Alfarrábios do Generoso: POESIA DO PÓ QUE SEREI
Alfarrábios do Generoso: POESIA DO PÓ QUE SEREI: Em que pó me tornarei? Geraldo Generoso Mais um ano se vai, já se anuncia Um Ano Novo que também se irá No tempo se esvair a cada...
POESIA DO PÓ QUE SEREI
Em que pó me tornarei?
Geraldo Generoso
Mais um ano se vai, já
se anuncia
Um Ano Novo que também
se irá
No tempo se esvair a
cada dia
E também dele nada
restará.
Na realidade a vida se
esvazia
No tempo que ela a viver
nos dá;
De braços dados, dores
e alegria,
Certo mesmo é que tudo
passará.
Em letra crua o Velho
Testamento
Nos adverte, sem
constrangimento:
Do pó vieste em pó
serás tornado.
Todavia em meu caso é
diferente:
Por Você não serei tão
pó somente,
Serei um eterno Pó
Enamorado.
31.12.2018 -
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TEMPO DE BOAS FESTAS
ANO VELHO, ANO NOVO
Geraldo Generoso *
O
ano de 2018 aos poucos se estremece no
cansaço de tantas manhãs e tardes para
dar lugar ao sequente 2019. É a
continuidade misteriosa, sempre mágica, mesmo quando trágica ou cômica, da
vida inserida em bilhões de pessoas por sobre a face do nosso pequeno planeta.
Ao
volvermos um olhar, saudoso ou de alívio, no calendário percorrido, se algo
perdemos pelo caminho de nossos dias e nossas noites, muito ganhamos por essa
porção de tempo que nos foi dada.
Se não atingimos os louros da vitória
almejada, perdura-nos na alma o gosto –
doce ou amargo – da mágica de ter vivido.
Quem
disse que “Viver não é preciso”, destacando como mais importante o “navegar”?
Mas como navegar, se não existir vida,
com sua mão às vezes rude, mas sempre materna; às vezes áspera, mas sempre
fecunda; às vezes severa, mas sempre zelosa.
Sou grato pelas dores que me
visitaram. Ainda que por elas tenha chorado, por dentro ou por fora. Porque
sempre, ainda que tênue, na escuridão de certas noites, lá estava a esperança, de dedos entrelaçados com a fé, presente no amor do mais fundo do coração.
Chegará
o Natal, com seu espírito de ternura e
amor, numa festa de sinos e luzes, onde espero poder abraçar e ser abraçado por tantas pessoas
queridas.
E este Natal de 2018, em Ipaussu, traz não só luzes artificiais, mas a luz de tamtps pçjps qie se extasiam ante o Natal das Luzes.
Parabéns, na pessoa do casal, Serginho Guidio e Aninha Cândido, digno prefeito e operosa Primeira Dama, um abraço caloroso por tanta beleza plantada em nossos pontos turísticos: a Praça e o Lago Felipe Macarios.
Também
abracei, movido pelo espírito natalino,
o aparente vazio da presença física dos meus entes queridos que partiram antes de mim, mas
cuja presença amorosa pude sentir muito de perto.
O Menino Deus trouxe-me o
costumeiro e sempre renovado clarão de
alegria de muitos 25s de dezembro.
Ensinou-me, como sempre, na Sua
humildade, acolhido numa manjedoura de Belém, que não importam para o espírito
a suntuosidade dos lugares e as posições do mundo, as vaidades efêmeras dos
presentes caros, os anúncios tentadores como suportes de um consumismo
supérfluo.
Ao Ano Velho
não estendo um adeus como se estende a alguém que se poderia dizer “já vai
tarde”. Não! Valeram as rosas – pela beleza e o perfume, tanto quanto
foram válidos os espinhos colhidos no transcurso deste ano da graça de
2018, para nos sentirmos vivos e despertos.
O Ano Novo se
anuncia. Merece, sim, uma festa porque o coração está em casa..
São novas
experiências no aguardo para serem
vivenciadas, com surpresas que dão o sal
e o açúcar ao existir de cada um de nós.
Seguiremos por
esse caminho, renovados em aprendizados dos quais nem sempre nos damos conta,
ao correr do ano que deixamos atrás.
O mínimo que podemos esperar em nosso íntimo
é que tenhamos melhorado, aprendido,
entendido que todas as dores são passageiras, tanto quanto as alegrias.
