ODE AO ABACAXI

ODE AO ABACAXI



O pretexto desta poesia foi detonado pela leitura de uma, escrita por Pablo Neruda sobre A CEBOLA. 


E ainda, pelo fato de minha saudosa mulher, Professora Toninha ter preferência por essa bromélia.


Desta criatura, por seu enorme potencial de amor, até a saudade se faz doce e de bom humor.


Já nasce coroado
como rei pequeno
que é do chão erguido;
ao solo abraçado
no chover sereno
faz-se em fruto abrido.

Traz do índio a rudeza.
Ao fazer-se em fruto
tem a aspereza
de um doce chão bruto.

Traz a natureza
simples do matuto.

A acidez tempera
com o dulçor que impera
em sábia proporção.

Com sua humildade
sela a irmandade

com o vinho e o pão.

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