SEXTA-FEIRA MAIOR
Necrópole de Ipaussu, atualmente, depois de ampla e cuidadosa reforma. |
Hoje, 14 de abril de 2017, para mim se resume numa data de profunda e reverente reflexão. Pensamentos que se abrem como um rio de reflexões que se espalham em vários regatos de análise sobre um Homem que, nesta data, foi morto entre dois ladrões.
E da forma humilhante e dolorosa, sob um madeiro em que teve cravado Seu corpo e sobre o qual entregou "a Deus o Seu Espírito". Um acontecimento que encerra inúmeros significados. Um evento que nos alcança como mistérios inexplicáveis.
Esse homem, chamado JESUS, sob todos os aspectos, encarnou todas as virtudes divinas. Firmou na mente de todos os homens e povos a sua marca pessoal indelével.
Conseguiu sintetizar em poucas linhas o segredo maior de uma vida plena, saudável, harmônica. E até feliz, apesar dos sacrifícios que ele não deixou de reconhecê-los presentes, sem exceção, em todas as criaturas.
Se tomarmos o Nazareno como um filósofo, pela sabedoria que conseguiu resumir em tão poucas palavras, a Graça de Suas lições nos são o bastante para atravessar a vida, às vezes entre tempestades e até terremotos.
Ao contrário do que nos parece à primeira vista, Ele enfocou Suas lições, ministradas do povo de seu tempo e os do futuro, regras e preceitos para uma vida melhor, aqui mesmo e agora mesmo.
Ele foi capaz de quebrar muitos, senão todos os tabus cultivados pelos judeus, adeptos de tradições, que só por causa Dele passou a ser chamado de Antigo Testamento as observâncias de Israel.
Às vezes, cogito, assutado, com medo de romper os próprios cânones do cristianismo, que essa condenação e consequente morte, infame, injusta e imperdoável, de um Grande Homem, digno do nome de Filho do Deus vivo, foi nada mais do que resultante da estupidez humana.
A multidão reunida, já a comparou um pensador, se revela como portadora do rancor e maldade superior ao das feras mais cruéis e aterradoras.
Foi o que ocorreu, quando optaram - ainda a contragosto, sutilmente revelado pelas Escrituras - do governador romano Pôncio Pilatos, fazendo-o optar pela soltura de Barrabás e pela condenação Daquele, cujo único crime foi curar enfermos, devolver visão aos cegos e até ressuscitar os mortos.
Noto também que Ele deixou muitas lições implícitas em pequenas falas que as Escrituras Sagradas registram. No caso do chamado "Bom Ladrão", foi claramente ouvido de Jesus, em sua angústia incomparável:
"AINDA HOJE, ESTARÁS COMIGO NO REINO DOS CÉUS".
Oras, para mim pessoalmente, sem qualquer intenção de proselitismo, Jesus Cristo, verdadeiro até na hora extrema, disse com todas as letras, por tabela a todas as criaturas, que a vida não se encerrava ali, sob o martírio.
Ou de que forma fosse o final da vida de qualquer pessoa. Ele reafirmou pois a imortalidade da Alma, ao dizer que depois daquela transição havia algum lugar para ir, e o do bom ladrão era o Paraíso.
Qual será, penso eu, o meu lugar depois desta existência? E isso me leva a examinar com muito critério e cuidados, a forma de passar por este mundo da melhor forma possível.
0 comentários:
Postar um comentário
Comentários sempre serão bem-vindos!
Para assinar sua mensagem, escolha a opção "Comentar como -Nome/URL-" bastando deixar o campo URL vazio caso você não tenha um endereço na internet. Forte abraço!