda assim se percebe
que as palavras de Cristo, de um modo quase imperceptível num primeiro olhar,
prevalece com muita força sobre o mundo.
Claro que ainda falta muito, mas os
regimes arbitrários e autoritários, em todo o planeta, estão sendo questionados
e postos à prova. Malgrado às vezes ao preço de lágrimas de sangue, ainda assim
os valores humanos são – bem ou mal, mas progressivamente reconhecidos.
E tudo isto não obedece a uma lógica, a
uma explicação que sugira vantagens no custo-benefício de medidas de governo
que são tomadas aqui e ali. De impérios que roem praticamente do dia para a
noite, sinalizando uma nova alvorada. Como agora se viu na própria China, onde
o autoritarismo (grande ainda) vai a afrouxar-se com maiores liberdades.
O mesmo se diga de Cuba, onde o comunismo
já estertora em meio à sua sandice de criar um estado-deus para os seus
habitantes. Igualmente, no mundo inteiro, a pena de morte já não é tida como
receita infalível para melhoria e higienização da sociedade.
Poderia citar vários outros países, onde
se pode dizer que o mundo encontra-se em evolução e, o mais interessante, sob
os preceitos cristãos, ainda que, a bem da verdade, falta muito, e
especialmente para um país cristão como o Brasil ser tão cristão quanto o é o
Japão, em termos de vida da população.
Todavia, é notório que o mundo não é o
mesmo, e muda de uma hora para a outra, quando irrompe aqui e ali aqueles
fazedores de um novo tempo, que são os grandes pensadores e homens e mulheres
de ação por uma vida mais digna.
É que o ser humano, por mais degradado que
se faça na pessoa de um indivíduo, ele não é mero fruto do acaso, ou do
acidente eventual entre um espermatozoide e um óvulo. É uma criatura, que só
pode ter resultado de um Criador, que é Deus. Por isso, só por isso, a gente
pode, sim, crer que o mundo alcance um percentual de condição de vida bem
melhor para os seus moradores. Óbvio que há medidas urgentes a se tomar em
vários setores de governo em cada país, mas tudo isso, no seu devido tempo será
providenciado, porque por mais que se propague que tudo está perdido, Deus
prossegue tecendo após cada noite escura uma alvorada radiante.
LUZ OCULTA
LUZ OCULTA
G.Generoso
Os obstáculos se sucedem num crescendo
Que me parece impossível
Superá-los com as minhas próprias mãos !
Corro ao Teu encontro
E esta corrida me parece vã,
Mas me sobrerresta
Em minha fé anã
Uma réstea de luz
Com a qual sempre conto.
Só resta Te esperar
Na vigília amanhecida,
Tecida
Na esperança insone do luar
Em encontrar
Para o meu coração
A Tua mão estendida
Em Tua suprema proteção!
Deixo-me ir, enfim,
Ao fim que ignoro por completo:
- De onde virá esta paz que me invade?
De onde me vem esta força
Com sabor de eternidade ?
De onde vem esta luz
Para os meus olhos apagados?
Vem de Teu santuário,
Vem assim tão mansamente,
Oculta entre as sombras do meu rosto
A iluminar-me inteiramente,
Que não sei como explicar
Como posso
Apesar desta pesada cruz às costas
Ter forças para erguer-me ao Teu céu infinito.
PRISIONEIRO
PRESO NO TEU LAÇO
Que me liberta
Do jugo
De não ter um norte
Eu te vejo
Como uma luz
Que me cega
Para esta vida
Com um afago
Que me faz ver
Até o fim
Você
Cá dentro em mim.
VIDA DE POETA
VIDA DE POETA
G.Generoso
É tecer com fios de pensamentos,
com teias de sentimentos
o amor maior de viver só
ou com alguém
mas sempre bem
e com beleza.
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