DIÁRIO - CADERNO G - sábado, 6/2/2010

SÁBADO, DIA 06 DE FEVEREIRO DE 2010.


O calor desta noite está de inédito rigor. Certamente por isso o sono transcorreu intermitente e pouco reparador. Não mantenho hábito de reclamar sobre o tempo e as estações. Esta menção aqui posta à alta temperatura se faz como mero registro, todavia sem qualquer questionamento.

Afinal de contas, o clima não pertence ao controle humano, ao ponto de até mesmo as previsões meteorológicas nem sempre se cumprirem da forma anunciada. 

Hoje aniversaria um grande amigo - o MOREIRA - com quem muito aprendi sobre muitos assuntos, da vida e da história. Hoje, daquele contato frequente, restam mensagens por e-mail, que trocamos regularmente, a companhar os novos tempos.

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DOMINGO - DIA 07 DE FEVEREIRO DE 2010.

A despeito de ser ainda noite escura, usa-se nomear como Uma Hora da Manhã, no que Neruda,  um dos maiores poetas mundiais (Prêmio Nobel de Literatura), não concordava com essa forma brasileira de definir as horas que antecedem o dia claro com plena escuridão.

A esta altura os cães ladram, em vários pontos e parecem exaltados nos seus ânimos caninos. Diversos veículos também cruzam a velha estrada em ambas as direções. 

Graças a Deus foi um sábado tranquilo. Um vento tímido, mas constante, marcou presença desde manhã até o entardecer. À noite o calor chegou pra valer. A temperatura no quarto ocasiona um suadouro, mas nada que seja considerado insuportável, ainda que um pouco desconfortante.

A vantagem é que a temperatura elevada, no meu caso específico e da esposa Toninha até se comporta a nosso favor para manter em bom nível a pressão arterial.

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00;15H

O sono hoje está arisco. Talvez pela inércia física do sábado ou, quiçá, porque suspendi hoje o uso do medicamento diazepan. A insônia deve ser um flagelo para algumas pessoas. Assim confessam esse desconforto. Alguns até mesmo experimentam ansiedade.

Pessoalmente, não a sinto como algo a esse ponto indesejável. Hospedo com prazer os pensamentos que a insônia traz em seu colo. São sentimentos que revoluteiam, como libélulas ao redor de uma luz acesa. 

Faço da alma um celeiro enorme, onde se juntam numa mesma essência, o passado e o presente. Tal postura me permite estabelecer as relações entre o pretérito imediato e o passado remoto. A integridade da vida, aquilo que cada um é e fez, se constitui dessa unidade demarcada pelo tempo.

O viver se torna fragmentário se só o presente nos ocupar o espírito. Felizmente, tal proeza é humanamente impossível a qualquer de nós. Sempre estamos com um pé no ontem e outro no hoje.

Considero como um erro palmar simbolizar o passado como cinzas de um fogo extinto. O que passou na vida de uma pessoa não se traduz apenas em saudade, senão que também em inspiração e motivação que ela destila em nosso espírito.



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