Continuação
05
E eis aí a (SUPREMA BONDADE)
sendo evocada erroneamente como responsável por algo que não fez, nem ordenou
que se fizesse. E quando se diz que foi “Artes de Satã”, nada mais se faz do
que patentear uma plena falta de fé.
Como é que Deus, sendo a própria bondade,
essência do bem, permitiria que um ser, seu oposto, lhe disputasse o reino e
sabedoria no governo do universo, e se tornasse mais poderoso do que Ele?
Ou existe um só Deus, ou não existe
nenhum!
Podemos dizer tudo, menos afirmar
que Deus nos fez doentes, ou nos castigou.
Se é que houve algum erro, debitemo-lo à nossa negligência, à nossa fraqueza
humana, a nossos instintos desenfreados, e não ao invisível eterno que é a
ordem e a perfeição em tudo.
Se nos obcecamos de tal modo,
abarcando extremos, então nos virá muito cedo a ideia nefasta do “deixa como
está e veremos como fica”.
Se a Lei do Karma, como querem alguns, seja por si mesma todo poderosa, então deixemos o
doente morrer ou piorar em seu estado, mesmo sabendo o que o seu mal é curável;
deixemos o pobre em sua pobreza.
Aí já incorremos na grave falta de observância
cristã, quando o maior dos mestres não se cansou em curar todos os enfermos, e
recomendou: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (João – cap. 15:vs.12.)
E Jesus amou todas as almas,
curando todas as doenças do corpo e da mente; incentivando os descrentes,
erguendo em seus braços fortes os fracos e decaídos. Jamais se Lhe passou pelo
boníssimo coração investigar e especular se a doença era proveniente disto ou
daquilo. Sua vocação bondosa não lhe dava asas à dúvida; e Sua fé não vacilava,
mesmo diante do impossível, como ocorreu na ressurreição de Lázaro.
Aqui reside o grande fator que faz
com que nos entreguemos ao trabalho de elaborar o presente.
Sabemos hoje que, em decorrência de
fatores externos, dificilmente alguém pode, em meio a tantas incertezas,
escolher o melhor caminho.
A solução já está dentro de cada um de nós para todos
os nossos problemas e questões, desta e de outras vidas.
Certa feita, um dentista altamente
espiritualizado, de religião protestante (presbiteriana), impressionou-me
vivamente, não pelo que disse, mas pela maneira como disse.
O Doutor R.B.Martins assim
conjecturou:
- O que Deus nos pede ?
E ele próprio respondeu:
“Apenas o coração e nada mais."
Realmente, a maneira com que se
expressou este nosso amigo fazia transparecer uma profunda fé, virtude hoje tão
rara e, no entanto, tão acessível.
Pois nada nos custa se não um ato de entrega
e amor, e sobretudo porque é fácil seguir a ordem natural das coisas: - ter fé
é crer, e crer não é difícil, porque se Deus existe e é o Bem, supremo e único, fonte de toda
beleza, sabedoria, saúde, amor, então a linha de menor resistência é acreditar.
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