DIÁRIO - CADERNO G - 27-01-2010

As 6 horas do relógio desata a garganta do galo vizinho. É um canto insistente, otimista, guloso por ser ouvido. Por esta altura da manhã a vida já se faz ruidosa de motores dos veículos pelas rodovias próximas.
Eis que num piscar de olhos chegamos à quarta-feira, praticamente a assinalar o fim de janeiro.

Se o tempo voa assim tão depressa, embora isto ocorra apenas no nível da percepção, o que é muito relativo -a pergunta que se faz não poderia ser "será que sou quem levo a vida ou será ela quem me leva? E o faz cada vez mais depressa, quer seja eu que vá, quer seja ela a ir-se levando.

Eis acima uma pergunta sem resposta. O certo é que a vida passa assim tão vorazmente rápida porque assinalada por um tempo de normalidade e, principalmente, de atividade regular. De rotina, da qual a gente tanto reclama mas sempre que saímos dela (rotina) lutamos muito para voltarmo-nos a ela.

Mas a vida é mágica. Mesmo no extremo e misterioso evento da morte, se estivermos numa cerimônia fúnebre, a vida dá um jeito de intervir. Ela é mágica. Uma fada encantadora. Um feitiço a que ninguém consegue se imunizar.

Sim. Já vi namoros começarem em velórios mais de uma vez. A vida sempre dá de goleada na morte, cuja arma é só o silêncio desafiador e pretensamente sem resposta. Não. A vida responde e vence. A morte acaba no cemitério. O amor começa em toda parte, porque é a essência da própria vida, quer no homem quer em toda a Natureza. 

VIVA A VIDA.



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