Último segredo





                 Amar-te em segredo, eis o meu fado;
                 Vestir a máscara da indiferença
                 Por temer o teu “não” como sentença,
                 Mantenho o coração sempre trancado.

                Ardo em solidão na febre intensa
                À espera sempre desse bem adiado:
                Que é tua presença sempre ao meu lado,
                Em outro bem minha alma não mais pensa.

               Viver por esta só ilusão de amar-te
               E nela resumir a vida e a arte
               Como um cantor de uma só canção.

               Em minha vida há este só querer,
               Tentando este segredo esconder
               Para um dia encerrá-lo sob o chão


Poesia n.o 13 do livro PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR,
de Geraldo Peres Generoso






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