OMITIR-SE É MUITO MAL

Em nenhum momento assiste, a quem quer que seja, colocar óbices à crença de uma pessoa. É tão bom crer em milagres. Assim afirmo, não como quem julga que as pessoas de fé sejam ingênuas ou limitadas. Não. De fato o poder da fé não tem limites. Já vi isto provado em minha existência mais de uma vez...

Entretanto, quando imergimos nas controvérsias e contradições deste mundo, nem sempre podemos nos motivar de forma absolutamente otimista ou positiva. Olhar para o passado da humanidade, então, pouca esperança nos sugere. Quanta gente não foi morta e torturada pelas ditaduras. Num mundo louco, a probabilidade de líderes e governantes insanos é considerável.

Sim. Por qual nome se poderiam chamar as matanças, de milhões e milhões de pessoas, como na China de Mao-Tse-Tung, Stálin, Hitler, com sua sanha assassina, praticamente empenhado em varrer uma raça humana do planeta. Com que direito e com que senso, e em troca de quê tanta crueldade?

Poderia responder a esta questão, e não seria de forma inédita, até porque por outras palavras isto já foi dito, mas vale considerar que é pela desorganização dos bons. Nada se organiza tão bem como o mal neste mundo e em toda parte. O mal, mesmo em minoria, vive a colocar suas garras contra a vida e integridade e honra de tantos inocentes.

Até caberia o termo omissão das pessoas normais, boas e dotadas de bons instintos gregários, de sadia sociabilidade. Todavia, a normalidade aparente, a bonança enganosa de que vivemos no melhor tempo e noj melhor lugar nos subtrai o senso de análise e ponderação para se ver as coisas como realmente se passam, às vezes em flagrante prejuízo de nossa paz e até mesmo de nossas vidas.

Creio que deveríamos começar, neste terceiro milênio que já derrubou suas primeiras espigas de dias no século presente, a educar nossas crianças, desde o berço, para o senso de realidade e objetividade face aos desafios de nossa era. Que não são diferentes das anteriores. Nunca o mundo teve qualquer garantia de sossego.

O termo "pax romana"  se baseava na crença de que, para haver paz, para Roma mandar e desmandar fazia-se necessário manter a espada sempre desembainhada. O que significava dizer, no sentido oculto da "pax romana" que somente a guerra poderia assegurá-la. Ou pelo menos conter o braço inimigo enquanto se mantivesse em dúvida sobre o poderio do Império.

Se mais vigilantes estivessem as comunidades, com uma população realmente consciente de seus direitos e conhecedora dos instrumentos para levar a efeito um governo realmente democrático, talvez não ocorreria, como sói frequentemente acontecer, de uma revolução se irromper e a tudo e a todos tornando mais difícil. E até com preço de sangue e lágrimas.

Vamos acordar para o bom senso e tolher as investidas dos que querem tão só buscar proveitos próprios e lucros indevidos, por força do roubo, da corrupção e da infelicidade alheia.

Mantenhamos nossas crenças religiosas, espirituais em alto relevo. Reconheçamos o mesmo direito nas demais pessoas, mas tenhamos sempre, por conta de nossa condição humana, de que devemos estar preparados a todo instante para, com diplomacia ou contundência, afastar os vendilhões do templo que tanto ousam, cada vez mais, num tempo de tantos recursos judiciais (ad infinitum), de uma Justiça tarda e às vezes inexistente.

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