DILEMA CRUEL

POESIA DO ARADO INFORMÁTICO

Sementes de Silêncio

Geraldo Generoso
É um trator,
Este computador
A arar
páginas em branco
Nesta lavoura do pensar,
Aos trancos e barrancos.

Delas faz  saltar
Um hino,
um canto.

E nesta lavra
da lauda 
 machucada

Arrebenta a  palavra
na pauta
percutindo
 no teclado.

POSSÍVEL EXPLICAÇÃO PARA A DOR

Presumo que o motivo da existência da dor neste mundo, criado por um Ser extremamente sábio e amoroso,

consiste em nada mais do que fazer com que o nosso coração traga à luz a verdadeira essência e forma pela qual surgiu do nada para a Vida.

Depreendo que o Criador, em hipótese alguma, abre mão de que o AMOR se torne manifesto no Universo, 

Amor este que Ele emanou de si mesmo ao decidir criar do invisível tudo o que é visível, e não deixou outro método ou caminho que não seja esse.

Se algo ou alguém exige devidas correções, a despeito mesmo da própria dor, aparentemente contraditória e inexplicável, elas cedo ou tarde

 se fazem presentes para que se confirme a palavra imutável de Deus ao considerar que, após a Criação "eis que viu que tudo era bom".

Nada nem ninguém poderá, sequer em sonhos, desmentir uma só letra de qualquer palavra pronunciada pelo Altíssimo.

A DEMORA PARA ENCONTRAR A TERRA PROMETIDA

Quais razões explicariam tanta demora para
os judeus alcançarem a Terra Prometida, onde
jorrava leite e mel?

A Bíblia Judaico-Cristã, não por acaso, é um eterno best seller. Sempre e cada vez mais respeito-a como um conjunto de livros onde não se faz média com ninguém.


Nem com profetas ou reis poderosos, nem mesmo com homens e mulheres que vieram até a ser considerados santos e dignos de figurarem como exemplos imorredouros de vida e experiências, nada foi omitido. 

Nem o pecado de Davi, nem a idolatria de Salomão, com exigência de impostos elevados em sacrifício da Nação etc. 

Nem quanto à história de Ló, e do próprio Jacó, que apesar de bom homem, o cronista bíblico não esconde alguns defeitos éticos, a partir mesmo de seu nascimento geminado com Esaú.

Nesta oportunidade, ergo o véu da imaginação para, numa análise fria, nua e objetiva tentar entender o porquê daquela peregrinação de 40 anos, deserto afora, mesmo em meio a espetaculares manifestações do amor divino a esse povo tão importante e tão singular.



Mesmo dispondo das melhores condições e de condutores tão capazes, só para citar Moisés e Aarão, essa travessia contou com marchas e demarchas a alternar-se naquele itinerário nem sempre dos melhores.

Interpreto, sem o desejo de firmar isto como postulado nem muito menos verdade inconteste, é que mais do que uma viagem em busca de um lugar aprazível e abençoado, como a distante Canaã,


 finalmente encontrada, essa caminhada  se constituiu numa viagem interior, de provas e mais provas para com a fé dos israelitas em todos os seus momentos de caminhada.


Aqui bem cabe aquele alerta de Jesus a Tomé quando este só foi capaz de acreditar na ressurreição do  Mestre para  conferir-lhe através de Suas mãos feridas.

Foi nessa oportunidade que Jesus deixou bem claro que é bom ver para crer, mas melhor e mais felizes são os que creem ser ter visto. Assim ele ressaltou  a necessidade imprescindível da fé como ingrediente vital de nossa caminhada terrena.

Ao povo de Israel foram dadas provas evidentes de que Deus estava com eles na peleja pela busca da Terra da Promessa. Mas ao menor contratempo se viravam contra o líder Moisés, num piscar de olhos.

Ainda haviam resíduos de falsas crenças, em deuses que se materializavam pela indústria humana, mesmo eles, os israelistas, tendo sobejas provas de que Deus agia a partir do Invisível e que, por obra e graça somente Dele ganhavam contornos de visibilidade e palpabilidade.

Oras, no exercício da fé não se pode pautar por coisas visíveis, antes que o sejam Tudo provém da fonte misteriosa e invisível que mantém o dinamismo do Universo e se renova a cada segundo.

A Graça buscada, por uma ordem cósmica, primeiro se dispõe no plano da invisibilidade, para depois vir em presença para o mundo. 

Mas tão acostumados estavam a invocar deuses feitos de pedra ou madeira que, ao menor sinal de crise na fé, eis que debandavam para deuses estranhos que, a rigor, nada podiam fazer a eles, nem de bem nem de mal, por serem inexistentes.

