Geraldo Generoso, escritor del Brazil |
PARA A FRENTE É O MELHOR CAMINHO
Leio, na coleção A REVOLUÇÃO HUMANA, de Daisaku Ikeda, escritor e líder espiritual japonês, sobre a penúria de seu país na 2.a Guerra Mundial. Foi um verdadeiro holocausto no Extremo Oriente, que, após a vitória das Forças Aliadas, o chefe de governo do povo japonês foi o General norte-americano, Dougas Macarthur.
Segundo relato de Ikeda, que viveu aquele tempo - da Guerra e da Reconstrução, o que me chamou a atenção foram as diretrizes do novo governante Macarthur, sobre a linha política que anunciou e passou a adotar como base do reordenamento daquela Nação.
Os objetivos delineados, e em grande parte obtidos, anunciados pelo General dirigente, julguei bem curiosos, e conquanto válidos, para uma Nação estraçalhada, no extremo de suas forças.
Segundo consta, as medidas foram, em resumo, as seguintes:
" - Regime parlamentarista. Alforria às mulheres.Emancipar os camponeses. Estabelecer movimentos sindicais livres. Ajudar os Jornais livres e responsáveis. Abolir a opressão política. Liberalizar a Educação. Descentralizar o Poder Político. "
Não bastassem estas posturas, que a Direita repele com unhas e dentes, Macarthur também propôs e executou a suspensão do pagamento, pelo Estado, de vultosas indenizações a grandes empresas.
Em nosso País, o Brasil, embora não seja definível pela maioria esmagadora do eleitorado, constata-se o crescimento de uma tendência direitista qie. particularmente me preocupa.
Com isto, não afirmo que o posicionamento governamental à Esquerda seja o desejável nem, muito menos, o ideal, para uma Nação que, a rigor, conta-se entre as de país emergente, muito longe de um país com distribuição de renda sequer razoável e com grande parte de sua população marginalizada pelo seu sistema econômico.
Atualmente, o ex-presidente Lula, que governou o Brasil por 8 anos, encontra-se preso. E mesmo da sua cela, até certo ponto em caráter incomunicável em condição de candidato, com prisão decretada que não chegou à última instância judicial, ainda mantém 30% das preferências dos eleitores brasileiros.
Injustamente tachado de Esquerdista, por se ter elegido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula foi, sim, na verdade, um "pai" para os pobres deste imenso Brasil. Mas, igualmente, foi uma "mãe" para os ricos, aqui entendidos como industriais e captalistas.
Hoje despontam candidaturas, na grande maioria, de política à Direita, sem contar que há até candidato de Extrema-Direita que, entre outras coisas, prega a absurda e impensável ideia de eliminar a Lei do Desarmamento (entre os cidadãos) e, curiosamente, é aplaudido até por algumas pessoas que não dispõem de dinheiro sequer para comprar uma garrucha.
Num País em frangalhos, com uma astronômica dívida interna de 75% de seu PIB (Produto Interno Bruto), com 14% (14 milhões ) de desempregados; com nível de violência que bate em 60 mortes por 100 mil em alguns Estados brasileiros (mormente na Região Nordeste), obviamente os candidatos precisam ser corajosos para enfrentar um desafio desse tamanho.
Sem querer defender o Governo Lula, ora preso em Curitiba, no Estado do Paraná, há que se admitir, em favor da própria História real da Nação brasileira, que foi estranho um analfabeto (como costumam chamar o Lula) - e que teve tão pouco estudo convencional, conseguiu pagar a dívida externa, conter a inflação, reduzir drasticamente o desemprego e instaurar um bônus para famílias carentes, conseguiu tal proeza.
Por certo, ainda que de pouca leitura, Lula seguiu no caminho certo. Pousou-se de esquerda radical, mas nada teve de radical em seu governo. É até estranho que os industriais e banqueiros hoje patrocinem aventuras direitistas que não trarão uma solução para o País.
É evidente que o atual presidiário ex-presidente, se não leu ouviu alguém ler as palavras sábias de Abrahan Lincoln, um dos maiores presidentes dos Estados Unido, esta frase pétrea e irretorquível :
" NÃO AJUDARÁS O ASSALARIADO SE ARRUINARES AQUELE QUE O PAGA".
Não descreio do bom senso do povo brasileiro.
Certamente, com a veiculação pelo Rádio e TV, e pela Imprensa em geral (a uma minoria que lê jornais) ficará evidente que vai pesar a tese do voto útil que, com certeza, irá favorecer o ex-governador de S.Paulo, Geraldo Alckmin, do partido da social-democracia, nem de Direita nem de Esquerda, mas de centro-avante democrático para um País que exige cirurgias delicadas e que Alckmin, como médico que é, certamente terá que executar, inevitavelmente.
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