LEMBRANÇAS LAVADAS
Sentado ao pé da mangueira
Num ócio inofensivo,
Ainda meio criança,
Como se é a vida inteira.
Ouvia aqueles casos
Das bocas das lavadeiras,
Ali, longe da cidade
Tão farta em seus acasos
E não poucas novidades.
De repente num arranque
A bica vira torneira,
A tina se faz em tanque,
Faz-se em borracha a mangueira.
O que resta a contemplar<
Muda é a lavadora
Num quieto nada falar
E a quem basta a água e o sabão.
E o apenas roupas lavar
Sem pôr a alma nas mãos.


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