Portanto, se
acometidos por eventuais contratempos, mantenhamos sempre a certeza absoluta de
que tudo é transitório, enquanto não ingressamos na eternidade do espírito.
Nos momentos
de elevação, amor, sucesso, glória e conquistas, moderemos o passo afoito de
nossa euforia. Degustemos com o máximo dos nossos sentidos as alegrias que apareçam em nossa
trajetória. Pois elas, também, inexoravelmente
passarão.
Feliz 2019 a todos.
Que ele envelheça com as mesmas propriedades do vinho, com tanto mais
sabor quanto mais os seus dias transcorrerem.
Dezembro de 2018, 17, 2.a feira.
Alfarrábios do Generoso: ENFIM É NATAL.
Alfarrábios do Generoso: ENFIM É NATAL.: ENFIM, É NATAL ! Geraldo Generoso Natal das luzes - Praça Dr Raphael de Sousa - Ipaussu -...
ENFIM É NATAL.
ENFIM,
É NATAL !
O mês de dezembro já se anuncia. Disse
alguém que dezembro o Natal dura o mês inteiro.
Luzes ocultas se irrompem das sombras das rotinas diárias do ano que se
finda. Inevitavelmente, somos levados a promover um balanço da própria vida, do
ano que se conclui e, como pico de exaltação de cada momento de 2018 vem todo
um ritual de Missa do Galo, Santa Ceia, Troca de presentes, votos de Boas
Festas. Não há como negar que é um renascer coletivo, ao qual cada pessoa se
sintoniza num clima forçosamente iluminado, inspirador, com sensação de
renascimento e ressurreição.
De festa magna da Cristandade, o Natal
contagia até os mais céticos, os mais desanimados, de forma positiva. Mexe com
a própria paisagem, com árvores nascidas mais de nosso alma do que de meras
sementes da terra.
Há uma movimentação incontida que a
todos abrange a partir do íntimo. Principalmente no Brasil ensolarado, no verão
em ´pique, o sol se expõe mais iluminado e reflete no coração até dos
incrédulos.
Tudo se movimenta. É tempo de
pacificação e festa de reconciliações a acontecer de forma milagrosa. Sou do
tempo em que me valia a espera edo ano todo, quando na Fazenda Santa Rosa eu
vivia na casa grande de meus avós, as visitas se acumulavam. Tios que vinham de
longe, primos alegres, mesa farta, e até os meus bisavós – Julião e Maria Peres
permaneciam conosco. Quantas rememorações. Quanta fraternidade. Quanta saudade,
enfim.
Apesar da casa da administração da
fazenda não ser pequena, tantos eram os parentes, de todas as idades, que se
estendiam colchões sobre o assoalho do casarão, não sem antes desfrutar da
farta ceia, recheada das melhores lembranças, só com recordações felizes e
cheias de suave emoção.
Há quem diga, com espírito menos
poético, que a época natalina infla-se de um espírito indutor do consumismo,
hoje de fato em alta conta. Mas, meu Deus ! essa época é de fato propícia por
si mesma a nos engajar no intuito de presentear, de doar, de até nos dar a nós
mesmos aos outros, com motivos compreensíveis.
Nesta época, em tempos até
relativamente recentes, eram mais comuns que pessoas e famílias radicadas em
São Paulo e outras cidades, viessem para Ipaussu, com isto a somar não só a
alegria de rever e abraçar os parentes, mas amigos queridos que aqui residem.
Com o tempo, esses nossos ipauçuense ausentes, também constituíram famílias na
ordem descendente e hoje, pessoas em menor número comparecem aqui na Flor do
Vale. Outro fator é que, pela lei indeclinável do destino, muitos dos
patriarcas já deixaram a visibilidade terrena, o que já não motiva vir passar o
Natal por aqui com o inevitável sentimento de ausência de seus ancestrais.
Mais do que uma simples data do
calendário, o Natal é a ressurreição da alegria, da paz, do espírito festivo,
da abertura da alma para o melhor que cada um de nós trazemos dentro de si. Da
remota Belém, onde veio à luz o Menino Deus, a data se fez mundial,
apascentando crentes e descrentes, com seu grande toque espiritual de
felicidade e reiteração das esperanças mais ousadas.
O Natal, ao contrário do
carnaval, que aguça os sentidos e a liberalidade, às vezes excessiva, é uma
festa de luz para cada alma, e não há quem não deixe de se envolver com esta
quadra maravilhosa do fechar de mais um ano.
