A NOVELA DA CRACOLÂNDIA

Viciados expulsos da Cracolândia deixam recado para a cidade
  Geraldo Generoso

O melhor das novelas da televisão são os desfechos. O bandido (ou bandida, olha aí o respeito à igualdade de gênero) acaba na cadeia ou no velório. O telespectador respira aliviado, satisfeito como  um onanista, comenta o final da trama e vai dormir tranquilo.
              Curiosamente, tudo se resolve no mundo ideal da fantasia, regada a polpudas verbas publicitárias, sem contar os encartes de merchandising onde, por calculada coincidência, se agrada (ou tapeia) o telespectador e ao mesmo tempo fatura um bom dinheiro.

TEXTO DO PROF. PEDRO LEME BRISOLLA SOBRINHO

TEXTO DO PROF. PEDRO LEME BRISOLLA SOBRINHO - DE 1923
           
       O Professor Pedro Brisolla, merecidamente dá o nome á ETE - Escola Técnica de Ipaussu, da Fundação Paula Souza, e é uma referência regional, pois recebe alunos de várias cidades vizinhas, assim como estudantes de lugares longínquos fixam residência na cidade para frequentar os variados cursos que essa instituição de ensino oferece.

CARTA SEMANAL AOS ESCRINAUTAS


Sem prejuízo da modéstia, tenho encontrado caloroso apoio dos internautas, quer nesse portal específico, quer em outros sítios onde participo. Ao longo da trajetória percorrida, de 41 anos como militante em comunicação, li e reli ensaios, livros, grandes compêndios e exaustivas monografias, escritas por doutores, pós-doutores e mestres das mais diversas universidades do mundo. E notei, como ao leitor também pode ter ocorrido, que ao se tratar sobre o assunto ATIVIDADE LITERÁRIA, no que tange à criação, elaboração e dar ao texto um feitio palatável, os eruditos procuram – e conseguem – tornar difíceis as coisas fáceis.

PALAVRAS A UM VELHO POETA


Ele, pela vida inteira, fez e soube fazer como poucos, o uso da palavra, sempre enriquecendo-as com o melhor de sua pena. A palavra sempre lhe prestou  para abençoar ou amaldiçoar pessoas ou circunstâncias.
Não se sabe ao certo se o verbo, como munição de que sempre se valeram os poetas – na guerra e na paz da vida – se desgastou pelo uso. Ou pela própria sucessão implacável dos dias pontuados, em alternâncias de amor, dor ou indiferença.            

FRANGUINHO NA PANELA

Crítica de Música raíz:  
Canção de MOACIR DOS SANTOS e PARAÍSO



Sugestão: 
Assista este vídeo, com César e Paulinho e depois leia este comentário


Esta canção retrata  de corpo inteiro um tempo passado, mas não superado pelas imagens que sugere, da inocência e da beleza do campo. Parece que os autores mediram  cada palavra, como alguém que monta um relógio de precisão para marcar cada minuto de sua melodia. Compara o recanto onde mora a uma linda passarela. É nesse aconchego que ele vê a vida passar com uma rudeza materna. O cenário desperta com o canto do galo, postado à janela  abrindo o dia com o seu canto. Ao canto telúrico do “carijó”, juntam-se os acordes do sininho da capela, que se espraia nos arredores, para dizer que o céu manda mais um dia ao sertanejo.  

SE HOUVER AMANHÃ

Se no momento definitivo de devolver ao pó esta ferramenta que dele veio, assistido da necessária lucidez para reesquadrinhar um existir futuro, certamente eu haveria de estabelecer profundas mudanças no modo de usufruí-lo.
          Jamais reclamaria do tempo. Quando as nuvens vertessem do céu as lágrimas que o chão não sabe chorar em sua bruteza, eu apararia as mãos agradecidas pelo frescor da chuva. Jamais haveria de murmurar contra o rigor dos sóis arregalados de dezembro, a acrescentar mais luzes aos Natais que me fossem dados comemorar.

