PRIMEIRA ESPERANÇA


Se a esperança, de ti, fugitiva, algum dia,
As asas debater, vôos de exílio alçando, Não desesperes, firme, caminhando,
Continue os teus passos pela ardente estria.
Se lágrimas de dor teu rosto vier banhar, E, solitária, a angústia, tentar te abater, Lembrai, então, que é essa a hora de mais crer Quando uma dor qualquer vier te visitar.
A um crente o tropeço apenas representa Razão da própria luta em que se debate, São a parte integrante e melhor do combate, É bússola que rumos novas orienta.
Seja sempre o perdão a rútila armadura
Com que te hás de cobrir em tua luta empenhado;
Seja a fé tua bengala, o amor, o teu cajado
Seja a esperança a estrela na tua noite escura.


Um sorriso de fé erga n’alma por lança,
A qual hás de empunhar se alguma dor pungente
Na estrada te assaltar inopinadamente
                  Para te arrebatar a última esperança!


Faze da tua alegria a doce companheira
Que Deus te deu e, do ânimo, o teu malho;
Siga confiante acreditanto em teu trabalho
N’alma encerrando ao fundo a esperança primeira !

Geraldo Generoso

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