BRASIL EM MUDANÇA
Lembro-me,
quando ainda estudante, de um memorável jogral, apresentado por um conjunto de
alunos e alunas, pelo Professor Homero Mastrodomênico, em nossa escola de
ensino médio de Ipaussu, que tem como patrono o pai desse emérito professor de
Língua Portuguesa. O poema declamado, de
autoria de Cassiano Ricardo, até hoje me ressoa na lembrança antiga dos meus
tempos de estudante: “Eu ouço as vozes
desse novo Brasil que vem aí”.
Amei aquela poesia – tanto assim que a conservo de
memória –, mas questionava que as vozes do Brasil ainda estavam longe dos meus
ouvidos. Isto porque, egresso do meio rural, não me dei logo de início com o
hábito de frequentar cinema. Na época, o Cine Riviera, de Ipaussu, um marco
histórico do grande empreendedor Jacob Salsten.
Não, eu me dava à leitura,
mormente de jornais e do Repórter Esso. Por essa razão, somada ao sentimento de
patriotismo (hoje palavra fora de moda), e diante do que lia e ouvia na
Imprensa, não conseguia imaginar quando chegaria “o novo Brasil que vem aí”,
que o mestre Homero Mastrodomênico nos
fazia ouvir por meus colegas, num poema tão evocativo de um País mais justo e
com esperanças de melhor futuro.
Por respeito ao espaço, permita-me o
leitor ir ao cerne do tema “Mudanças”, pelas quais me animo a acreditar no
Brasil que todos os brasileiros decentes anseiam ver para os seus descendentes.
Lava Jato em Pauta
Com o advento da Lava-Jato, obviamente em
alguns pontos desbordando para parcialidades discutíveis, à luz da razão e do
direito, atira-se na moralização da Política, na punição da corrupção
desenfreada que tanto infelicita nosso País, mas não é de agora. Não. Vem de
longe, mais propriamente do próprio nascer da República de 1889, que quem lê
sabe como o exercício político se exercia, sob um ritmo próprio de mera
manutenção do Poder e amamentação através das tetas magras do Tesouro nacional.
Não sou suspeito para afirmar, até pelo
contrário, nunca fui petista, mas o que Lula e etc fizeram, querendo ou não,
foi, entre os bens deixados por um governo social-democrata (O PT não tem nada
de comunista), foi fazer com que a História do Brasil empreendesse esse salto.
Em que se fosse a fundo, no oco mesmo, dos corruptos de plantão e entregues à
Justiça e à devolução dos recursos covardemente surrupiados da um povo
desprovido de serviços públicos a contento, de salários condignos e até, no caso de milhões acudidos pela tão mal
falada Bolsa Família pudesse antever dias melhores para os que venham após
nossos passos.
Infelizmente, nosso eleitorado nem sempre
tem a consciência de sua própria responsabilidade e, não raro, deixa-se levar
comodamente pela ilusão de um “salvador da pátria”. Por esse engano já pagou
muito caro com Collor, o grande marajá que se dispunha a caçador de seus
iguais.
Não vou citar candidatos a presidência da República para as eleições
que se avizinham. Pois o grande fator estará na Representação Parlamentar
(senado e câmara federal) que cada vez mais exercem funções próprias de um
regime parlamentarista, mas escandaloso, porque baseado no “toma lá da cá”,
assim entendido por cargos e eme3ndas parlamentares.
Todavia, julgo válido afirmar, com todas
as letras da minha liberdade e do meu amor à vida, que me causa espécie um
postulante à presidência da República, com estágio em quartel, pregar amiúde,
como o que dá a entender, a prioridade de rever a lei do desarmamento, num país
que se situa entre os mais violentos do
mundo. Não é com tiros entre brasileiros que Nação alcançará a tão ansiada
ORDEM E PROGRESSO.
Meu espaço fica por aqui, mas voltarei ao
tema, e nossa FOLHA DE OURINHOS não vai fechar suas portas, se depender dos que
entendem a voz desse “novo Brasil que vem aí.”
Geraldo Generoso
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