DIÁRIO - CADERNO G - década de 90

BAGAGENS DA VIDA

Levo tão só
Como bagagem
A tua imagem
Refletida
A cada aragem
Numa flor caída.

A esmo
Pelo interior
Deste eu mesmo
Procuro o calor
Das tuas mãos
Para sentir a vida.

O teu nome
A cada esquina
Que meu passo consome
Leio mentalmente.

Desenho a tua imagem
Com fios de pensamentos
Que resenho em desvelos
Já quase brancos 
Como os meus cabelos.

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