Feliz Natal a cada um dos
leitores desta publicação, com alegria por todos os anos vindouros.
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Alfarrábios do Generoso: CADÊ O QUE EU FUI ?: aos 70 anos IMAGEM REGRESSIVA Geraldo Generoso - Ipaussu - Brasil Nesta procura por mim mesmo Surge o desenho d’uma imagem e...
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Alfarrábios do Generoso: ESTAMPAS OFICIAIS: Parlamentares entediados Diante do espelho de concreto, Gigantes opacos, verticais, eretos, A procurar desanimados O mar feito em ...
ESTAMPAS OFICIAIS
Parlamentares entediados
Diante do espelho de
concreto,
Gigantes opacos, verticais,
eretos,
A procurar desanimados
O mar feito em ângulo reto.
Aumentam em notas de buzinas
Canções estranhas que aqui
há,
Aqui são outras as esquinas;
Ficaram as praias, longe,
lá...
Não há nenhum velho palácio
Às margens do Paranoá:
Brasília se ergue em ferro e
aço,
Águas do Rio não há por cá.
Alfarrábios do Generoso: ENFIM, O SILÊNCIO
Alfarrábios do Generoso: ENFIM, O SILÊNCIO: Necrópole Municipal de Ipaussu - SP - Brasil Geraldo Peres Generoso A OUTRA LINGUAGEM DA VIDA Nós, seres humanos, de ordinár...
ENFIM, O SILÊNCIO
Geraldo Peres Generoso
A OUTRA LINGUAGEM DA
VIDA
Nós, seres humanos, de
ordinário restringimos nosso
entendimento ao território limitado das palavras. Ante
os desafios que se erguem aos nossos passos na jornada existencial, a
simples redução dos fatos a uma ou um conjunto de palavras parece nos propiciar
uma compreensão que imuniza, ou ao menos atenua o pânico que às vezes se nos
apresenta.
Mantemo-nos viciados ao exercício contínuo da verbalização. Esta condição não vem de hoje ou de ontem.
Infiltrou-se em nossos gens desde eras remotas. Desde o prelúdio da civilização
nos conhecemos como uma humanidade falante. Assim, com o facho da
ciência, as sombras dos fantasmas vão aos poucos sendo espancadas pela
compreensão.
Termos que antes nos
assustavam, em nossa condição de seres mortais, que levavam nossos
ancestrais a fazer o sinal da cruz em gesto de esconjuro, hoje pouco ou quase
nada essas palavras revelam de assustador.
Recordo-me, dos saudosos tempos de meus avós, que à simples
ouvirem menção de doenças como
tuberculose, lepra, se estarreciam. Câncer, então, era palavra
impronunciável. A
linguagem do dia a dia não só nos leva a entender os nossos semelhantes, mas
também nos leva a sentir os que eles nos dizem e a tal reagimos.
Mas quando reduzimos os fatos às suas verdadeiras dimensões,
habitualmenten, através mesmo das palavras, temos o condão de tornar expressos
os nossos pensamentos.
Se imergirmos numa análise mais profunda, as palavras
podem tornar-se, elas próprias, veículos não só do nosso pensamento e
sentimento, mas igualmente se podem
traduzir em sondas sonoras do mais íntimo de nosso coração um entendimento
passível de ser expresso.
Há uma
Linguagem Além das Palavras
Diante de certas fatalidades, contudo, a nossa
fala não consegue espelhar nosso
sentimento ou raciocínio . Obviamente, situando-se além do território usual das palavras, não pertencem ao nosso entendimento
restrito ao código do falar e ouvir. Há ocasiões sobre as quais nada podemos
dizer, senão conjeturar e a tais evidências mudamente nos rendermos.
Assim é com relação à morte.
A maioria de nós não a entende. E ainda que isto fosse possível, o preconceito que ela nos sugere
nos faria retroceder sobre os próprios passos nessa sondagem. Seus parâmetros
são totalmente opostos e
intransponíveis. ,
Ao referir-se a essa realidade, Jesus Cristo comparou-a
com um muro intransponível entre os mortos e aqueles que ainda persistem
na labuta terrena. Transcorridos tantos anos de
progresso, séculos de pesquisas e invenções por parte da ciência incansável. E
nada... só o silêncio se faz cúmplice dos túmulos emudecidos, segregados do
convívio da cidade que prossegue no seu bulício de lutas, nas suas esperanças e
ilusões.
