KARMA - Ficção e realidade (continuação)

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Não é impossível crer no que não existe, e muitas pessoas, não fazem outra coisa: creem que são ricas, grandes e importantes. Oras, no mundo nada tem importância; o importante é o bem maior que nele reside, o resto é transitório.

      Por exemplo: No momento em que escrevo estas linhas, posso dizer que sou relativamente jovem. Mas, será um fato ? E se este livro cair em suas mãos daqui a uns quarenta anos, como estarei eu, se ainda estiver na terra ? – Serei um homem velho, completamente diverso, em meu exterior, do que hoje o sou.


      Então quando disse: “Sou jovem” proclamei uma verdade muito relativa, sujeita ao império do tempo. Qualquer dos meus contemporâneos, hoje, poderá provar, sem recorrer à minha certidão de nascimento que “sou jovem”.


     No entanto, e não faz tanto tempo assim, já fui uma criança, já fui mais moço, e um dia, se não passar pela transição antes disto, serei um “velho”.

      O mesmo fenômeno se dá com as coisas. Nós prezamos muito a palavra “realidade”, sem  perceber, no mais das vezes, que esta flutua no tempo e no espaço. O realista, que tanto hostiliza o idealista, antecipador de novas realidades, nada mais faz se não desmentir-se a si próprio.


      O que se pode atingir pela fé não se alcança pela lei, nem pela interpretação dela. “A lei nunca aperfeiçoou coisa alguma” (Hebreus, 7:19) – e ainda, “POIS PARA COM SUAS INIQUIDADES USAREI DE MISERICÓRDIA, E DOS SEUS PECADOS JAMAIS ME LEMBRAREI”. (Hebreus, 8:12).


      Mas e a pergunta: “Somente a dor evolui o homem?” quem irá responde-la ? 


     Deixemos que nosso coração tome a voz da razão e fale, ou nosso coração se vista com a razão e nos esclareça.

      Se dissermos a uma pessoa enferma, que tenha uma leve noção de espiritualidade, a título de consolo “oras, você precisa passar por isto” – estaremos sendo muito primários em nosso modo de ver e sentir a dor alheia.


      O corpo não é o “EU”, e nenhuma pessoa, a menos que se trate de um ateu ou materialista, poderá crer em semelhante disparate, qual seja o de que o “eu”, a “pessoa”, a personalidade seja um mero amontoado de ossos, músculos, sengues, nervos, tecidos e cartilagens.

      Revivo com felicidade o meu período de infância.


      Foi uma etapa feliz da vida, a qual sempre rememoro. Da criança de ontem ao adulto de hoje, há uma  considerável distância. Neste espaço de tempo (relativamente curto) passei por muitas experiências.

Um comentário:

  1. Estas páginas fazem parte do livro LEIS DO KARMA (Somente a dor leva à evolução). Esta obra está no forno, ou no prelo, como mais propriamente se diz. Se alguém, entre os prezados(as) leitores quiserem opinar - contra ou a favor, ou muito pelo contrário) estão franqueadas para todas as opiniões e serão inclusas neste estudo que, melhor ainda, vai virar um debate de muito proveito aos nossos leitores.

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