MENSAGEM DE AMIGOS
INVISÍVEIS
Geraldo Generoso - Brasil
A
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qui do Plano Espiritual em que vivemos, prosseguimos
na rota dos nossos ideais perseguidos no
transcurso da efêmera vida terrena.
Desvencilhados dos liames da
matéria que, sem o sopro do espírito, se putrefez para repasto dos vermes,
vivemos num ambiente até mais real do
que aquele vivido nesse orbe. Aqui no etéreo assento, dos despojados de carne e
ossatura, as situações não nos desiludem nem iludem. Nem há motivos para
sobressaltos ou temores. A começar, obviamente, pelo temor da “morte”.
O
primeiro grande prêmio do desenlace carnal é o de constatar que o vocábulo
“morte” desaparece de nosso dicionário. Tão logo cruzamos o portal para esta
dimensão da existência nos certificamos de uma continuidade natural.
Aqui
partilhamos de uma visão da vida sob uma ótica diferente do modo de viver dos
que se dizem “vivos”. Não se trata, contudo, de uma condição efetivamente
oposta àquela por nós vivenciada no âmbito
da carne.
Estranha designação
É muito
curiosa a reação que nos causa ao ouvirmos de nossos parentes e amigos dos
quais nos acercamos em alguma oportunidade, a menção da palavra “finado”
prenunciando o nome que por certo tempo eram chamados aí na terra.. Tal
expressão nos causa riso e estranheza pelo absurdo evidente de que se reveste.
A vida
continua...
Pairamos
numa dimensão onde, mais do que nunca, a vida pulsa e se reveste de formas e
conteúdos desvelados. Onde se fazem inócuas as sugestões ilusórias dos sentidos.
Enquanto carregávamos a nossa cruz pelos caminhos que já transpomos, sentíamos
a vida numa dimensão modesta e acanhada. A intuição se fazia pouco ou quase
nada responsiva. Vivíamos eivados de poluição intelectual, opiniões próprias e
alheias, em meio à balbúrdia e à vã correria em busca da matéria que se
traduzia numa extensão de nosso próprio EU.
O império do Amor
O fato de
nos encontramos neste plano, dito superior, não nos isente, contudo, da
condição de eventuais sofrimentos. Mas aqui aprendemos sobre a suprema necessidade
de amar. Descobrimos que esta é a única via para a nossa redenção.
Não
obstante, não significa que a arte do verdadeiro amor possa ser obtida mediante
aprendizados. Ela se resume num exercício de vigilância e persistência. Cedo
descobrimos que só o amor redime. Somente ele nos coloca em sintonia com o Bem
Supremo e assim nos abre todos os veios da alma para nos conectamos com a e a
plena bem-aventurança, na “paz que excede todo o entendimento”.
Um mundo dinâmico
O amor se
nos manifesta de forma tangível, apesar de sua imaterialidade. Para efeito de
comparação, o amor parece revelar-se-nos da mesma tessitura de nosso corpo
espiritual, a que os místicos chamam “ o esplendor aprisionado” e o apóstolo
Paulo designou como sendo o corpo incorruptível.
Nós
sentimos, sim, a liberdade de todo o Universo, ao abrimos a consciência de que
somos parte do infinito.
A chegada
A
princípio, quando aqui chegamos, percute sobre nós uma leve saudade da terra e
surge uma pequena e momentânea dificuldade de
ajustamento. As novas condições obviamente diferem, mas alguns itens
aqui persistem semelhantes ao viver
terreno: o trabalho se monstra como essencial.
Contruindo o
amanhã.
Em pouco tempo
conscientizamo-nos do novo estado de existência. Lamentamos não poder dizer de
viva voz aos nossos entes queridos que suas lágrimas choraram uma ausência de convívio temporária, mas não,
definitiva.
Não significa que nos
acomodamos numa vida paradisíaca e inútil.
O trabalho prossegue. Tão ou
até mais intensamente do que quando servíamos de uma carcaça para andar e dos
revestimentos musculares de uma caveira para sorrir.
Queremos sim, voltar à terra
para oferecer o melhor de cada um de nós para que a luz do verdadeiro
conhecimento se instale na alma da humanidade. Para que o mundo deixe de sofrer
inutilmente, como acostumou-se desde que pisou pela vez primeira nesse planeta.
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