O pouco que cada um sabe sobre essa evidência, que se dará
não se quando nem onde, resulta no que
cada qual quiser acreditar.
Há
até os que duvidam da existência de algum porto além dessa solitária travessia.
Mas, no íntimo desses céticos questionadores, se bem analisarmos - não
exatamente a pergunta que formulam, mas o modo pelo qual a apresentam -
contatamos que, no fundo, eles anseiam
por uma prova, anelam por uma demonstração cabal que evidencie a vida
além-túmulo.
Aspiram, igualmente, por uma ressurreição que a sua lógica não
lhes permite conceber. No entanto, como podemos afirmar sem receui, para a
própria morte temos em nosso íntimo um
entendimento, o qual o burburinho do mundo nos impede sentir.
A situação de
ente encarnado não comporta esse perfil de raciocínio, até por um processo de
imunidade natural. Há, inobstante, uma linguagem implícita que fala ao coração
de cada alma da face da terra. Mormente aquelas que trafegam por mais tempo
jungidas ao veículo carnal.
Esta asserção não implica na necessidade de
adentramos no controverso religioso, nem mesmo no filosófico.
Basta
tão somente observar o processo do pensamento, sentimento e suas conseqüentes
reações.A experiência nos revela sobre a circunstância de alguém que vê o
desenlace de uma pessoa querida.
O sentimento de perda depressa se revela como uma dor moral.
Num primeiro momento, a pessoa insiste em buscar nas palavras uma resposta ao
porquê dessa fatalidade. Principalmente porque ela não satisfaz a sua própria
lógica, nem mental nem emocionalmente. Sequer apresenta ingredientes para
qualquer explicação à luz da razão pura e simples.
Porém, nossa aprendizagem abrange um terreno muito maior do
que aquele em que nos mantemos acostumados, acorrentados às palavras. Passados
os primeiros momentos desse temporal, em que se absorve a sensação de perda, o
indivíduo, se já um tanto maduro, racionalilza a questão em uma abrangência
muito mais profunda.
Nesse enfoque que brota do íntimo afloram lições das quais
ele não tinha consciência. Já viveu outras vezes essa situação; já soube por
diversas vezes sobre pessoas que partiram deste mundo para o outro.
Essa experiência, muito mais do que palavras ditas ou
escritas, está ali em sua mente e em seu coração. O silêncio - a meditação, um
pouco de desligamento deste mundo ruidoso e veloz, fará aflorar estes ensinamentos
de alto preço, colhidos na dor que ensina no mais profundo a cada coração.
Alfarrábios do Generoso: ONDE ESTÃO MEUS AMIGOS RUSSOS
Alfarrábios do Generoso: ONDE ESTÃO MEUS AMIGOS RUSSOS: Neste blog, ultimamente tenho sentido muita falta dos meus amigos leitores da Rússia, que visualizam os meus escritos, principalmente quan...
ONDE ESTÃO MEUS AMIGOS RUSSOS
Neste blog, ultimamente tenho sentido muita falta dos meus amigos leitores da Rússia, que visualizam os meus escritos, principalmente quando são textos em poesia.
Por essa razão, hoje vou postar uma poesia do poeta, príncipe dos poetas brasileiros, falecido em 1969 - o nosso imortal GUILHERME DE ALMEIDA
SEGUNDA CANÇÃO DO PEREGRINO
Por essa razão, hoje vou postar uma poesia do poeta, príncipe dos poetas brasileiros, falecido em 1969 - o nosso imortal GUILHERME DE ALMEIDA
SEGUNDA CANÇÃO DO PEREGRINO
Segunda Canção do Peregrino
Vencido, exausto, quase morto,
cortei um galho do teu horto
e dele fiz o meu bordão.
cortei um galho do teu horto
e dele fiz o meu bordão.
Foi minha vista e foi meu tacto:
constantemente foi o pacto
que fez comigo a escuridão.
constantemente foi o pacto
que fez comigo a escuridão.
Pois nem fantasmas, nem torrentes,
nem salteadores, nem serpentes
prevaleceram no meu chão.
nem salteadores, nem serpentes
prevaleceram no meu chão.
Somente os homens, que me viam
passar sozinho, riam, riam,
riam, não sei por que razão.
passar sozinho, riam, riam,
riam, não sei por que razão.
