ANÁLISE DE POEMA DE MICHEL TEMER


O Dr.
Michel Temer, pelo fato de só agora tirar do peito, alto e bom som e em bom tom
a sua poesia, revela-se um vate inspirado, e faz o malabarismo sutil de
expressar uma linguagem poética, ao mesmo tempo simples e profunda.
Ousei mandar-lhe a análise de um dos poemas que compõe o seu livro
recém-lançado: “Anônima Intimidade”, editado pela Topbooks,
160 pág., e aqui reproduzo a poesia e abaixo as considerações sobre a mesma.
VERMELHO
De vermelho
Flamejante.
Labaredas de fogo
Olhos brilhantes
Que sorriem com lábios rubros.
Incêndios 
Tomam conta de mim.
Minha mente,
Minha alma.
Tudo meu
Em brasas.
Meu corpo
Incendiado
Consumido
Dissolvido.
 Finalmente 
Restam cinzas
Que espalho na cama
Para dormir. 
Excelentíssimo
Poeta e Vice-presidente da República
Dr.
Michel Temer,
Conhecedor
de longa data da sua admirável facilidade de comunicação, experimentei grata
surpresa ao ler, no suplemento “Ilustríssima” de domingo, de 13 do
corrente, os seis poemas de sua lavra ali constantes.
Degustei
os versos ali insertos, todos muito apreciáveis. Tanto mais ao deparar-me com
“VERMELHO”, descobri e redescobri significados que revelam, não
somente um poeta inspirado por apreciável dom, ao qual sabe juntar, como poucos,
a técnica.
A começar
pelo título: “Vermelho” sugere o amor em significado
“eros”, confirmado pelas expressões “flamejante”, seguido
no parágrafo por “Labaredas de fogo, olhos brilhantes que sorriem com
lábios rubros”. E aí se reafirma em significado, na palavra
“incêndio” [ onde o senhor emprega um verbete que vale como adjetivo,
mesmo sendo um substantivo]. 


E se dá a
melhor entender que esse incêndio, numa sequência, passa a dar expressão à
“Minha mente, minha Alma” até transfazer-se em “brasas” ;a
consumir-se e a dissolver “Meu corpo”. Ao referenciar Mente e Alma,
sugere uma expansão daquele aspecto meramente incendiário da mocidade, numa
fase mais abrangente mas menos intensa.


De
repente, o poema – em freada inesperada, arremata, com coerência e suavidade:
“Restam cinzas/ Que espalho na cama/ Para dormir.


O
arremate se abre em leque, e a peça poética soa bem original, numa precisa
observância de uma regra curial: começo, meio e fim.


A palavra
“cinzas” se revela múltipla em significados, assim como fica no ar,
de forma muito bem exposta, a expressão “para dormir”. Em nenhum
momento o senhor usou, mas disse com todas as letras, as palavras Juventude,
Maturidade e Velhice. Em meu limitado entender, nisso reside a poesia, que é
tecida de sutilezas. No caso presente, trata-se de uma peça que revela uma
maestria, hoje tão carente num mundo de linguagem tão explícita e e a cada dia
com menor número de ourives do idioma.
Cumprimentando-o
pelo esmerado lavor poético, encaminho a Vossa Excelência, dois trabalhos de
lavra própria.
Espero
prossiga em trazer ao público leitor, novos trabalhos de sua arte poética, e
felicito-o por mais esta qualidade, que acrescenta e enriquece a sua
respeitável biografia.
Atenciosas Saudações, em 18 de janeiro de 2013,
 
Geraldo Peres Generoso
O Dr.
Michel Temer, pelo fato de só agora tirar do peito, alto e bom som e em bom tom
a sua poesia, revela-se um vate inspirado, e faz o malabarismo sutil de
expressar uma linguagem poética, ao mesmo tempo simples e profunda.
Ousei mandar-lhe a análise de um dos poemas que compõe o seu livro
recém-lançado: “Anônima Intimidade”, editado pela Topbooks,
160 pág., e aqui reproduzo a poesia e abaixo as considerações sobre a mesma.
VERMELHO
De vermelho
Flamejante.
Labaredas de fogo
Olhos brilhantes
Que sorriem com lábios rubros.
Incêndios
Tomam conta de mim.
Minha mente,
Minha alma.
Tudo meu
Em brasas.
Meu corpo
Incendiado
Consumido
Dissolvido.
 Finalmente
Restam cinzas
Que espalho na cama
Para dormir. 
Excelentíssimo
Poeta e Vice-presidente da República
Dr.
Michel Temer,
Conhecedor
de longa data da sua admirável facilidade de comunicação, experimentei grata
surpresa ao ler, no suplemento “Ilustríssima” de domingo, de 13 do
corrente, os seis poemas de sua lavra ali constantes.
Degustei
os versos ali insertos, todos muito apreciáveis. Tanto mais ao deparar-me com
“VERMELHO”, descobri e redescobri significados que revelam, não
somente um poeta inspirado por apreciável dom, ao qual sabe juntar, como poucos,
a técnica.
A começar
pelo título: “Vermelho” sugere o amor em significado
“eros”, confirmado pelas expressões “flamejante”, seguido
no parágrafo por “Labaredas de fogo, olhos brilhantes que sorriem com
lábios rubros”. E aí se reafirma em significado, na palavra
“incêndio” [ onde o senhor emprega um verbete que vale como adjetivo,
mesmo sendo um substantivo]. 


E se dá a
melhor entender que esse incêndio, numa sequência, passa a dar expressão à
“Minha mente, minha Alma” até transfazer-se em “brasas” ;a
consumir-se e a dissolver “Meu corpo”. Ao referenciar Mente e Alma,
sugere uma expansão daquele aspecto meramente incendiário da mocidade, numa
fase mais abrangente mas menos intensa.


De
repente, o poema – em freada inesperada, arremata, com coerência e suavidade:
“Restam cinzas/ Que espalho na cama/ Para dormir.


O
arremate se abre em leque, e a peça poética soa bem original, numa precisa
observância de uma regra curial: começo, meio e fim.


A palavra
“cinzas” se revela múltipla em significados, assim como fica no ar,
de forma muito bem exposta, a expressão “para dormir”. Em nenhum
momento o senhor usou, mas disse com todas as letras, as palavras Juventude,
Maturidade e Velhice. Em meu limitado entender, nisso reside a poesia, que é
tecida de sutilezas. No caso presente, trata-se de uma peça que revela uma
maestria, hoje tão carente num mundo de linguagem tão explícita e e a cada dia
com menor número de ourives do idioma.
Cumprimentando-o
pelo esmerado lavor poético, encaminho a Vossa Excelência, dois trabalhos de
lavra própria.
Espero
prossiga em trazer ao público leitor, novos trabalhos de sua arte poética, e
felicito-o por mais esta qualidade, que acrescenta e enriquece a sua
respeitável biografia.
Atenciosas Saudações, em 18 de janeiro de 2013,

Geraldo Peres Generoso

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