Num mundo onde bilhões de pessoas
vivem abaixo da linha de pobreza, e
800 milhões padecem de fome,
todas as propostas políticas, até o momento
sempre as mesmas, se revelam
inócuas ante tantas mazelas
que assolam a humanidade.
Diariamente leio os jornais, recorro à Internet em busca de compreender a situação da humanidade. Primeiro, procuro saber sobre as coisas do Brasil, em que meu compromisso é mais direto, mesmo sabendo da minha impotência em melhorar, ainda que um pouco, a situação dos meus mais próximos.
Igualmente nos telejornais, em forma de passatempo, podemos ver economistas a desfiar um rosário de propostas, mesmo até em se tratando de alguns que, quando ministros da Fazenda, resultaram em rotundos fracassos.
Cansa-nos ouvir tantas balelas, de políticos - também sempre os mesmos -, a martelar as gastas teclas sobre o que irão fazer ou deixar de fazê-lo. Mais provável, que deixem realmente de fazer qualquer coisa.
Todavia, o objetivo deste não é falar mal dos políticos. Há gente demais falando mal, às vezes até sem justa causa.
Mas ao que parece, há medidas que se nos aparentam milagrosas, como por exemplo a ênfase colocada na EDUCAÇÃO. Ainda que por um milagre conseguíssemos educar a todos os cidadãos em médio prazo, mesmo assim a questão resulta mais complexa do que parece.
Temos por bem claro que a tecnologia hoje exige a educação de forma imprescindível, mas essa é só uma parte, que se resume em conhecimentos e habilidades.
O que é preciso, de fato, é melhorar o povo. Ou mais exatamente os indivíduos. Podemos dizer sem receio de que gente educada nem sempre são boas pessoas.
Há muitos corruptos, por sinal locupletos de diplomas, que causam grandes males à sociedade e ao País.
No entanto, conheci, na rusticidade do meu meio rural, pessoas , analfabetas de pai e mãe e, ainda assim, se revelavam educadas, disciplinadas, bem ordenadas mentalmente e capazes de entender o básico da boa vivência em sociedade.
O que falta, realmente, é um aprimoramento espiritual, sem o quê não há como se esperar melhorias na condição humana. O difícil de tudo é o que ser humano não é uma mera máquina que sua, urina, defeca e meramente se reproduz.
Ele dispõe de uma contraparte espiritual que precisa ser, não direi trabalhada, mas reconhecida. Nada de lavagem cerebral, mas que os instrutores competentes ( e como fazem falta) possam promover-lhes à sintonia com a Invisibilidade de onde tudo provém.
Sejam eles padres, pastores, rabinos, orientadores de centros espíritas, místicos em geral. Afinal, nesse meio, onde se congregam fiéis, são bem menos verificados os deslizes de praxe da sociedade laica.
Mas não sobra espaço na mídia para se falar que as soluções podem vir da espiritualidade maior, se as pessoas forem adequadamente motivadas e preparadas para uma vida melhor.
Eu até acho que não custaria tentar. Com a certeza de que as muitas filosofias não resolverão. Se tivessem que resolver, já o teriam feito.
A ninguém é proibido tentar a procura de um líder espiritual. Ou de um grupo religioso. É como homeopatia. Não há contraindicação de qualquer natureza.
Excetuando os fanáticos, que por si mesmos acabam por trilhar um caminho solitário, há muitos instrutores capazes de direcionar grandes multidões.
E individualmente a cada pessoa, com extensão para as famílias, para conquistas muito maiores. Para um mundo mais justo e uma humanidade mais feliz. Ou, pelo menos, não tão infeliz quanto se nos dá a conhecer.