Mas, certa vez, parei um pouco,
e ouvi gritar:-“Aí vem o louco
que leva uma árvore na mão!”
e ouvi gritar:-“Aí vem o louco
que leva uma árvore na mão!”
E, erguendo o olhar, vi folhas, flores,
pássaros, frutos, luzes, cores…
– Tinha florido o meu bordão.
pássaros, frutos, luzes, cores…
– Tinha florido o meu bordão.
Guilherme de Almeida
Alfarrábios do Generoso: POEMA ECOLÓGICO
Alfarrábios do Generoso: POEMA ECOLÓGICO: Por falar em Ecologia Preservar é preciso. A ordem é não matar. Urge usar o juízo: A Terra é nosso lar. Respeitar a ...
POEMA ECOLÓGICO
Por falar em Ecologia
Preservar é preciso.
A ordem é não matar.
Urge usar o juízo:
A Terra é nosso lar.
Respeitar a criação
com tudo em seu lugar,
cada ser tem função
na teia alimentar.
A ordem é conservar,
sem alterar o esquema
para não alterar
o nosso ecossistema.
Seguido ao pé da letra,
Era esse o meu lema.
Mas, em medida extrema
Matei com a caneta
Uma traça suspeita
que roeu meu poema.
Alfarrábios do Generoso: POESIA DE UM TEMPO IDO
Alfarrábios do Generoso: POESIA DE UM TEMPO IDO: UM NOME QUE FICOU O nosso tempo o tempo já levou, Do antigo romance só restou Nada mais do que trêmulo relicário. Daqueles dias ...
POESIA DE UM TEMPO IDO
UM NOME QUE FICOU
O nosso tempo
o tempo já levou,
Do antigo
romance só restou
Nada mais do
que trêmulo relicário.
Daqueles dias
que a saudade tece,
Separando-nos
mais, hoje acontece
Outro dia de
teu aniversário.
Pior até do que o implacável espaço
Que separa o
meu braço do teu braço,
Faz-se o
tempo entre nós muralha imensa.
Mas se
recordas tudo que antes disse
Tu'alma que a
meu lado te predisse:
Serás meu
galardão por recompensa.
Por sob os
meus cabelos já cinzentos,
Ponho-me a reviver
nossos momentos
Felizes,
partilhados sempre a dois.
Imaginando um
sonho em comum,
Esses sonhos
que foram, um a um,
Sobre este
tempo que chegou depois.
E mais um ano
fazes, eu ausente,
Recordas-te
do último presente
Que presto te
mandei junto a um cartão ?
Tanto tempo
passou, já nem existe
Senão a lembrança, mas em mim persiste
Sempre o teu
nome em meu coração.
Distante,
ainda, daqui donde moro,
No silêncio
teu nat comemoro,
Seja onde
estiver ou aonde eu for.
A recordar, o
tempo nos convida,
Esse mago que
leva a nossa vida
Mas nunca
leva um verdadeiro amor.
Geraldo Generoso - Brazil |
Alfarrábios do Generoso: NATAL (SONETO)
Alfarrábios do Generoso: NATAL (SONETO): NATAL Geraldo Generoso - pelo NATAL DAS LUZES DE IPAUSSU SP BRASIL QUE ESTÁ ENTRE OS MAIS BONITOS DA REGIÃO DE MARÍLILA As ...
NATAL (SONETO)
NATAL
Geraldo Generoso -
pelo NATAL DAS LUZES DE IPAUSSU SP BRASIL
QUE ESTÁ ENTRE OS MAIS BONITOS DA
REGIÃO DE MARÍLILA
As estrelas caíram no oriente
Porque em Belém um Novo Rei nascia,
Rei que a voz da Verdade em Si trazia,
Rei do Futuro, Rei eternamente!
Porque em Belém um Novo Rei nascia,
Rei que a voz da Verdade em Si trazia,
Rei do Futuro, Rei eternamente!
Rei que não quis um trono imponente
Feito do imposto, Rei sem Monarquia,
Teve por berço humilde estrebaria,
Rei da Paz, imortal, Benevolente!
Feito do imposto, Rei sem Monarquia,
Teve por berço humilde estrebaria,
Rei da Paz, imortal, Benevolente!
Foi condenado, mas não condenou;
Para estas trevas trouxe o olhar da luz,
Do mundo odiado, mesmo assim o amou!
