Karma (um reestudo, Pág. 3)


     
O ocidental é bastante individualista. Se tem uma religião pouco lhe importa qual seja a do vizinho. Sob certos aspectos, isto é bom. Mas por outro, é um sintoma de individualismo evidente.

      O senso de propriedade da era moderna nos leva a dizer: “Minha casa, meu carro, minha religião, meu time, meu isto, meu aquilo”. Assim, se a minha religião é “X”, a sua é Y, pouco nos importa que a do homem da esquina seja “Z”. E menos ainda, quando isto se tornou coisa secundária para a maioria. 


O materialismo devassante; o sistema de concorrência molda o homem num espírito de competição incessante e inconscientemente obcecada.

      Não se traduz isto numa crítica ao atual sistema de coisas; é mera descrição de fatos, e contra fatos não há argumentos. 


      Porém, as pessoas de todo o mundo estão, ao que se nos parece, aos poucos, voltando à antiga necessidade anterior de uma crença: - abraçando religiões orientais, vivendo uma era de apreensões, e os fatos invisíveis começam a ganhar repercussão sobre a mente e o coração dos homens.

      Com o advento do Cristianismo percebemos alguma mudança no cenário do mundo. Jesus não foi o simples “portador” de uma mensagem; foi uma mensagem viva e um acontecimento sem paralelo em toda a História da Civilização.


      É o bastante compararmos o “Velho Testamento” com o Novo, e o conteúdo nos mostrará que a Nova Lei substituiu as antigas diretrizes que norteavam o Velho Testamento bíblico, com suas promessas e ameaças entrelaçadas.


      Porém, no Oriente, continuou o velho sistema. Nada mudou para os orientais, entre as coisas que permaneceram foi a Lei do Karma, em termos de religião. Embora hoje a religião também já não prevaleça, mesmo em países como a Índia.



      É claro que Jesus não aboliu nenhuma lei, mas o tempo, e Ele, mudaram muitas coisas: substituíram costumes, e reformaram por completo um sistema teocrático inadequado para um povo que experimentara, ao correr dos séculos, sucessivas reencarnações.


      Cabe dizer que os verdadeiros Místicos, quer orientais quer ocidentais, têm sobre a Lei do Karma uma visão perfeita. Conhecem-na em toda a sua extensão e profundidade. 


    Não nos assiste o absurdo intuito de dizer que tal Lei não existe, senão o de afirmar que tão somente ela tem sido mal interpretada.
     

      Foi com vistas a este ponto que nos acudiu a ideia de redigir o presente livro, endereçado a todo estudante sincero de ocultismo, ou mesmo para o praticante sincero de uma seita.

      Quer seja espírita, católico, ortodoxo, krisnamurtino, sufista, rosacruz, Peelista, Seicho-No-IÊ, Iisraelita, etc.

segue em postagens futuras. Abraço a todos.



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