SAUDADE MANSA (SONETO)
Por completo abstraio-me do mundo
Revendo tua imagem na retina
Como um anjo de olhar doce e profundo
Ou como o Sol na alva matutina.
E do futuro, a incógnita cortina
Em sobressalto mostra, moribundo,
Meu coração partido em dura sina,
Sina de solidão que dói tão fundo.
Mas como um raio na escuridão,
Insiste sempre essa luz de esperança
A iluminar-me inteiro o coração.
Transfaz-se numa plácida bonança
A angústia desta espera, e esta aflição
Se acalma ao sopro de uma saudade mansa.
Postado por
Geraldo Generoso
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