Para estas trevas trouxe o olhar da luz,
Do mundo odiado, mesmo assim o amou!
Rei eterno e imortal só foi JESUS!
– Único REI que a morte respeitou,
REI DOS RESIS QUE POR CETRO TEVE A CRUZ!
– Único REI que a morte respeitou,
REI DOS RESIS QUE POR CETRO TEVE A CRUZ!
Alfarrábios do Generoso: TRÊS DESPEDIDAS LITERÁRIAS
Alfarrábios do Generoso: TRÊS DESPEDIDAS LITERÁRIAS: DESPEDINDO-SE DA VIDA COM MUITO AMOR GABRIEL GARCIA MARQUES escritor colombiano S e, por um instante, Deus ...
Alfarrábios do Generoso: Análise da Poesia LÁGRIMA DE ARBUSTO
Alfarrábios do Generoso: Análise da Poesia LÁGRIMA DE ARBUSTO: LÁGRIMA DE UM ARBUSTO Geraldo Generoso As ruas por que hoje passo, Num passo inútil à procura Dos momentos vividos, Já beb...
Análise da Poesia LÁGRIMA DE ARBUSTO
LÁGRIMA DE UM ARBUSTO
As
ruas por que hoje passo,
Num
passo inútil à procura
Dos
momentos vividos,
Já
bebidos
Pelo
tempo e espaço,
Onde, unidos,
Com
meu braço no seu braço
Juntos íamos distraídos,
De
abraço em abraço.
As
pedras hoje falam
Com outros pares,
E
para mim se calam,
Nos
passos de outros passantes,
De
pés apressados, errantes,
Que
ocupam nossos lugares
De
ingênuos amantes.
Hoje, se transito
Por
aquelas árvores nuas,
Sinto-me
um proscrito,
Sem
ter a minha mão nas suas.
Nem
mesmo o infinito
Permanece
o mesmo
Sobre
as nossas ruas,
Onde
sigo a esmo
A
conter meu grito.
Um
velho arbusto, num atalho,
Quase
me reconhece na cadência
Do
passo sozinho, quase incerto e falho
Nesse
meu desfile de reminiscências;
E
eis que respinga uma lágrima de orvalho
A
chorar por mim a sua ausência.
Um pouco da história desta poesia
Cada vez que releio este poema visualizo momentos reais, com sentimentos vivos que remexem o coração, a alma, o espírito, tudo ! Eu fico até a duvidar que o passado seja passado, algo que sem vida e desaparece entre os dias que são tragados pelas noites que os sucedem.
Esta poesia ressuscita um sentimento tão peculiar, de forma tão viva, ardente, que parece decantar lá no fundo do meu ser, a tal ponto que me sinto transportado para aquele momento em que estas palavras explodiram suavemente no meu peito.
Aliás, por aquele tempo dessa primeira e única e real namorada de minha vida, e põe vida nisso: 52 anos já se passaram - nada havia de tão extraordinário exteriormente, mas de intensa vida interior e de uma rotina simples, repetititva, mas jamais cansativa. Tanto assim que, a cada recordar as mesmas emoções rebrotam de forma nítida, cristalina, viva, até com com gosto de eternidade.
Era uma caminhada longa até o cinema para assistir qualquer filme, que sempre era ótimo por ela, não propriamente pelo filme em si.
Analisando bem, eu nunca entendi - nem hoje consigo entender o porquê daquele amor tão peculiar que eu era levado a pensar que talvez não houvesse um sentimento equivalente àquele que eu sentia por ela, no coração de nenhum ser humano enamorado. E engraçado que não era paixão, não era atração sexual, não era conveniência de qualquer tipo. Nada disso. Concluo e repito que, por não poder explicar, era amor mesmo. Único, absolutamente inexplicável. Com ou sem palavras era amar de verdade, no sentido mais pleno da palavra.
Até hoje não entendo como, ela sendo tão simples, e tão natural ( e talvez por ela ser tão natural, tão transparente, tão ela e ela só) eu sofria tanto a concorrência de outros jovens de nossa idade (18 anos em 1966).
E foi daí, talvez de minha insuficiente autoconfiança, até evocando uma lógica absurda de que quanto mais tarde eu a perdesse maior seria o sofrimento de não mais tê-la como namorada, que,por essa insensatez, decidi terminar com o relacionamento.