SALVE TIMBURI, A JANELA DO POENTE

De longa data o Município de Timburi tem em 24 de  outubro uma de suas efemérides mais importantes, a par com a data de   3 de maio, que assinala o Dia da Santa Cruz.
              Foi sob a senha e a sombra da cruz que Timburi, ainda em seu nascedouro, recebeu o nome de Santa Cruz do Palmital, tendo sido também chamada de Paraíso e, primeiramente, Retiro. Todos aqueles que lá nasceram  viveram,  e depois tomaram caminhos em direções diversas, sempre experimentam uma enorme saudade, como este escriba que nasceu junto com a emancipação da cidade e, quis o destino, que de lá saísse um dia, sem saber talvez que traria sempre no peito as imagens da terra e da gente timburiense. Esta saudade se mistura com um orgulho sempre presente  de, transcorridos tantos anos, continuar a entender o idioma da gente de Timburi. Assuntos não faltam quando aqui aportavam os irmãos Minozzi – Maurício, Ademir e a irmã,  dedicados amigos que não perdem nosso endereço. E assim outros que lá viveram e adotaram aquela terra e aqueles céus de placidez inaudita, hão de levar nas retinas a imagem da beleza e singeleza que só Timburi sabe ter.

 

REENGENHARIA DO CASAMENTO

Geraldo Generoso


No palco mais estreito do seio doméstico é que as pessoas exercitam o casamento, num script de êxito, alternando-se em êxitos e fracassos. Casamento significa união. Ela só se processa, terminantemente, quando existe harmonia. Fora disso só resta o auto-engano de uma convivência frustrada e, porque mentirosa, apresenta-se à sociedade sob o disfarce imperdoável da hipocrisia.

INIMIGAS DAS IDÉIAS

Uma idéia de nada serve enquanto não for aplicada.  Para que um plano ou  idéia se viabilize há a necessidade de ser admitida, adotada e aprovada Por isso, se você tem uma idéia,  ela precisa ser comunicada a outras pessoas do seu grupo, ou ao grupo que possa implementá-la. A reação é difícil de ser prevista, pois pode ser recebida com aplausos ou com descrença, até mesmo com um sorriso de escárnio e ameaça de uma camisa de força para enviá-lo ao primeiro hospício de plantão.

OTÁVIO: AS COMPORTAS DA SUA POESIA



Conforme observei sobre o meu amigo poeta, irmão Otávio Bueno da  Fonseca – de Piraju, do Brasil e do mundo, ele mantém um senso crítico afiado como uma navalha daqueles barbeiros antigos. Curiosamente, ele redige com rapidez, as palavras pulam de seus dedos como que dotadas de molas e até descem para o papel num vôo trêmulo como asas de borboletas.

TINOCO: O GUERREIRO SEM DESCANSO

* Geraldo Generoso

O município paulista de São Manuel, na região central do Estado ostenta, como pórtico  de entrada principal, o  Memorial TONICO e TINOCO. Um monumento edificado ao tempo que ainda estava fisicamente entre seus milhões de fãs, o  João Salvador Perez (o Tonico) . É um tributo à dupla Coração do Brasil, continuamente reconhecido pelos moradores, que não escondem o orgulho de serem conterrâneos desses dois vultos  históricos. Distante uns 4 km está a pequena cidade de Pratânia,  onde se vê o casebre transladado e onde a prefeitura construiu  um museu e espaço reservado com as maiores recordações dos ilustres filhos daquele pedaço do Estado de São Paulo: roupas usadas em shows, o famoso violão branco do  Tonico , e a não menos famosa  viola branca  do Tinoco. Muitas fotos e cartazes alusivos a muitas apresentações.

CRIAÇÃO LITERÁRIA

Conciliação entre Ímpulso e Maestria

O presente texto pode ser denominado de espontâneo e improvisado. Surgiu de um diálogo com um escritor, meu amigo Otávio Bueno da Fonseca, de Piraju, há pouco, em um telefonema. Assim como há tipos os mais deversos de pessoas, inevitavelmente será difícil encontrar um escritor semelhante ao outro em seu processo criativo.

PAIS & pais

O calendário traz em seu bojo, entre os dias de merecida comemoração e reverência, o DIA DOS PAIS. Pais que trazem ao mundo, pais que criam, pais que fazem os filhos responsáveis e lhes quer o melhor que a vida pode oferecer. Tenho cogitado, não raras vezes, da enorme responsabilidade que pesa sobre os ombros de alguém que se candidata à paternidade. Sei hoje que a mídia – impressa, falada e televisada- está toda voltada em suas matérias e seus anúncios sobre esta data tão auspiciosa.