A nossa travessia pela vida terrena, rumo à Terra Prometida, que é a Canaã da Espiritualidade pura, experimenta esses mesmos reveses, pois no teste da fé somos tentados a buscar um caminho mais curto, quando na realidade, a fé se traduz na caminhada eterna, de par com Deus em sua infinitude celeste.

Continuemos a contemplar as flores do caminho, mas que nosso passo sempre se firme  na confiança inabalável de que Deus não erra, por sua própria Onisciência, Onipresença e Onipotência.


PORTINHOLA DO OUTONO



Gê.Generoso (1999) 
A solidão se que
bra
Ao  entrar uma  folha morta.
Do outono que resta;


Pois a   Fresta  é  a  porta

Da   própria porta.

ANTES DE PUBLICAR SEU LIVRO

Você escreveu um livro? Parabéns. 

Cumpriu um dos 3 requisitos que se convencionou necessário para marcar sua passagem por este mundo. Sim. Já deve ter filho, um ao menos e, no mínimo, ter plantado uma árvore.

Nestes tempos de tecnologia cada vez mais avançada, e em que o custo de impressão numa gráfica, até de boa qualidade, já não custa os "olhos da cara", imprimir um livro é tarefa das mais simples.

Publicar, no sentido de tornar público, já se torna um pouco mais difícil. Entende-se por publicar como corolário de haver um público leitor (ou ledor) que fará parte dos que responderão ao seu livro.

Na verdade, o caminho para as editoras hoje ficou bem mais fácil. Mas há um detalhe que permanece ainda válido e vai valer sempre. E hoje ainda mais: a exigência de qualidade.

Existe, sejamos realistas, muita gente boa a escrever sobre temas os mais diferentes. Mas, cá entre nós, também há grande número de escrevinhadores que, em nome da democracia literária, nem sempre apresentam trabalhos dignos de uma leitura por parte de muita gente.

Aí eu lhe pergunto: Você fez tudo pelo seu livro? Ele ficou interessante do ponto de vista do leitor? Será que, por ser você o dono da história, não acabou por omitir vários detalhes, e seu conteúdo acabou por ficar como um queijo suíço, cheio de furos?


E o estilo? Você atentou bem para a sintaxe, a gramática, o emprego correto, exato dos vocábulos? Cada circunstância ou situação sempre exige a palavra certa.

 Como se disse de Carlos Drummond de Andrade, que os textos dele eram como um relógio, com todas as peças no lugar certo, sem faltar nem sobrar nada?

Ah, poderíamos discorrer um sem número de páginas, só com esse tópico de atentar para tantos itens que fazem de um livro uma obra de respeito e valor.

Pois bem! Em meus trabalhos como revisor - eu diria assessor editorial de autores -,tem-me ocorrido momentos felizes, gratificantes mesmo, quando leio os comentários dos escritores a que pude ajudar, mercê dos meus 38 anos de literatura e 28 de estudos de Redação Criativa.


 O meu mais recente cliente, autor de um livro que aprovei, numa trama muito bem urdida, veio a me batizar de Editor, tal a sua satisfação no meu modelo de correção comentada, e não só quanto à ortografia.

 Até porque ele melhor se explicou  assim : revisar, em termos de ortografia, no mais das vezes o computador já faz, e muito bem, assinalando as palavras com ou sem acento, e bem assim a grafia se com "S", "SS", "G" ou "J" e por aí afora." 

Caso deseje contar com meu concurso para ajudar melhor apurar o seu texto, aqui me disponho a oferecer o melhor dos meus esforços e da minha experiência. 

Ao término acrescento que ocupo-me. nesse trabalho, em fazer  do autor o melhor dele mesmo. O meu processo de trabalho "é levantar a lebre, mas não sou eu quem dará a cajadada". 

É sagrado, de minha parte, o respeito ao autor, sem adulterar, com minhas palavras o que ele tem a dizer.

Em postagens futuras falarei melhor sobre o trabalho que executo. Aos interessados, para consulta sem compromisso, será o bastante enviar e-mail para  braunaster@gmail.com 

Digo, no arremate desta exposição, que a todos quantos servi, sem exceção, manifestaram de viva voz até mesmo extremos elogios, que hesito em acolher, e de cuja honraria até prefiro declinar. Tudo isto para que, com humildade, meus serviços possam valer por si mesmos, pela utilidade e pelo realce de beleza a ser trabalhado nos meus queridos amigos : autores e autoras do Brasil e de países de Língua Portuguesa.




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