Contudo, nunca experimentei na vida arrependimentoo maior por essa loucura, pela qual até hoje ainda sinto doer no mais fundo da alma.
Uma noite, já desfeito do meu sonho que eu mesmo tolamente desmanchei, perdi o sono na madrugada. Fazer o quê? Não havia nada a ser feito. Pulei da cama, peguei o carro e rumei para a cidade dela, a 30 km de distância. O quê eu iria fazer? Ir bater à porta da casa dela? Não adiantaria. O que decidi foi, ao chegar à cidade, parar o carro a certa altura do nosso caminho costumeiro de namorados, (aliás, era uma avenida arborizada) - desci e refiz o trajeto que fiz tantas vezes em sua companhia. Em plena madrugada me pus a caminhar pela calçada que era nossa, sozinho, sem viva alma na rua, com a madrugada já distilando um sereno manso sobre um silêncio de tantas e nenhuma pealavra.
Deixei o carro onde o havia estacionado e fui a pé pelo trajeto, de muitos quarteirões, até o cinema, tentando sentir o ar dos momentos passados, se é que momentos tem ar. Tudo voltou à memória, a todos os sentidos, sentindo o tato do ar frio, o ruído dos meus passos na calçada, a paisagem tão felizmente familiar, mas sozinho, no sentimento entre cumprir uma penitência e reativr um tempo feliz que, no simples recordar não era a mesma coisa.
Cumpri esse ritual. E dele resultou este poema que aqui replico e que até parece uma história banal como a de tantos outros amantes. Não acho que seja assim, é muito forte para ser comum um sentimento como este que me transporta a um tempo que não volta mais.
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UMA POESIA CONCRETISTA
ENCRUZILHADAS E SUBIDAS
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A
D
A
Com minhas desculpas ao poeta concretista AUGUSTO DE CAMPOS, pela ousadia de compor este poema do gênero em que ele é o Papa.
GeGê do Brazil
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Alfarrábios do Generoso: CONVITE ESPECIAL: Amigos Internautas de todo o mundo Não busco seguidores, mas apreciaria muito comentários de pessoas, moradoras nos mais diversos po...
CONVITE PARA DIÁLOGO E COMENTÁRIOS
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Não busco seguidores, mas apreciaria muito comentários de pessoas, moradoras nos mais diversos pontos do planeta.
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Monologar é muito cansativo e, com o tempo, a gente perde até a motivação para expor ideias, sem saber como são recebidas.
Obtenho, normalmente, um número razoável de visualizações deste blog.
E espero você me devolver a sua palavra, ou letra, com muito boa expectativa: de concordância ou discordância, mas te espero.
E espero você me devolver a sua palavra, ou letra, com muito boa expectativa: de concordância ou discordância, mas te espero.
Grande abraço do
Geraldo Generoso - Brazil
Alfarrábios do Generoso: CAPITALISMO EM XEQUE MATE
Alfarrábios do Generoso: CAPITALISMO EM XEQUE MATE: Geraldo Generoso - Brazil Renda Básica Universal – RBU Não tem esta postagem, tanto quanto pretendo, qualquer vezo ideológico ...
CAPITALISMO EM XEQUE MATE
Geraldo Generoso - Brazil
Renda Básica
Universal – RBU
Não tem esta postagem,
tanto quanto pretendo, qualquer vezo ideológico ou juízo de valor sobre o
Capitalismo como se pode verificar predominante no atual cenário mundial. Mesmo
a China, que com sua pendência ao Comunismo, em sua nascente era ainda mais
ortodoxa do que a Rússia, onde essa ideologia primeiro se firmou, hoje (a
China) é gerida economicamente pelo que se convencionou chamar de Capitalismo
de Estado.
A antiga Rússia,
englobando vários povos sob a siga URSS, igualmente também afrouxou os laços da
ideologia dita socialista, vindo a entrar na dança do capitalismo mundial, ao
seu modo.
Com a Queda do Muro de
Berlim, todo o quadro político mundial praticamente virou pelo avesso. E
diga-se, com justiça, representa um fato histórico dos mais relevantes.
A pequena Cuba, não
fosse o embargo americano, agora tendente a se reforçar pela ação do presidente
Trump, ainda persiste, como último, e pouco significante reduto, do governo
comunista, ainda que não mais de puro sangue.
Pelo exposto, não há
como negar que o Comunismo se viu forçado a rever muitas de suas leis pétreas,
de par com um regime autoritário que o fez menos viável para os próprios poderes
nacionais nos países em que se estabeleceu.
