NO DILEMA DA INCERTEZA
Frágil se revela o ser humano
Nesta travessia
Noite a noite, dia a dia
Sobre um tempo cada vez mais desumano.
Quase impossível viver serenamente
Com vozes gementes ao nosso lado,
E o peso do fardo mais se sente
Por viver num planeta inacabado.
Assombram-nos fatos e pessoas,
Reboa da morte a voz tragando
E vai levando as horas, más e boas
Com nova gente o mundo povoando.
Não sabemos dizer do fim previsto
Ou mesmo se esse fim será real,
Tudo aqui se revela no imprevisto
Desta gangorra entre o bem e o mal.
Mas vida prossegue e, a despeito
De tudo e de todos, sempre insiste
Em acolher, do coração, no peito,
Ao menos uma ilusão que ali persiste.
Em provas evidentes se entremostra
Uma força maior, acima e além
Desta vida terrena sem resposta,
A demonstrar que há o Supremo Bem.
Do Lar Paterno de onde exilamos,
O que nós mais queremos é o retorno
É por Deus que no fundo ansiamos.
Mesmo tendo venturas mil em torno.
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