ORAÇÃO À ARVORE

Árvore, hoje, 21 de setembro,  é o teu dia! Dia  em que te prestamos nossa homenagem para te expressar a nossa gratidão. Contigo convivemos durante os 365 dias do ano, em que nos cumulais com benefícios sem conta, sem a exigência de qualquer paga.
          No bosque nasceste sob o sorriso dos que te plantaram, a bendizer o sol e a chuva, sob cujos olhos viestes a crescer. Tuas hastes erguidas para o alto, sob o embalo dos trinos do passaredo, de alma tão simples como a tua, fez esparzir ao derredor folhas e flores, sombra e frutos,  Tua vida, de costume, se traduziu sempre em doação perene a tudo e a todos. Em seu tronco robusto sobrou lugar para as cigarras, tuas inquilinas gratuitas, a inundar de poesia o vergel solitário nas tardes mormacentas.


O FUTURO PERTENCE A VOCÊ

O
 senso comum cunhou uma expressão que, apesar da antiguidade merece atenção e observância : “quem de medo corre, de medo morre.” Heitor Durville, autor de Magnetismo Pessoal reportou-se à descrição do homem negativo, como  aquele que cultiva temores infundados  sobre o futuro, a tal ponto que sua vida, ainda que longa, não lhe concederia tempo para vivenciar todas as desgraças que   imagina.
Igualmente, na história bíblica  de Jó, esse  personagem confessa que justamente aquilo que  temia foi o que lhe aconteceu. Alguns estudiosos da Bíblia – com quem me obrigo a concordar – dão claramente a entender que esse procedimento não era o recomendado, até porque, sendo ele um Homem de Deus não se justificava cultivar temor algum.

CRIAÇÃO LITERÁRIA

Considerações sobre Criação Literária

Preleção de Geraldo Generoso  a um grupo de
escritores, reunidos em Piraju –SP,

Bravos companheiros da pena, aqui também inclusas algumas valorosas escritoras e poetisas. A pena hoje é tão somente um sinônimo obsoleto da nossa arte. Da mesma forma que aquelas nossas antigas tricotadeiras, que vestiram de forma ornamental as casas de nossas  gerações passadas, em toalhas e vestimentas.  Onde havia um toque humano, sensível, de arte feita de alma posta em cada movimento de cada  linha.

DOMADOR DE LOBISOMEM


Quem na vida conheceu um contador de histórias como tive a felicidade de conhecer o amigo Bodó, pode dizer que ouviu causos que até o Cão duvida. Ao passar de fronte a casa dele, numa sexta-feira, há alguns anos atrás, assim que o cumprimentei ele veio ao portão. Enquanto puxava o trinco, enferrujado e rangedor, para que entrasse para a área da casa da irmã, com quem morava, foi logo dizendo.

- Oi, Gerardinho, por hoje ser sexta-feira, e ainda com esse luar descarado, me veio agora na cabeça uma história que o finado pai João me contava e que é de dar até arrepio. O pai até evitava contar esse causo, acontecido quando nós morávamos lá na Fazenda Santa Rosa, em Timburi, que se deu justo numa sexta-feira de uma noite de lua cheia como você está vendo aí. Vamos chegar pra cá que eu já vou puxar a memória e contar do jeitinho que o pai me contou.

PREGUIÇA E ESPIRITUALIDADE

Nossos  hábitos definem  nosso modo de ser. A preguiça é um deles.O  preguiçoso se aliena  do próprio existir na ilusória vantagem do descanso sem cansaço.
O ócio traz o tédio, a enfermidade e a pobreza. A preguiça  se   instala na pessoa  pela lei de menor resistência.

A própria sociedade de consumo nos leva a isso: sempre nos induz a deixar para os equipos e instrumentos a nossa vez de fazer algo. Em muitos casos – e aí os ociosos merecem nossa compreensão – o que ocorre é uma falta de motivação para agir. Algumas pessoas sentem preguiça até de pensar.

QUEM É VOCÊ?

Quando menino, com ainda tão pouco de aprendido sobre as coisas e as pessoas, eu O imaginava  um velho de barbas brancas, rosto grave, de mão erguida, a sobressair de um manto, inspirando um misto de temor e reverência.

Poucos anos depois, ainda criança, fui ensinado sobre a magia de Papai Noel, e por pouco não misturei a ideia de que fosse a mesma pessoa. Mas não tardou para que me mostrassem a diferença entre um e outro.

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