Com fulcro na
memorável Revolução Francesa do Século 18, de Igualdade, Liberdade e
Fraternidade, mesmo em seus primórdios a ideologia marxista, para não fugir da
regra, idealisticamente alimentava esse triplo objetivo. Mas esse lema
tríplice, na prática, em termos comunistas, não se mostrou praticável
politicamente.
Por certo prevaleceu o
objetivo da Igualdade como quase sinônimo de Fraternidade, mas obrigou-se a
excluir a Liberdade. Este último termo se revelou impraticável a partir da
própria condição humana. É absolutamente
impossível entender a Liberdade num limite em que se afinizasse com a
igualdade, principalmente.
O Comunismo, na
tentativa de igualar cada indivíduo em relação a outro, não levou em conta o
be-a-bá da psicologia, o qual consiste nas “diferenças individuais”. É fato curial que, entre a população mundial,
com mais de 7 bilhões de habitantes, nem sequer entre irmãos gêmeos
univitelinos pode-se admitir igualdade.
Desde antes da
invenção da moeda pelos fenícios, o Capitalismo sempre se mostrou o meio mais
prático de qualquer tipo de transação comercial. Na verdade, em que pesem
interesses de pessoas, grupos e nações, o mercado foi um eficiente aglutinador
de diferentes povos do planeta.
Se até aqui se
mencionou a debacle ou perda de influência do comunismo, eufemisticamente
denominado socialismo, não significa dizer que o Capitalismo seja um modelo
ideal de governo.
As diferenças de renda prevalece entre grupos,
por sinal majoritários, com uma mui preservada elite dotada de riqueza em
excesso. Obviamente, isto redunda em injustiça social evidente.
E em certo momento
histórico, na famosa Revolução Industrial que prevaleceu a partir da
Inglaterra, com o surgimento do operariado, os empresários foram muito fundo em
sua avidez e insensibilidade. A era industrial,
em seus primórdios, incrementou a escravidão dos trabalhadores. E isso em todas
as idades e gêneros.
Não fosse tanta
ganância pelo lucro, tanta insensibilidade do empresariado, que, aliás,
controlava o poder político a seu modo, talvez Marx não teria argumentos tão
sólidos para o seu MANIFESTO COMUNISTA, onde nada (àquele tempo) podia ser contestado.
Esqueceram o lema da elite francesa em “se dar o anel para não perder os dedos”.
O mais curioso foi o fato de que, mesmo
sendo a Inglaterra, com um regime capitalista autoritário e injusto ser objeto
de inspiração a Marx, essa ideologia acabou por vicejar na Rússia, um país, à
época, essencialmente agrário.
Claro que aí entra a
figura de Lênin, que a rigor colocou em prática o ideal comunista, com a Revolução
de 1917 e seu nome historicamente se ligou a Marx, até considerando leninismo
como sinônimo de comunismo.
Mas vamos ao que
deveria ser o núcleo deste texto: RBU –
RENDA BÁSICA UNIVERSAL.
Essa tese é discutida
no mundo inteiro. Por conta, obviamente, da predominância do Capitalismo, no
que ele tem de injusto e imperfeito. Aliás, desumano, mesmo aos olhos dos
direitistas. Esse assunto de renda básica universal tanto tem sido discutido na
Finlândia como no Quênia; na Índia e na Califórnia.
Obviamente, fala muito
alto a voz da miséria de bilhões de pessoas, por conta do acúmulo de riqueza
por parte de um pequeno contingente de acumuladores de riquezas. Em tão altos
índices que extrapolam o limite do suportável e, já por ora, tem causado uma
péssima qualidade de vida ao planeta como um todo.
Mesmo diante dessa
evidência, que os números escandalosamente expõem, não faltam aqueles que
argumentam em sentido contrário. Afirmam que, ao contrário do que se espera,
aumentará a miséria com a adoção da renda mínima e consequente extinção de
empregos.
Oras, não há dúvida
que o problema aqui exposto é de suma gravidade. E para muitos entre os mais
ricos esse desafio da renda mínima é uma questão de sobrevivência a eles
próprios. A Renda Mínima mais ainda se faz urgente, pela predominância da
tecnologia, a cada dia retirando mão de obra humana do mercado. A situação é
insustentável e exige solução urgente.
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