Quais razões explicariam tanta demora para
os judeus alcançarem a Terra Prometida, onde
jorrava leite e mel?
A Bíblia Judaico-Cristã, não por acaso, é um eterno best seller. Sempre e cada vez mais respeito-a como um conjunto de livros onde não se faz média com ninguém.
Nem com profetas ou reis poderosos, nem mesmo com homens e mulheres que vieram até a ser considerados santos e dignos de figurarem como exemplos imorredouros de vida e experiências, nada foi omitido.
Nem o pecado de Davi, nem a idolatria de Salomão, com exigência de impostos elevados em sacrifício da Nação etc.
Nem quanto à história de Ló, e do próprio Jacó, que apesar de bom homem, o cronista bíblico não esconde alguns defeitos éticos, a partir mesmo de seu nascimento geminado com Esaú.
Nem o pecado de Davi, nem a idolatria de Salomão, com exigência de impostos elevados em sacrifício da Nação etc.
Nem quanto à história de Ló, e do próprio Jacó, que apesar de bom homem, o cronista bíblico não esconde alguns defeitos éticos, a partir mesmo de seu nascimento geminado com Esaú.
Nesta oportunidade, ergo o véu da imaginação para, numa análise fria, nua e objetiva tentar entender o porquê daquela peregrinação de 40 anos, deserto afora, mesmo em meio a espetaculares manifestações do amor divino a esse povo tão importante e tão singular.
Mesmo dispondo das melhores condições e de condutores tão capazes, só para citar Moisés e Aarão, essa travessia contou com marchas e demarchas a alternar-se naquele itinerário nem sempre dos melhores.
Interpreto, sem o desejo de firmar isto como postulado nem muito menos verdade inconteste, é que mais do que uma viagem em busca de um lugar aprazível e abençoado, como a distante Canaã,
finalmente encontrada, essa caminhada se constituiu numa viagem interior, de provas e mais provas para com a fé dos israelitas em todos os seus momentos de caminhada.
Aqui bem cabe aquele alerta de Jesus a Tomé quando este só foi capaz de acreditar na ressurreição do Mestre para conferir-lhe através de Suas mãos feridas.
Foi nessa oportunidade que Jesus deixou bem claro que é bom ver para crer, mas melhor e mais felizes são os que creem ser ter visto. Assim ele ressaltou a necessidade imprescindível da fé como ingrediente vital de nossa caminhada terrena.
Ao povo de Israel foram dadas provas evidentes de que Deus estava com eles na peleja pela busca da Terra da Promessa. Mas ao menor contratempo se viravam contra o líder Moisés, num piscar de olhos.
Ainda haviam resíduos de falsas crenças, em deuses que se materializavam pela indústria humana, mesmo eles, os israelistas, tendo sobejas provas de que Deus agia a partir do Invisível e que, por obra e graça somente Dele ganhavam contornos de visibilidade e palpabilidade.
Oras, no exercício da fé não se pode pautar por coisas visíveis, antes que o sejam Tudo provém da fonte misteriosa e invisível que mantém o dinamismo do Universo e se renova a cada segundo.
A Graça buscada, por uma ordem cósmica, primeiro se dispõe no plano da invisibilidade, para depois vir em presença para o mundo.
Mas tão acostumados estavam a invocar deuses feitos de pedra ou madeira que, ao menor sinal de crise na fé, eis que debandavam para deuses estranhos que, a rigor, nada podiam fazer a eles, nem de bem nem de mal, por serem inexistentes.
A nossa travessia pela vida terrena, rumo à Terra Prometida, que é a Canaã da Espiritualidade pura, experimenta esses mesmos reveses, pois no teste da fé somos tentados a buscar um caminho mais curto, quando na realidade, a fé se traduz na caminhada eterna, de par com Deus em sua infinitude celeste.
Continuemos a contemplar as flores do caminho, mas que nosso passo sempre se firme na confiança inabalável de que Deus não erra, por sua própria Onisciência, Onipresença e Onipotência.
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